- Aliás, Chae, você tem algum poder, assim, consegue controlar o ar, voar, fazer alguma coisa diferente? Só pra eu saber? - Dafa perguntou enquanto saiam.
- Acho que você deveria ter feito essa pergunta lá em cima, antes de trazer ela com a gente, não agora, já saindo do prédio, né? - Adwig questionou a decisão dela.- E você acha que mesmo que ela diga que não eu não vou levar ela com a gente? Vou deixar ela mais durona que nós duas juntas. Você vai ver. - Chae tentava interromper, mas se via impossibilitada, entre as duas.- Você nem sabe se é isso que ela quer - Adwig continuou.- É, com licença... Será que eu posso falar? - As duas pararam de discutir entre si e deram atenção para Chae. - Assim, eu sei alguns truques, na verdade em outras vidas eu fui bastante poderosa. Eu era uma guerreira... das boas. Mas quando acabei aqui, acolhida nessa sociedade, que parecia tão pacífica, tão em ordem, com valores que eu busquei tanto em minha primeira vida, decidi que eraDafa não quis perder tempo conversando ou esperando reunir informações. Partiu para o ataque, saltou contra Freyr dando um soco. Incendiou suas próprias mãos e concentrou energia trazendo um relâmpago dos céus que atingiu o oponente no momento do impacto de seu golpe. Aconteceu uma explosão, tudo ficou claro e quando voltaram a enxergar, nada tinha acontecido.- Eu não poderia demonstrar com maior clareza o que é o plano espiritual, parabéns. - Freyr começou a andar calmamente sobre a água que corria ao lado das flores perto de onde estava.Eu criei uma espécie de segunda camada nesse mundo. Um véu. Para penetrar uma pessoa precisa, basicamente morrer. Ela não chega a morrer, pois não renasce, então não é a palavra certa, mas ela se desprende de seu corpo físico e ele desaparece dentro desse véu fica apenas a sua part&iacu
O retorno de Dafa e Adwig trazendo consigo os Elfos Iluminados, num primeiro momento pareceu aterrorizante. Mas quando eles se mostraram as pessoas de luz, que realmente representavam e começaram a contar que pretendiam transformar a vida naquele planeta para algo que pudesse melhorar a vida de todos, houve uma festa. As duas foram erguidas e jogadas para o alto, foi uma festa. Depois vieram as perguntas, uma na sequência da outra. - Vocês podem fazer isso com calma, mudar o mundo de vocês, reconstruírem, terem liberdade, balancear trabalho e prazer. Viverem como elfos que são, em contato com a natureza. Mesmo que queiram uma vida com modernidades e regras, ela pode ser mais leve e em comunhão com coisas mais simples. Acho que vocês não precisam de Reis, apesar de eles continuarem lá, sãos e salvos, peço desculpas pelo teatro... Vocês podem decidir o melhor para vocês mesmos em conjunto
Aquele era o Palácio dos seus Contos de Fada, das histórias que seu pai contava quando ela era criança. Segundo seu pai, o Palácio mais lindo que podia existir era o palácio dos Elfos Primordiais, mas ela sabia que muita das coisas vinham da imaginação dele, da adaptação para as histórias que ele criava para uma criança que vivia sozinha e tinha o pai como único amigo de brincadeiras. Sua mãe não tinha esse mesmo engajamento, não entrava nas situações como seu pai fazia. Ele transformava tudo em mágica. Não havia crianças em Key, ela por muito tempo foi a única. Seu irmão agia como adulto desde que começou a falar. E suas brincadeiras consistiam em vasculhar o mundo. Aventureiro, chegava a passar dias na floresta. Adwig tinha medo. Gostava de seu pequeno mundo, do seu chão, de ter pra onde correr, se precisasse. Ela já sabia que era diferente, que nada poderia machucar ela de verdade, que ela era praticamente imortal. Ainda assim, gostava de segurança e detestava chamar a atenção. S
