Rodrigo estava vestindo uma camiseta preta e calças pretas, e a mamba negra tatuado em seu braço chamava a atenção. Ele virou a cabeça e olhou para Beatriz.— Rodrigo, não tem jeito mesmo, né? — Beatriz riu. Ela já tinha conseguido mandá-lo de volta ao hotel, mas ele apareceu ali para buscá-la. Sob a luz do poste, o rosto de Beatriz parecia ainda mais radiante.Do carro, Lucas, que observava tudo, sentiu seu coração bater descontrolado. Sua voz soou rouca ao ordenar ao motorista: — Vamos embora. — Enquanto o carro passava em frente à sinuca, ele avistou Rodrigo carregando Beatriz nas costas.Rodrigo a segurava firme, uma mão apoiando suas pernas, enquanto sentia o calor do corpo dela contra suas costas largas. O rosto de Beatriz estava próximo ao seu, e ela sussurrava no ouvido dele. Ele virou a cabeça ligeiramente para perguntar: — Vamos para casa?Beatriz fez um biquinho: — Beija primeiro.Rodrigo soltou uma risada sexy.Ele apertou-a levemente e depois soltou: — Ô mulher, não me pro
Rodrigo foi despertado pelos toques no peito e abriu os olhos com uma expressão de cansaço, mas divertida. Ele puxou Beatriz, que estava aninhada em seus braços, e falou: — Se não levantar agora, vai se atrasar pro trabalho.Os dois ficaram se pegando até altas horas da madrugada.Beatriz estava esgotada, não aguentava mais. Então ela inventou na hora que tinha uma reunião cedinho só pra fazer o cara parar com aquela palhaçada . Ainda sonolenta, ela foi obrigada a levantar quando recebeu uma ligação de Aaron, que insistia para que ela chegasse cedo ao escritório. O pessoal da Grupo Moreno estaria lá, e como A InovaTec e a Grupo Moreno eram tipo rivais e parceiras ao mesmo tempo, Aaron queria tudo perfeito.Rodrigo, ainda ajustando os botões da camisa, olhou de lado para Beatriz e provocou: — Se você não quer trampar, que tal gastar a minha grana?Beatriz bocejou, sem abrir muito os olhos, e respondeu preguiçosa: — Nem precisa, obrigada. — Ela ainda estava meio enrolada nos lençóis.
Assim que os assuntos importantes foram discutidos, Aaron não perdeu tempo em provocar Lucas. Todos sabiam que os dois se detestavam.— Parece que você está bem informado, Aaron. Estou começando a achar que você colocou um espião na minha empresa. — Lucas falou na maior frieza.— Continua achando então, quem sabe um dia você descubra. — Aaron respondeu com um sorriso falso, depois olhou para Beatriz: — Beatriz, estou com fome. Vamos comer alguma coisa. Lucas, você vem também?Lucas, para surpresa de Aaron, assentiu: — Claro.Aaron ergueu as sobrancelhas. Ele só estava sendo educado, mas Lucas realmente aceitou o convite.Beatriz, por sua vez, enviou o endereço do restaurante para Jean. Eles iriam de carro separados, enquanto ela e Aaron seguiram juntos em outro veículo. Aproveitou o trajeto para ligar para restaurante para avisar que ia mais gente.— Engraçado... por que será que o Lucas resolveu vir com a gente de repente? — Aaron comentou, mastigando o chiclete e lançando um olhar cu
Aaron decidiu ir para Gramado de última hora. Vera olhou para a própria barriga, hoje ela estava vestindo um vestido mais solto.— Aaron, que surpresa vê-lo aqui hoje. Um verdadeiro milagre, não?Vera sorriu de maneira doce.Aaron, ao ver que ela parecia bem e corada, ficou aliviado: — Pensei que você estaria mal, abatida. Vim ver como cê tava.— O quê? — Ela franziu a testa, confusa.— O Rodrigo e a Beatriz. — Aaron foi direto ao ponto, sem rodeios.Vera apertou os lábios, abaixando o olhar: — Aaron, tá tudo bem comigo.Ela não quis falar mais sobre o assunto.Aaron se levantou, encarando-a: — Qualquer coisa, me liga.Vera acompanhou Aaron até ele ir embora, viu o carro sumir e voltou pra dentro.Passou a mão na barriga.Estava pensando numa parada.Na casa da Cristina, o jantar de hoje estava especialmente farto.— Querido, amanhã a Beatriz vai transferir o dinheiro pra nossa conta. — Cristina disse.— Sei que você andou se esforçando por aí. — Ela sorriu com ternura.Roberto sempr
