— Parece que a Beatriz está grávida.— Eu vi o meu irmão acompanhando ela no hospital outro dia.Quando Larissa disse a primeira parte, Cláudia não demonstrou nenhuma reação especial. Afinal, a gravidez de Beatriz não tinha nada a ver com elas. Mas a segunda parte, ah, essa já era outra história.— Larissa, o que você acabou de dizer?— Cláudia mal podia acreditar no que tinha acabado de ouvir, largando a xícara de café.— Eu vi meu irmão acompanhando a Beatriz no hospital outro dia, então fui procurar saber mais sobre o assunto, e só hoje descobri que ela está grávida.— Larissa disse com o rosto sério. Essa Beatriz parecia que não ia sumir tão cedo.— Que absurdo é esse que você está falando?— Cláudia, com uma expressão nada agradável, respondeu num tom severo:— Essas coisas não se espalham por aí.Larissa fez um biquinho:— Mãe, estou só te contando, relaxa. Eu sei guardar segredos. Quer ligar para o Lucas para confirmar?Cláudia lançou um olhar impaciente para Larissa e cutucou a test
Gabrielle apenas deu umas dicas, fez um favor de leve, mas não tinha razão para se desgastar ajudando a Vera. Ela foi gentil, e Vera não era tola, agradeceu de forma educada. A situação dela era um pouco delicada, pois ela e Rodrigo não eram oficialmente casados, mas, felizmente, ela era filha da clã Pereira de Cidade B, então tinha certa posição.Laura estava sentada no sofá da sala com um travesseiro, assistindo TV, enquanto Gabrielle e as outras aguardavam para ir ao evento beneficente. Gabrielle pensou em Larissa e virou-se para Vera: — Seu primo Aaron tem namorada?— Não, nenhum dos meus dois primos tem.— Respondeu Vera, intrigada com o motivo da pergunta dela.— Minha neta Larissa já está na idade de se casar.— Comentou Gabrielle, sem detalhar muito.Vera entendeu imediatamente: era por causa de Larissa. Mas conhecendo o primo, sabia que ele jamais se interessaria pela neta de Gabrielle, embora, claro, fosse prudente não expressar isso. Com um sorriso discreto, respondeu: — Eu p
— Mãe, por que você de repente quer saber sobre a gravidez da Beatriz?Larissa foi ao hipódromo e não viu Aaron, o que a deixou um pouco chateada. Quando Cláudia ligou, acabou distraindo-a desse incômodo. — Prevenir é melhor do que remediar.Cláudia ouviu o conselho da mãe e decidiu que não faria nada demais, apenas investigaria um pouco. Larissa bufou: — Eu acho que o bebê que a Beatriz está esperando não pode ser do meu irmão, só não sei de qual homem é. Thiago, que estava passando logo atrás dela com alguns amigos, ouviu essa frase. Beatriz está grávida? Thiago franziu ligeiramente a testa. — Thiago, hoje você não vai fazer nenhuma aposta? Eles sempre faziam apostas para se divertir quando iam ver as corridas de cavalos. Porém, Thiago estava preocupado com o sumiço de Rodrigo e, mesmo tendo mandado pessoas procurá-lo, ele não conseguia se animar para apostar. Larissa virou-se, viu Thiago e os outros, mas Aaron não estava lá. Decepcionada, voltou a falar com Cláudia a
— Eu tenho a sensação de que alguém está me vigiando.— Beatriz desabafou, esfregando as têmporas com cansaço. Ela não conseguia dormir bem havia duas noites, e sua voz já estava rouca. Beatriz contou isso para a Dra. Roversi, que havia sido sua médica responsável durante uma internação recente.A Dra. Roversi franziu o cenho ao ouvir. Depois de examinar Beatriz, ela a observou atentamente, percebendo o cansaço e o rosto pálido dela. Ela sabia que o pai da criança havia enfrentado problemas recentemente. Sentindo empatia, a Dra. Roversi percebeu que talvez Beatriz precisasse de apoio psicológico.Com um tom suave, ela sugeriu: — Senhora Silva, marquei uma consulta para você no setor de psicologia. Para o bem de você e do bebê, recomendo que vá. Como você está grávida, não posso prescrever remédios para dormir.Beatriz parou por um momento, depois sorriu com um toque de ironia. — Está bem. Obrigada.Talvez fosse realmente uma boa ideia procurar ajuda psicológica.Depois de sair do cons
