Adwig foi com Móretar para a pista central. Pelo menos essa era sua expectativa, tendo em vista que andaram muito e não chegavam nunca, o que era um absurdo, pois eles conseguiam ver o lugar desde que entraram. Ao que tudo indicava, havia uma ilusão de ótica: uma leve inclinação, praticamente imperceptível, no chão e uma quebra na estrutura espacial, que permitia uma ampla visualização do que acontecia lá dentro, mesmo com o espaço sendo elástico.
Hermes ainda estava tentando demonstrar como tudo seria preparado, mas a música tocando fazia os convidados se soltarem e se mostrarem com pouca disposição à organização.- É um conceito diferente de música, pelo menos pra mim - Móretar falou para Adwif. - Tocada por esses instrumentos tão estranhos, sem ninguém os controlando. Não imagino como Hermes possa ter conseguido isso.- Ele é muito poderoso, a quantidade de coisas que ele consegue deixar funcionando automaticamente, parece até algum tipo de feitiço. As fadas que consegu- Não se preocupem... Vocês todos serão guiados, só deixem o corpo leve e aproveitem! - Hermes cochichou entre eles, tomando também seu lugar, junto a seu par. O som recomeçou depois de uma pausa e agora era uma valsa. Uma linda e harmoniosa valsa. Realmente, mesmo que não quisessem dançar, os casais se tornaram verdadeiras marionetes. Mas a coreografia era incrível. Adwig se deixou levar e ficou apenas olhando Móretar nos olhos, enquanto os passos eram executados com perfeita precisão. Eram malabarismos incríveis e ela voava pelo ar, como se fosse uma boneca de pano. Conseguiam ouvir o eco do público espantado. Ela mesma quase fazia coro junto, a cada finalização de movimento.- Seu perfume é muito gostoso. - Móretar disse ao pé do ouvido dela, quando ficaram por um tempo maior dançando colados, deixando-a um pouco desconcertada. - Eu
- É sério que isso saiu mesmo da sua cabeça? - Dafa perguntava para Adwig, olhando as grandes oposições que a decoração demonstrava por todos os lados. As cores das paredes, que iam do rosa e azul claro para o preto, já demonstravam um cenário que, ora faziam parte do conceito de Castelo Mágico infantil, ora de algum conto de Halloween.- A forma como Hermes conseguiu refletir isso aqui, nem eu poderia descrever - Adwig respondeu. - E pra chegar na Torre é longe, né? - Móretar observou, depois de já terem subido bastante. - Confesso que chega ficar receosa sobre o que vamos encontrar. - Adwig comentou e deixou os dois apreensivos. Quando chegaram, a porta gigantesca já indicava que não era algo simples o que haveria do lado de dentro. Adwig abriu e deram de cara com uma espécie de templo místico. Parecia muito com os Templos das Fadas q
- Acho que estou com fome, agora que estamos prontas, que acha de vermos se Hermes deixou alguma maluquice diferente para comermos? - Dafa sugeriu. - Vamos descer! - Adwig concordou. As duas deixaram Móretar dormindo e desceram toda aquela extensão de escadas até um salão que era apropriado para as refeições. Passaram pela porta e encontraram Emma, as outras garotas e Teleret. Cumprimentaram Emma e Raquel que estavam separadas das outras. - Fala pra ela... - Raquel cutucou Emma, resmungando. - Adwig. Como vai? Teve uma boa noite de sono? - Emma introduziu o diálogo. - Tive sim, espero que vocês também, mas acho que tem algo que ela quer que você me fale. - Adwig se antecipou. - Minha irmã, a responsável pela existência desse lugar incrível! Nós vamos morar aqui para sempre. - Teleret abraçou Adwig com entusiasmo. - Que not&iacut
- Elaryan, porque não nos conta logo o que irá acontecer ou nos leva para definirmos tudo de uma vez? - Athos perguntou, sem parecer ter levado em consideração tudo o que ela tinha acabado de dizer. - Meu querido, você imagina como é para mim, então, querer chegar logo nesse ponto e ter que viver detalhe por detalhe do caminho? Como eu disse, estamos próximos, só que ainda tem muito o que se fazer, mas que bom que agora, finalmente você sabe que estamos do mesmo lado. - Ela disse de uma forma entusiasmada. - Eu jamais estarei ao seu lado. Nossos objetivos podem se encontrar, mas eu nunca estarei junto de você, concordando com seus métodos - Athos respondeu com muita atitude.- Tudo bem, meu amor. Pense assim enquanto ainda puder, sou paciente, você nem imagina o quanto. Usem o Palácio de Adwig como base. Reúnam aqui todos aqueles que vocês querem proteger. O Pa
