Era de manhã, no horário de pico. Todo mundo estava dirigindo apressado para o trabalho, e as ruas já estavam um pouco congestionadas. Mas as motos elétricas, nesse momento, tinham uma baita vantagem, voando pelas ruas enquanto os carros ficavam presos no trânsito. Uma Ferrari vermelha se destacava na pista, avançando lentamente. Beatriz, ao ver uma moto elétrica passar rápido pelo seu carro, pensou que talvez fosse hora de comprar uma também. Ela colocou o fone Bluetooth e fez uma ligação: — E aí, achou alguém decente na escola de arte?Miguel, tomando um gole de café, respondeu: — Achei três, mas a T4F tá querendo derrubar a gente.Beatriz riu suavemente: — Eu já esperava por isso. Fica de olho no esquema da Mafalda.Eles conversaram mais um pouco sobre o trabalho e então encerraram a ligação. Beatriz dirigiu até o estacionamento subterrâneo da empresa e saiu do carro, caminhando para o escritório. Assim que entrou, seus olhos logo encontraram Alexandre. Antes em casa, eles quase
Sorte que na sala de descanso da empresa havia alguns ternos de reserva. Após engolir o sanduíche rapidamente e escovar os dentes, Aaron trocou de roupa sob o olhar sarcástico de Beatriz.Quando saiu da sala, todo confiante, deparou-se com Beatriz segurando uma gravata vermelho-sangue. Ele ergueu o queixo ligeiramente e comentou, com desdém:— Beatriz, você não acha essa gravata meio feia?Beatriz, impassível, ajeitou a gravata nele com habilidade:— O problema é seu gosto. — Respondeu prontamente.Aaron a observou de cima a baixo, desviando o olhar logo em seguida:— Sabe de uma coisa que me dei conta agora?— O quê? — Beatriz levantou os olhos.Aaron suspirou:— Eu sou mesmo incrível.A secretária que ele contratou era bonita demais.O desejo começou a incomodá-lo.Beatriz ignorou completamente o que ele disse. Ela olhou o relógio e comentou:— Vamos, está na hora de irmos.O evento do dia era uma cúpula de tecnologia em Cidade B, um encontro com os maiores nomes do setor. Os jornalistas
Mal Beatriz virou as costas, o celular começou a tocar. Era Aaron. Ela atendeu, empurrou a porta da escada e saiu dizendo:— Já estou indo te esperar na entrada.Ela desligou e ligou para o motorista, pedindo que trouxesse o carro para a frente.Aaron saiu do hotel com uma aparência animada. O motorista abriu a porta para ele, que se jogou no banco e soltou um suspiro de alívio:— Ufa, expediente encerrado!Ele afrouxou a gravata e a jogou no banco ao lado, mas seus olhos logo pararam no braço de Beatriz, que tinha uma marca vermelha.— O que aconteceu com seu braço?Beatriz olhou rapidamente e respondeu sem hesitar:— Nada.Aaron ergueu a sobrancelha, mas decidiu não insistir: — Vamos para a casa da Ana.O motorista respondeu:— Certo, chefe.— Ana me contou que você foi fazer compras com ela e aproveitou para gastar uma grana no cartão do namorado. — Disse Aaron, com um tom curioso.— E daí? — Beatriz estava mandando uma mensagem para Rodrigo, chamando-o para jantar. Ela ergueu os olhos
— Vamos para Tamboré.O motorista fechou a porta na hora.Essa parada em Alphaville foi um pouco tensa.Jean apenas rezava para que nada desse errado depois.Camila estava de bom humor hoje e voltou para casa mais cedo.Ela estava brincando com a filha na sala de estar quando Lucas entrou.Ela se levantou, sorrindo, e foi até ele, mas logo viu os arranhões no rosto dele.— O que aconteceu com você?— Governanta, traga a caixa de primeiros socorros.— Deixa pra lá, daqui uns dias vai sarar.Lucas disse isso e subiu as escadas com passos largos.Camila o seguiu até o quarto. Assim que ele pegou as roupas e entrou no banheiro para tomar banho, ela deu uma olhada pela porta.Pegou o celular, saiu do quarto e ligou para Jean.Assim que ele atendeu, ela perguntou diretamente:— Jean, quem foi que machucou o Lucas?Jean já esperava essa ligação:— Sinto muito, não faço ideia.Camila achou que ele estava escondendo algo.Ela ficou meio fria, mas falou toda educada:— Onde vocês foram hoje? Po