Ela não estava em condições de dirigir, então teve que pegar um táxi. Havia alguns táxis parados do outro lado da rua. Quando Beatriz se preparava para atravessar, alguém segurou seu braço.Lucas franziu a testa. — Beatriz, o sinal está fechado.— Ele olhou para ela, que usava uma máscara, mas seus olhos estavam visivelmente vermelhos.Beatriz levantou o olhar lentamente, disfarçando o mal-estar. — Obrigada.— Ela tinha se distraído por um momento.Lucas percebeu que Beatriz não estava bem e não soltou seu braço:— Para onde você vai? Eu te levo.— Não precisa, você pode me soltar.— Beatriz tentou puxar o braço, mas ele não cedeu, e ela franziu a testa.Os olhos de Lucas ficaram mais profundos:— Eu te levo, o Jean também está no carro.Beatriz o encarou, irritada pelo cansaço:— Não precisa, solta, não entendeu o que eu disse? Ela suspirou, lembrando que ele a impediu de atravessar o sinal fechado:— Desculpa.Lucas a olhou por um instante antes de soltá-la. Assim que o sinal abriu, Beat
Na verdade, Vera no começo nem pensou em contar para Pedro sobre a gravidez de Beatriz. Mas, depois de refletir, percebeu que falar sobre isso poderia lhe trazer várias vantagens.Pedro a observava, com um sorriso tranquilo e aquele jeito de patriarca compreensivo. — Vera, o que você acha disso tudo?No clã Santos, os descendentes eram poucos, e Pedro jamais permitiria que um filho de Rodrigo ficasse desamparado.Vera ficou um pouco surpresa com a pergunta de Pedro, hesitando antes de responder: — Eu... realmente não sei.— Então, vamos esperar o Rodrigo voltar e deixar que ele decida por conta própria. Quanto à gravidez de Beatriz, por enquanto vamos agir como se não soubéssemos de nada.” Pedro pegou seu copo de leite. — Já é tarde. Vá descansar também.— Sim, descanse bem.— Ela respondeu, saindo da sala. Assim que fechou a porta, um leve sorriso surgiu em seus lábios.Vera sabia que, mesmo sabendo da gravidez da Beatriz, Pedro não tomaria nenhuma atitude agora.Na noite passada, Be
Alguém queria fazer ela sofrer.Beatriz franziu a testa, decidida a trocar de hospital para consultar outro psicólogo. Ela não acreditava que estivesse com paranoia. Lucas, observando o esforço dela para se manter calma, comentou: — É uma cobra verde, sem veneno. Fica aqui fora, eu vou lá resolver isso. Ele segurava o casaco, prestes a entrar.Beatriz segurou a manga dele, hesitante:— Espera aí. Deixa eu ligar para um serviço especializado.Lucas baixou o olhar para os dedos finos dela, que seguravam sua manga com um toque mínimo, distante:— Ela não tem veneno. Se eu for rápido, posso pegá-la antes que entre em casa.Só de imaginar a cena, Beatriz sentiu um arrepio. Já pensou acordar e encontrar uma cobra na cama? Ela imediatamente soltou a manga dele.Lucas deu um leve sorriso e passou o casaco para ela, andando silenciosamente até a árvore. Beatriz ficou na porta, segurando a maçaneta, pronta para fechá-la se a cobra viesse em sua direção.A cobra verde percebeu a aproximação e começ
Alguém queria prejudicá-la.Beatriz franziu a testa, pensando que talvez fosse melhor procurar outro hospital para consultar um psiquiatra. Ela não acreditava que estava com algum tipo de paranoia.Lucas olhava friamente para os dois, que se abraçavam no meio da sala. Seu olhar encontrou o de Rodrigo por um instante, e ambos desviaram o olhar logo em seguida.Lucas pegou o casaco, com o rosto impassível, e saiu do ambiente.Rodrigo soltou Beatriz, mas segurou suas mãos e a olhou com um carinho genuíno.— Bia, me desculpa.Beatriz queria se zangar, queria gritar com ele. Toda a tensão acumulada nos últimos tempos estava a ponto de explodir. Mas, ao lembrar que Rodrigo estava de volta, aparentemente sobrevivendo a uma situação quase fatal, ela engoliu a irritação e apenas manteve uma expressão fria.Ela soltou as mãos dele, com os olhos ligeiramente marejados.— Só importa que você voltou. — Respondeu, virando-se para conter as lágrimas.Rodrigo percebeu a raiva de Beatriz e a abraçou po