- Krakor, ela está nos guiando pelo destino, para cumprirmos nossa missão e encontrarmos o que procuramos pela eternidade.- E o que seria isso?- Respostas.- Imagino que você tenha algumas delas para nós - Athos entrou na conversa.- Não respostas, mas indicações. E a maioria não parece muito fácil. Não são nada fáceis na verdade. - Juper não parecia uma pessoa otimista.- Eu vou explicar...Juper começou a explicar os cenários. Foi separando missões e fez questão de distanciar os que ele chamava, provavelmente para não contagiar com muitas informações os participantes de cada uma das tarefas. Athos deveria levar Drácula para algum lugar. Deveria ser algo muito chocante pois eles ficaram atordoados. Depois de falar com Emma, ela foi reunir toda sua equipe. Móretar, após receber sua
- Isso significa adeus? - Adwig perguntou para Dafa e Móretar.- Pela visão de Athos, espero de verdade que seja só um até logo. Afinal, se você quem vai ser a grande salvadora no final da história, eu gostaria muito de estar junto, nesse momento e algo me diz que será muito em breve.- Eu espero que seja! - Adwig abraçou Dafa e a beijou intensamente.- Boa sorte, Móretar. - Ela se aproximou, acariciou seu rosto e deu um leve toque dos seus lábios nos dele.- Eu achando que tinha sido completamente surpreendente ter passado a noite com três mulheres, mas você também não ficou para trás, hein, Ad? - Teleret aparentemente tinha conseguido sair do encantamento do Palácio e comentava com ela, enquanto voltava para perto dos pais.- Como você conseguiu sair? - Adwig perguntou, aliviada.- Parece que o Palácio entendeu que você precisava de ajuda - ele respondeu.- Teleret, nós vamos numa batalha entre dois povos de Elfos. Não acredito qu
- A inteligência artificial tem um bom sistema de proteção para esse tipo de recurso. A morte dos Elfos Primordiais seria um ótimo cenário, pois enquanto renascidos, eles não teriam nem mais o vírus, nem mais a dependência de seu corpo por energia, algo adquirido após o tempo com as máquinas. - Juper continuou explicando.- Não entendo. Por que Morpheu simplesmente não os matou, então? - Médera quem questionou agora.- Existe a hipótese dele não saber se daria certo e não ter como confirmar, já que só conseguiu se teletransportar depois que acordou seu pai Hypnos. Mas existe uma outra teoria, que Elaryan acredita mais, que seja simplesmente por poder. Apenas para controlar todos os elfos. Ele tem um grande exército ao seu lado agora, mesmo que as máquinas não dessem conta de alguma ameaça, ainda assim ele tem sob seu controle todos os elfos primordiais e no mundo dos sonhos, boa parte dos elfos supremos. O vírus que ele desenvolveu age diretamente no cérebro e também
As técnicas de camuflagem para movimentação sem a percepção das máquinas eram as mais estranhas e bizarras. Além da manipulação do ar, para que os átomos não refletissem luz, tornando-os invisíveis, ainda era necessário, para cada local, algum truque, que simulava peso zero, o que tornava a locomoção muito lenta, precisando de técnicas de impulso tvem não detectáveis. Os Elfos tinham um mapa de como funcionava cada tecnologia dos locais... na cabeça deles. Usar qualquer tipo de máquina que eles possuíam para armazenar informações era sinal de detectação inevitável. É por melhor que fossem as mentes dos Elfos, parecia muita informação para se confiar apenas na memória.- Fique tranquila, Adwig, nós somos muito bons nisso - Steve falava baixinho, num dos pouco locais onde podiam fazer algum barulho, a caminho de onde estava o dispositivo que desativaria a inteligência artificial. - A única coisa que poderia ser ruim de acontecer seria encontrarmos algum elfo, nesse caso, não teríam