Frempor começou a ficar preocupado com a demora e quando decidiu subir atrás de sua Rainha, o Magnata surgiu.
- Chegamos num ótimo acordo e a Rainha decidiu que agora que conquistou todo o planeta irá permanecer aqui por um tempo. Enquanto ela permanecer, serei seu porta-voz. Ela pediu para trazer algumas coisas do Reino dos Elfos e eu vou repassar a lista. Ela está descansando, pois desde que começou nessa empreitada ainda não tinha parado. Nossos objetivos estão alinhados e eu continuarei no comando dos Coraces sob às ordens da Rainha Adwig. Fiquem à vontade para usufruírem da nossa hospitalidade, faremos uma comemoração. Meus empregados em breve começarão a preparar tudo. Na entrada as senhoras Vantis, as três irmãs que são minhas governantas, indicarão para vocês onde poderão descansar antes da festa e poderão oferecerAo atravessarem o portal, Adwig ficou abismada com o local onde saiu. Lembrava a Terra dos Elfos de Key, mas conseguia ser ainda mais bonita, melhorada, aprimorada provavelmente parecia a palavra mais correta. Não era uma cópia exata, mas lembrava muito.- Na verdade, quando criei Key e construí o que se tornou a Terra dos Elfos, que foi nossa primeira morada, reproduzi boa parte do planeta onde vivi meu nível 5, Nordok, o planeta dos Elfos primordiais. O que você está vendo aqui é o que de melhor eu tenho de memórias de lá, antes dele ser destruído. Melhorei muitos aspectos, adaptando nossa melhor estrutura de vida e agora, acho que consegui unir tudo que achei de melhor para nosso povo, levando em consideração a possibilidade de integrar muitas outras comunidades de elfos. - Krakor apresentava para a filha o planeta, como um artista fala a respeito de uma obra de arte. Mas se tratava de toda uma cidade.- Uma cidade não... Um planeta! Na verdade, planetas. Estamo
- Adwig! Filha... Espero que o choque já tenha passado... Será que podemos conversar? - Médera entrava vagarosamente pela sala onde Adwig havia se isolado. Algum tempo já havia se passado, o qual Adwig não saberia precisar. Depois de tanto tempo isolada numa caverna, perder a noção da passagem desse tempo já era para ela algo corriqueiro e, naquele planeta, era particularmente pior. Ela não respondeu, não se mexeu, não mudou seu olhar distante. O choque havia realmente passado. Ela estava anestesiada. Não pensava em absolutamente nada.- Imagino que deva ter passado por sua mente que eu pudesse ter desaparecido propositadamente. Que eu não quisesse ser encontrada. - Médera conseguia ser tão bonita e terna quanto a filha. A semelhança era realmente incrível, não fosse o fato dela não ser um elfo. Mas os
- Médera, me perdoe! Eu fui egoísta quando sugeri que criassemos vida aqui, que tivéssemos um filho. - Krakor percebia o sofrimento do amor de sua vida, ali, prestes a parir e se arrependia de ter colocado a vida dela em risco, fazendo algo com ela que ninguém já havia feito antes, pelo menos não no nível dela.- Meu amor... Quando você quis criar vida em um planeta apenas para que eu fosse feliz, não imaginei que poderia existir... Existir maior prova de amor. - Médera conseguia falar por um momento, apenas com leves gemidos de dor, agora que os picos de dores haviam diminuído. Mas sabia que assim que as contrações voltassem, não conseguiria sequer pensar, quanto mais falar. Sua gestação já durava 12 meses e não imaginava que poderia ser possível não ser finalmente o momento do nascimento. Ela nunca teve filhos em sua primeira vida, mas imaginava que nenhuma gestação em Erulen pudesse ser como aquela sua.Quando viu Krakor pela primeira vez, praticamente um Deus todo poderoso
Despertou com pequenas gotas caindo em seu rosto, mas era algo que causava um efeito calmante.Levantou e olhou para os lados, não fazendo a mínima ideia de onde estava. Admirou a beleza daquele lugar. Estava no meio de uma floresta, com árvores altas, de copas vastas, mas vem afastadas umas das outras, carregadas de frutos muito coloridos. Podia ver o céu, de um azul royal que permitia a visualização das estrelas com bastante clareza, mesmo com a luz de um Sol bem forte. Haviam mais corpos celestes, satélites, que se moviam de uma forma rápida, sem padrão, não pareciam orbitar o planeta, pareciam até naves. Abaixou o olhar novamente e continuou a reparar na vegetação, na quantidade de flores diferentes que formavam um lindo colorido disforme. Mais à frente haviam outras árvores altas, mas bem diferentes das anteriores que demonstravam que a natureza ali era diversa e completamente sem padrões. Os perfumes começavam a ficar mais evidentes ao seu olfato e também se confundiam