Beatriz não sabia quando ele tinha desligado o telefone. Estava encostada no peito de Rodrigo, o corpo ainda tremendo levemente.— Me conta aí, por que você está tão atrevida hoje? Rodrigo apoiou o queixo no ombro dela, as mãos segurando firme sua cintura, puxando-a mais pra perto. — Porque você tava sexy demais falando no telefone. — Beatriz disse: — Quero tomar um banho.Rodrigo segurou o queixo dela, virando seu rosto para encará-la. Ele olhou fundo nos olhos dela, desconfiado. Beatriz revirou os olhos na hora: — Da próxima vez não tomo iniciativa. Você pensa demais, vai ficar velho rápido.Rodrigo não conseguiu decifrar muita coisa no rosto dela.Eles acabaram indo tomar banho juntos, e quando terminaram, ainda não era tão tarde. Resolveram se acomodar no sofá pra assistir a um filme. Na real, Beatriz que estava vendo. Rodrigo só estava fazendo companhia.— Esse filme de terror é muito assustador. — Ela falou sem expressão nenhuma, mas fingindo estar apavorada. Ela agarrou
Cristina mal tinha sentado no carro quando recebeu uma mensagem de um outro número desconhecido.Desconhecido:[Senhora Cristina, ofereço 100 milhões para comprar as informações da Beatriz do orfanato.]Cristina ficou surpresa e um tanto animada. Quanto inimigo essa filha arrumou por aí? Que pepino!Cristina:[200 milhões, te vendo uma foto.]Desconhecido: [Uma foto só não vale tudo isso. Tem o negativo?]Cristina hesitou, pensou por um momento, e respondeu:[300 milhões, e te passo o negativo também.]Desconhecido: [Fechado.]Alberto Menezes, um dos seguranças pessoais de Beatriz, entregou o celular para ela: — Senhora. — Disse ele.Alberto era um dos seguranças de Beatriz, contratado por Rodrigo depois do acidente de carro dela. Ela olhou a mensagem, deu um sorriso frio e devolveu o celular para ele.— Obrigada, transfiraos 300 milhões para ela e traz o negativo de volta pra mim, por favor.Beatriz deu uma volta, fazendo tudo de forma meticulosa, para garantir que recuperaria o negativ
Beatriz tava com a mente a mil. Depois de dar o depoimento, ela saiu da delegacia e entrou no carro toda suada e fria. Estava pálida como um papel.Mais cedo ou mais tarde a galera ia descobrir que foi ela quem denunciou. Anos atrás, quando ela e Bruno saíram do orfanato, chegaram a pensar, de forma ingênua, em ir até a polícia. Mas uma coisa os fez desistir.O grupo era extremamente perigoso, tratava gente como mercadoria.Beatriz ligou o carro mordendo os beiços. Não queria ficar remoendo aquela treta toda.Cristina vendeu a foto e o negativo da Beatriz. Lucrou 320 milhões no fim das contas. Quando voltou pra casa e encontrou Roberto, ela nem sabia como explicar a situação.— Ela disse quando vai transferir o dinheiro? — Roberto perguntou, com a testa franzida de preocupação.Cristina teve um momento de hesitação, o rosto endureceu, e ela finalmente soltou, com uma expressão amarga: — Amor, me desculpa... Fui enganada.Roberto ficou vermelho de raiva, o peito subindo e descendo en
Era de manhã, no horário de pico. Todo mundo estava dirigindo apressado para o trabalho, e as ruas já estavam um pouco congestionadas. Mas as motos elétricas, nesse momento, tinham uma baita vantagem, voando pelas ruas enquanto os carros ficavam presos no trânsito. Uma Ferrari vermelha se destacava na pista, avançando lentamente. Beatriz, ao ver uma moto elétrica passar rápido pelo seu carro, pensou que talvez fosse hora de comprar uma também. Ela colocou o fone Bluetooth e fez uma ligação: — E aí, achou alguém decente na escola de arte?Miguel, tomando um gole de café, respondeu: — Achei três, mas a T4F tá querendo derrubar a gente.Beatriz riu suavemente: — Eu já esperava por isso. Fica de olho no esquema da Mafalda.Eles conversaram mais um pouco sobre o trabalho e então encerraram a ligação. Beatriz dirigiu até o estacionamento subterrâneo da empresa e saiu do carro, caminhando para o escritório. Assim que entrou, seus olhos logo encontraram Alexandre. Antes em casa, eles quase