Adwig tentava descobrir se era agora mais poderosa que Poseidon para atacá-lo. Sua análise era de que o mais provável era que no máximo ela conseguiria um equilíbrio de forças. Ela passou a pensar que talvez não tivesse sido uma boa ideia trazer Mantelar, pois ela teria a preocupação com ele como desvantagem. Mas não se arrependeu de ter seguido o Dr. Ferne. Ela estava mesmo mais evoluída agora e se não tivesse ido, não poderia tentar impedir os objetivos, que Elaryan e Poseidon poderiam ter. Ferne também estava em perigo e ele estava sendo usado, era alguém que precisava de ajuda.
- Você foi a única pessoa até agora em quem o processo do Dr. Ferne funcionou. - O salão onde eles apareceram era realmente majestoso, com uma decoração robusta. Poseidon pegava uma bebida, numa espéciede adega que ficava atrás de uma pAdwig e Mantelar ficaram deitados na grama, abraçados. Ele acariciava o cabelo dela, com uma sutileza que nem parecia ser possível vir das mãos de um homem tão grande. Ela vez por outra beijava a parte baixa da lateral de seu rosto e passava a mão em seu peito, como se dedilhasse seus músculos. - Por que passamos tanto tempo longe? Por mais que as coisas sejam diferentes hoje, podiam ser boas naquela época também, não podiam? - perguntou Adwig. - Se não foram, não podiam, Ad. Nossa mente permite apenas as coisas com as quais podemos lidar. Olhar para trás com nossa cabeça de hoje e julgar parece fácil. - Mantelar filosofava a respeito e Adwig sentia-se ainda mais atraída por ele. Um barulho estranho aconteceu no mato, acima e perceberam que havia mais alguém além deles. Levantaram-se, vestindo-se rapidamente e foram verificar. - Vocês! Vocês estavam com Poseidon! Foi ele que mandou vocês até nós? - perguntou Adwig, pronta para atacar se achasse necessário. A mulh
Adwig começou a contar para a mãe tudo que aconteceu depois de sua morte.Mantelar preferiu deixar as duas sozinhas conversando e se afastou.Relembrar as coisas que viveu, apesar de deixar Adwig deprimida, parecia necessário, para que sua mãe entendesse um pouco melhor o significado de sua ausência.É claro que ela não teve culpa pela própria morte, muito menos responsabilidade sobre a decisão do pai de passar a procurá-la pelo Universo, mas ainda assim, parecia uma forma interessante dela conhecê-la melhor. Talvez a própria Adwig conhecer a si mesma.Lembrou que depois de desistir do trono de forma forçosa, apesar de ninguém ter tirado seu direito de permanecer no Castelo, ela passou a sentir-se julgada e acusada por todos. Faziam caras e bocas para ela, comentavam pelos cantos. Ela inclusive ouviu comentários de que não deveria mais ficar lá, qu
Ao irem na direção do barulho, Adwig e Médera encontraram Móretar e Mantelar caídos de uma forma um pouco estranha. Não dava pra entender muito bem o que tinha acontecido. - Deixamos vocês dois sozinho por alguns minutos e vocês quase se mataram? - Adwig deu uma bronca em Mantelar. - Olha, pela posição que os dois ficaram, não sei precisar muito bem se tentavam se matar mutuamente ou se esperavam conseguir alguma outra coisa. - Médera gargalhava da situação que realmente parecia um pouco cômica. - Será que vocês podem nos ajudar? - Mantelar orientou as duas dizendo para tomarem cuidado pois Móretar tinha um corte no pescoço e que sua perna era a única coisa que estava mantendo-o vivo. Com sua mão, Médera fez o ferimento de Móretar parecer que nunca tinha existido. Adwig, por sua vez, tirou os braços de M
O choque que Adwig sentiu com a atitude de Móretar foi imenso e diante da cadeia de acontecimentos seguintes ela ficou praticamente anestesiada. Não conseguia pensar ou assimilar o que estava acontecendo a sua volta. Olhou a sua frente e viu Dafa que, aparentemente, teve a mesma reação que ela, mas seu olhar era de puro ódio. A dúvida de Athos era sobre o que eles fariam com Hades e Poseidon e sua mãe começou a conduzir todo o restante das ações, como se tivesse todas as respostas. Contou para Athos que havia uma espécie de prisão ali na estrutura de Atlantis, dentro do Castelo, que poderia prender qualquer ser, incluindo o próprio Poseidon, que não havia sido feita por ele. Athos teletransportou todos e seguiu cada orientação de Médera. Segundo ela, apenas quem selava aquela estrutura que parecia de vidro poderia abrir novamente, naquele sistema. Ele n&