- Ouvi de longe uma história de baile, festa, nesse Palácio de Conto de Fadas, isso é verdade? - Hermes, que estava ainda do lado de fora, entrou animado. - Bom, se me permitirem, vou fazer desse evento memorável!- Imagino que eu não tenha objeções, pois não fazia ideia mesmo de como iria fazer essa ideia funcionar. - Adwig realmente sequer tinha pensado nos detalhes, nem achava que realmente ia sair da sua cabeça a ideia, mas agora, o envolvimento já tinha se espalhado e ela sorriu. - Se me permitem eu vou avaliar minha casa, que Hermes fez porque eu também sou curioso. Com licença. - Athos saiu, aparentemente deixando os preparativos para o evento serem executados, não parecia mesmo ser muito sua área. - Eu adoro o desafio de criar algo assim em cima da hora. Nesse cenário, então... - Hermes parecia que tinha nascido para aquilo. Adwig sentiu falta de alguém, olhou para a porta e ela estava lá. - Será que posso ficar por aqui, não vou atrapalhar o reencontro de
- Isso é mesmo necessário? - Adwig questionava Dafa perguntava para Hermes, que alisava todo seu corpo, sob o pretexto de alinhar a roupa que ele tinha acabado de vestir.- O senhor é o Rei aclamado. Por mais que não queira ser mais. Pode ser que seja a única festa que participe. Nós convidamos quase toda a população. O certo é que esteja vestido de forma compatível. - Hermes estava realmente empenhado com o evento.Móretar olhou no espelho e, no final das contas, estava bastante satisfeito com o resultado. Parecia um misto de oficial de alta patente de um exército com os sacerdotes das Fadas, de visual que ele considerava mais moderno, com uma roupa azul marinho e vinho e detalhes dourados. A Excalibur, em suas costas, agora se destacava.- Agora, eu que pergunto, isso é mesmo necessário? - Krakor saia vestindo uma roupa vermelha que nitidamente não tinha caído bem. - Sou o palhaço da corte, né? É isso que você quis dizer, Hermes? - Meu caro, percebe-se que não tem o m
Adwig foi com Móretar para a pista central. Pelo menos essa era sua expectativa, tendo em vista que andaram muito e não chegavam nunca, o que era um absurdo, pois eles conseguiam ver o lugar desde que entraram. Ao que tudo indicava, havia uma ilusão de ótica: uma leve inclinação, praticamente imperceptível, no chão e uma quebra na estrutura espacial, que permitia uma ampla visualização do que acontecia lá dentro, mesmo com o espaço sendo elástico.Hermes ainda estava tentando demonstrar como tudo seria preparado, mas a música tocando fazia os convidados se soltarem e se mostrarem com pouca disposição à organização.- É um conceito diferente de música, pelo menos pra mim - Móretar falou para Adwif. - Tocada por esses instrumentos tão estranhos, sem ninguém os controlando. Não imagino como Hermes possa ter conseguido isso. - Ele é muito poderoso, a quantidade de coisas que ele consegue deixar funcionando automaticamente, parece até algum tipo de feitiço. As fadas que consegu
- Não se preocupem... Vocês todos serão guiados, só deixem o corpo leve e aproveitem! - Hermes cochichou entre eles, tomando também seu lugar, junto a seu par. O som recomeçou depois de uma pausa e agora era uma valsa. Uma linda e harmoniosa valsa. Realmente, mesmo que não quisessem dançar, os casais se tornaram verdadeiras marionetes. Mas a coreografia era incrível. Adwig se deixou levar e ficou apenas olhando Móretar nos olhos, enquanto os passos eram executados com perfeita precisão. Eram malabarismos incríveis e ela voava pelo ar, como se fosse uma boneca de pano. Conseguiam ouvir o eco do público espantado. Ela mesma quase fazia coro junto, a cada finalização de movimento.- Seu perfume é muito gostoso. - Móretar disse ao pé do ouvido dela, quando ficaram por um tempo maior dançando colados, deixando-a um pouco desconcertada. - Eu
- É sério que isso saiu mesmo da sua cabeça? - Dafa perguntava para Adwig, olhando as grandes oposições que a decoração demonstrava por todos os lados. As cores das paredes, que iam do rosa e azul claro para o preto, já demonstravam um cenário que, ora faziam parte do conceito de Castelo Mágico infantil, ora de algum conto de Halloween.- A forma como Hermes conseguiu refletir isso aqui, nem eu poderia descrever - Adwig respondeu. - E pra chegar na Torre é longe, né? - Móretar observou, depois de já terem subido bastante. - Confesso que chega ficar receosa sobre o que vamos encontrar. - Adwig comentou e deixou os dois apreensivos. Quando chegaram, a porta gigantesca já indicava que não era algo simples o que haveria do lado de dentro. Adwig abriu e deram de cara com uma espécie de templo místico. Parecia muito com os Templos das Fadas q