Rodrigo limpou os lençóis e Beatriz foi trocada e lavada, vestindo roupas limpas. Ele também foi obrigado a usar uma pequena colcha estampada. Os dois estavam sentados no sofá.Beatriz estava furiosa e preparava uma lista de xingamentos para Rodrigo, mas no final só conseguiu perguntar: — O que diabos você tem na cabeça? Como alguém volta do exterior e a primeira coisa que faz é isso? Não se importa com a saúde?Rodrigo, vendo-a envergonhada e furiosa, riu suavemente:— Claro que estou pensando em você. — Ele fez uma pausa e completou com uma voz baixa. — Não estou pensando em nenhuma outra mulher.Ele então puxou um cigarro e lentamente mostrou o telefone dela na frente dela, de maneira bastante provocativa:— Pague.Beatriz estava realmente chocada:— Pagar? Deveria ser você a me pagar. Não sou eu quem quiser.Rodrigo semicerrava os olhos e, com voz baixa, perguntou: — E se eu fosse te pagar?Beatriz ficou em silêncio por um momento:— Você quer dizer, como sugar daddy?Ela o olhou,
Porque Lucas vai protegê-la, mas agora a gravidez dela foi exposta na internet. Dizem que ela é quem se intrometeu no casamento dos outros, usando a gravidez para tirar a esposa do caminho.Camila está com a cara fechada. Beatriz já esteve com outros homens, então como ela poderia ser uma intrusa? Se não fosse pelo senhor Santos, que é difícil de lidar, ela já teria divulgado o vídeo do hotel na internet para que todos soubessem que Beatriz estava com outros homens antes de se divorciar.Camila só se atreve a pensar nisso, afinal, aquela vez foi ela quem armou para Beatriz. E ela também tem medo de ser descoberta.Camila foi até o Grupo Moreno encontrar Lucas.— Lucas, com certeza foi Beatriz que, para limpar o nome dela, expôs minha gravidez.Lucas parou o que estava fazendo. Os projetos da empresa não estão indo bem e ele sabe que há uma mão por trás disso, possivelmente Rodrigo. E em casa, também há muitos problemas. Lucas está completamente sobrecarregado.Ele soube das exposiçõe
— Certo, vou mandar eles irem agora para a sua casa. — Laura mencionou novamente sobre Larissa: — Larissa sempre quis vir se desculpar comigo, mas eu nunca aceitei encontrá-la. Ouvi dizer que ela agora está trancada em casa.Beatriz ergueu uma sobrancelha e sorriu: — Ótimo. Trancada em casa, longe de causar problemas.Laura desligou o telefone, e foi ligar para Rodrigo para se vangloriar. Rodrigo estava ocupado atendendo pacientes e não pôde atender. Quando ele terminou e retornou a ligação, descobriu que Beatriz havia pedido alguns seguranças emprestados a Laura. Laura também não sabia para que Beatriz queria os seguranças.Rodrigo desligou o telefone e não planejou investigar para onde Beatriz estava indo com os seguranças. Afinal, não era problema dele. Nos últimos dias, ele não teve contato com ela e ela também não entrou em contato com ele. Beatriz estava bem, enquanto Rodrigo estava ocupado com a fila de pacientes na clínica.No entanto, depois de terminar com um paciente, R
Antigamente, sempre que Íris chorava, Cristina se revolvia e batia em Beatriz. Agora, Cristina estava tão furiosa que sentia dores no peito. — Beatriz, você enlouqueceu? Que absurdo é esse hoje?Beatriz virou a cabeça e sorriu: — Mãe, não estou louca. Não esqueci do que aconteceu com a família Costa e do que vazou na internet.Cristina sabia do que Beatriz estava falando e se sentia envergonhada. Ela queria que ninguém soubesse que Beatriz era sua filha. — Isso não tem nada a ver com a sua irmã. Ela não é do tipo que espalha fofocas. Você conhece nossos parentes; eles são os que espalham essas coisas. E, convenhamos, isso logo vai ser esquecido. Ninguém vai se lembrar disso.A lógica simples de Cristina fez Beatriz rir involuntariamente.Quando Cristina viu o sorriso de Beatriz, seu rosto endureceu: — Beatriz.— Mãe, por favor, peça à minha irmã para me soltar. Eu realmente não sei o que está acontecendo.Íris chorava com o nariz vermelho. Hoje, Beatriz estava realmente furiosa. Co