Adwig despertou e percebeu que estava presa. Não enxergava direito. Ouviu vozes desesperadas dizendo ela tinha acordado, que deveriam seda-la novamente. Tomou uma picada e em poucos segundos apagou.De volta no corpo que estava acompanhando como se estivesse de passageira, sentiu fome. Precisava comer. Sentou e alimentou-se com frutas, algumas plantas e um caldo fumegante e muito saboroso que recuperou sua energia. Tomou uma bebida roxa e refrescante. Em seguida usou o banheiro, despiu-se e entrou na pequena cachoeira aquecida, imaginou que poderia estar mais quente e percebeu que ela se aquecia como se tivesse mexido em algum botão.- Que estranho! - falou consigo mesma. Ficou por algum tempo deitada, apreciando a água viajando por sua pele. Ao lado viu que havia uma barra arredondada e pegou, era um sabão que usou para se lavar. Quando decidiu sair percebeu que não tinha outras roupas, olhando pelo aposento viu algumas peças de roupas na cama. Levantou, se enxugou e fo
Ele a olhava atento a cada movimento. Ela decidiu que gostaria de tomar um banho na belíssima cachoeira que havia, saindo da trilha tradicional na floresta, que ligava a cidade ao deserto Kroe. Saturne explicou que lá provavelmente seria o local mais despovoado como ela queria, mas provavelmente o mais perigoso. Ela teria que estar muito confiante na continuidade da capacidade dela de ter algum mecanismo anti Golfens. Dessa confiança dependeria também a vida dele próprio e de Drevuz. Alice respirou fundo e assumiu o risco. Pensava nisso enquanto flutuava no lago. A água esquentava com uma fonte térmica que ficava abaixo do leito e ao mesmo tempo esfriava com a queda da cachoeira gelada. O choque causava uma sensação deliciosa em seu corpo.Drevuz, que ainda não tinha realmente notado Alice num primeiro momento e apenas percebido mais sobre ela depois de ter sido requisitado por seu Rei para acompanhá-la, agora, com ela semi-nua, banhado-se de natureza, estava hipnotizado. E
Adwig despertou com algumas gotas de água pingando em seu rosto. Já imaginava que poderia estar num ciclo temporal, quando se deu conta que se lembrava de quem era ela. Estava debaixo de uma árvore e as gotas de orvalho pingavam em seu rosto. Levantou-se e, para seu alívio, reconhecia aquela floresta. Ela estava novamente no planeta Key. Aparentemente, olhando para seu próprio corpo, estava tudo no seu devido lugar. Levantou e, daí sim, notou uma grande diferença. Ela estava flutuando. Não que ela já não conseguisse voar antes, mas a gravidade para ela, agora, estava completamente diferente. Teve que realizar um tremendo esforço para ficar no chão. Aos poucos foi se adaptando, utilizando a pressão do ar ao seu favor, mas gastava energia para manter-se de forma normal ali.Estava próxima da casa de Mantelar. Isso, significava muita coisa, para ela. Ela tinha pensado, antes de morrer, naquele local em específico e foi para lá que acabou indo. Não pensou na caverna que viveu séculos
- Existe uma Deusa. Alguém muito acima de nós, alguém muito acima de qualquer um. Ela sabe de tudo, ela coordena tudo. Ela sabia que seríamos capturados. Fazia parte do plano dela. E se ela sabia e eu ainda estou vivo, meu verdadeiro objetivo nunca foi te capturar, mas te contar tudo que sei. - Dr. Ferne não parecia estar sendo interrogado, parecia conversar consigo mesmo.Estava amarrado em uma cadeira. Mantelar não tinha dado chance para os outros escaparem, colocou-os numa armadilha que se tentassem fugir, morreriam inevitavelmente. Precisariam de muito poder para se livrarem dali e não parecia ser o caso deles possuírem tal poder.- Dr. Ferne, o que essa deusa quer que eu saiba? Quando fui usada como cobaia, ela já sabia algo sobre mim? - Adwig tentava trazer o Dr. Maluco de volta pra frequência normal do diálogo com ela.- Não entende, o que você não entende? Imposs&ia