Beatriz segurou o volante, soltando uma risadinha:— Comprei para o Aaron, e aproveitei para pegar um para você também.Ao ouvir isso, Rodrigo intensificou os movimentos durante o sexo. Os homens, às vezes, são realmente mesquinhos.No dia seguinte, logo pela manhã, Beatriz acordou animada, pronta para comprar uma moto elétrica.Rodrigo, de olhos fechados, jogou o braço sobre ela, prendendo-a enquanto ela tentava sair da cama.— Vamos dormir mais um pouco. — Resmungou, ainda preguiçoso.A mesma mulher que ontem pedia para ele parar, agora estava mais enérgica que ele.Rodrigo jamais admitiria que estava exausto. Seu braço forte envolveu a cintura de Beatriz, que não conseguiu se levantar. Então, ela se virou para encará-lo, sem dizer nada. Talvez sentindo o olhar dela, Rodrigo abriu os olhos.Com uma das mãos acariciando as costas dela, ele falou com a voz rouca:— Sábado de manhã. Por que acordar tão cedo?Beatriz respondeu:— Quero ir comprar uma moto elétrica.Rodrigo começou a tocar
Rodrigo olhou de lado para Beatriz:— Não tô com ciúmes, só preocupado que ele te machuque.Beatriz percebeu que ele estava realmente irritado. Ela apagou a mensagem e deu uns beijinhos nele para acalmá-lo. Depois, voltou a procurar lojas de moto elétrica no celular, toda sorridente.Enquanto isso, Rodrigo abaixou o olhar e mandou uma mensagem para o Assistente Martins:[O Grupo Moreno tem filial no exterior. Arranja um jeito de mandar o Lucas pra fora do país por um tempo.]O cara estava realmente incomodando.Beatriz finalmente encontrou algumas lojas de moto elétrica e, depois de comparar os preços, escolheu uma vermelha, bonita e barata.— Rodrigo, vamos nessa! Hoje a gente volta pra casa nela.Ela subiu na moto e bateu no banco de trás, indicando para Rodrigo subir também.Rodrigo, maior que ela, deixou a moto parecendo um brinquedo.— Segura firme na minha cintura, bora!Beatriz pilotava toda feliz, como se estivesse numa moto de verdade.Rodrigo ia encolhido atrás, abraçando ela,
Íris saiu de casa como um furacão, indo direto para a delegacia para entender essa história de uma vez por todas com Cristina. Como assim Beatriz tinha prometido ajudar com o dinheiro e agora estava tudo nessa bagunça? Só de pensar nela, o sangue de Íris fervia de raiva.Quando Cristina viu a filha, toda animada, abriu um sorrisão: — Íris, minha filha, corre lá e fala com a Beatriz pra ela retirar a queixa!Com os olhos ardendo de fúria, Íris perguntou: — Mãe, o que tá acontecendo? Por que a Beatriz tá te processando?Cristina suspirou, com a voz carregada de frustração: — Eu usei umas fotos dela do orfanato pra chantageá-la. Se eu soubesse que ia dar nisso, nunca teria trazido aquela ingrata pra casa! Devia ter deixado ela apodrecer lá.Para alguém tão orgulhosa como Cristina, ser denunciada pela própria "filha" era um golpe muito duro. Agora, presa, a raiva só crescia dentro dela.Íris ficou em choque: — Que fotos?Cristina bufou: — O velho diretor do orfanato tava de olho nela. Ele
Beatriz virou a cabeça e olhou para Rodrigo, um pouco surpresa, mas aceitou:— Tá bom.Rodrigo pegou o avental e, ao invés de apenas entregá-lo, posicionou-se atrás dela, abaixando a cabeça para amarrar as fitas com cuidado. Ele perguntou com a voz rouca:— Tá apertado assim?Beatriz inclinou levemente o pescoço, revelando a pele macia e perfeita:— Não, tá de boa.Rodrigo, aproveitando a proximidade, inclinou-se e deu um beijo suave no pescoço dela. Mal teve tempo de curtir, pois foi expulso da cozinha na hora. A porta se fechou com um leve estrondo.Laura, que estava curiosa, olhou para Rodrigo sendo escorraçado, mas rapidamente voltou a focar na TV.Enquanto isso, Beatriz cozinhava com rapidez e precisão. O cheiro que se espalhava pela casa era irresistível, e a comida prometia ser tão boa quanto o aroma. Quando Rodrigo viu a mesa cheia de pratos deliciosos, ele pensou, satisfeito, que antes era o Lucas quem desfrutava de tudo aquilo. Agora, era a vez dele.Ele ergueu o olhar e encontr