Beatriz mencionou um "antigo ponto de encontro", que, na verdade é um parque infantil abandonado. Antigamente, o lugar era movimentado. Ela e Bruno costumavam vender brinquedos para crianças na entrada do parque.Bruno, vestido com uma camisa branca e calças sociais pretas, segurava um buquê de rosas. Com um bastão para se apoiar, ele se aproximava lentamente da mulher, que estava parada no carrossel enferrujado.Bruno conheceu Beatriz quando ele tinha sete anos e ela oito, no orfanato. Ela usava um vestido vermelho desbotado e olhava para a mulher que estava deixando o orfanato. Ele, com uma mochila velha nos braços, observava-a.Ambos eram crianças abandonadas. O orfanato não era um lugar acolhedor. Bruno e Beatriz ouviram uma conversa entre o velho administrador do orfanato e um homem, que estava interessado em comprar córneas. No dia seguinte, o homem levou uma criança com olhos lindos, o que os deixou aterrorizados.Eles aprenderam a se disfarçar, aparentando uma aparência des
A estrada estava deserta e sem engarrafamentos.Rodrigo dirigia sozinho naquele dia. Com uma mão no volante e o cotovelo apoiado na janela, ele aumentava gradualmente a velocidade do carro. O vento que entrava pela janela batia em seu rosto esculpido com um toque de frieza. Ele estava inexplicavelmente irritado, pensando na imagem da mulher no carrossel abraçada ao homem elegante.Rodrigo parou o carro na entrada do Crocobeach. Lançou as chaves ao manobrista e entrou direto. O Crocobeach estava fechado durante o dia.Quando Thiago chegou, vindo de um encontro com uma bela mulher, Rodrigo estava de pernas abertas, segurando um cigarro e assistindo ao show de homens musculosos no palco. Era o único homem na plateia. Thiago ficou surpreso.— Você não vai ver um show de striptease feminino? Tá tudo bem com você?O homem no sofá olhou para Thiago com desdém e voltou a observar o show. Ele estava com as mangas arregaçadas, relaxado no sofá, fumando um cigarro. O tatuagem da cobra negra p
A noite caiu, e o carro seguiu em direção ao hotel. Thiago tomou um pouco de álcool, e Rodrigo também. Nenhum dos dois bebeu muito, mas o pouco que Thiago bebeu já foi o suficiente para despertar seu lado galanteador, e ele começou a falar mais do que o normal.Thiago estava determinado a convencer Rodrigo: — Você só acha essa mulher tão especial porque teve pouca. Experimente mais, e você vai ver.Rodrigo, de olhos fechados, tentava ignorar as palavras de Thiago, mas seus pensamentos ainda estavam em Bia, lembrando da imagem dela com aquele xuxinha vermelha preso na perna. E a sensação de segurar aquelas pernas, tão bonitas...Quinze minutos depois, já no quarto de hotel, Thiago tinha providenciado a presença de dez mulheres diferentes. Havia de todos os tipos: sedutoras, inocentes, doces, magras e curvilíneas. Cada uma mais bonita que a outra.— Rodrigo, escolha uma, ou quem sabe algumas? — Thiago sugeriu, entusiasmado.Rodrigo, relaxado no sofá, ergueu uma sobrancelha: — Parece qu
— Estou te esperando aqui na fora.— Não vou descer, estou ocupada.— Eu colei sua calcinha na porta da frente.Era impossível não ficar irritada com ele.— Não se esqueça de pegar.Do outro lado, o homem desligou o telefone, e Beatriz hesitou. Rodrigo era capaz de fazer uma coisa dessas. Ela ficou preocupada com a possibilidade de alguém passar pela porta de sua casa no dia seguinte e ver uma calcinha pendurada lá. Seria extremamente embaraçoso.Ela imaginou que Rodrigo estava no carro, não na porta do seu apartamento, mas decidiu conferir.Rodrigo estava parado na porta do apartamento de Beatriz como um caçador esperando pacientemente sua presa. Ele havia vindo com um único objetivo: esclarecer se ela realmente tinha aceitado o pedido de casamento de outro homem.Ele ouviu o som da porta se abrindo e, quando Beatriz o viu ali, os dois ficaram em silêncio por um momento.Rodrigo deu um leve sorriso, e, quando Beatriz tentou fechar a porta, ele rapidamente estendeu a mão e entrou. S