Adwig e Dafa acordaram ao mesmo tempo, na mesma cama, uma olhando para a outra. - Precisamos para com esse hábito de acordarmos juntas... - Adwig falou, levantando-se num pulo. - Não pense que é da minha vontade também - Dafa respondeu à provocação, mas permaneceu deitada. Estavam num quarto hermético, completamente fechado. Paredes, teto, chão brancos e iguais. Estavam numa caixa quadrada. Estavam apenas numa espécie de colchão feito de um monte de retalhos empilhados. Ainda assim era macio. - Vai ficar aí parada? - Adwig perguntou. - Assim que eu abri os olhos, movimentei uma corrente de ar que tentou achar alguma brecha por toda a sala. Esse processo levou 5 segundos. Eu já sabia que não teríamos como sair daqui antes de você sequer parar de olhar para mim. O ar é oxigênio puro somado apenas com cartox, pequenas moléculas capazes de transformar qualquer gás em uma sala fechada em oxigênio. Por essa composição, acredito que essa prisão não foi pensada especific
Quando Dafa e Adwig acordaram, Elaryan já não estava mais com elas.As duas estavam vestidas com roupas parecidas, com cores diferentes. Adwig com seus longos cabelos vermelhos, que normalmente ficavam soltos, agora estavam presos, com um penteado repleto de voltas, que era praticamente uma obra artística,vestia uma roupa que era feita com o mesmo tecido de seu vestido tradicional, em tons de roxo, mas que agora, tornava mais seu corpo, quase como que se o vestido tivesse sido rasgado e de suas tiras, tivesse se criado faixas que trançavam em torno do seu corpo. Uma estrutura extra, externa, apoiava seus seios, lembrava quase que um mini colete. Dafa estava usando uma roupa muito parecida, mas em tons de vermelho. Seu cabelo, escuro e bem mais curto que o de Adwig, estava apenas preso com um rabo de cavalo. Ambas acharam que era melhor manter o visual.Havia um banquete montado em uma mesa que não estava ali antes. Do lado de uma cesta de
- Eu não vou, simplesmente não vou! A gente fica aqui, curte o lugar. A vista é bacana. Se não tiver casa a gente vive na floresta mesmo. Passei séculos numa caverna - Adwig falava com Dafa, como se estivesse na verdade conversando consigo mesma. As duas, vez por outra, davam um gole na deliciosa bebida que o pequeno gnomo tinha entregue para elas. Era realmente bem forte, até mesmo para o organismo de Adwig, deixava seus sentidos, mesmo que por poucos segundos, alterados. O sabor por outro lado era suave, no primeiro contato com a boca era muito gelado e doce e, ao passar pela garganta, tornava-se quente e apimentado. - Essa bebida é diferente mesmo. Deixa a gente ligado, ao mesmo tempo meio que em outro plano, o sabor também é surpreendente. Depois que você engole, dá vontade de não beber de novo, mas logo em seguida você sente uma necessidade enorme de tomar mais um pouco. Nunca tinha provado algo assim e minha experiência com isso é vasta, hein. - Dafa parecia realmente surp
Adwig e Dafa entraram na sala do trono. Estava vazia, passaram por outro jogo de salas, mais um corredor até encontrarem uma sala que deveria ser algo como um local para reunião de um conselho. Sentados a mesa, Rei, Rainha, por estarem com as coroas em suas cabeças e um terceiro.- Não queremos morrer - o Rei começou assim.- Pois é exatamente o que vim perguntar. Não só o que vocês, Reis querem, mas o que vocês imaginam que o povo queira - Adwig também foi direto ao assunto.- E existe essa opção? - a Rainha perguntou. - Essa história de que eu vim trazer o caos é um mito criado por vocês. Estou aqui, sendo levada a cumprir um destino que não quero e não conheço. Ao que tudo indica, são vocês que procuram o caos para sua ordem - Adwig explicou o que pensava.Os três ficaram pensativos.- Eu me chamo Lotto