Aaron decidiu ir para Gramado de última hora. Vera olhou para a própria barriga, hoje ela estava vestindo um vestido mais solto.— Aaron, que surpresa vê-lo aqui hoje. Um verdadeiro milagre, não?Vera sorriu de maneira doce.Aaron, ao ver que ela parecia bem e corada, ficou aliviado: — Pensei que você estaria mal, abatida. Vim ver como cê tava.— O quê? — Ela franziu a testa, confusa.— O Rodrigo e a Beatriz. — Aaron foi direto ao ponto, sem rodeios.Vera apertou os lábios, abaixando o olhar: — Aaron, tá tudo bem comigo.Ela não quis falar mais sobre o assunto.Aaron se levantou, encarando-a: — Qualquer coisa, me liga.Vera acompanhou Aaron até ele ir embora, viu o carro sumir e voltou pra dentro.Passou a mão na barriga.Estava pensando numa parada.Na casa da Cristina, o jantar de hoje estava especialmente farto.— Querido, amanhã a Beatriz vai transferir o dinheiro pra nossa conta. — Cristina disse.— Sei que você andou se esforçando por aí. — Ela sorriu com ternura.Roberto sempr
Beatriz não sabia quando ele tinha desligado o telefone. Estava encostada no peito de Rodrigo, o corpo ainda tremendo levemente.— Me conta aí, por que você está tão atrevida hoje? Rodrigo apoiou o queixo no ombro dela, as mãos segurando firme sua cintura, puxando-a mais pra perto. — Porque você tava sexy demais falando no telefone. — Beatriz disse: — Quero tomar um banho.Rodrigo segurou o queixo dela, virando seu rosto para encará-la. Ele olhou fundo nos olhos dela, desconfiado. Beatriz revirou os olhos na hora: — Da próxima vez não tomo iniciativa. Você pensa demais, vai ficar velho rápido.Rodrigo não conseguiu decifrar muita coisa no rosto dela.Eles acabaram indo tomar banho juntos, e quando terminaram, ainda não era tão tarde. Resolveram se acomodar no sofá pra assistir a um filme. Na real, Beatriz que estava vendo. Rodrigo só estava fazendo companhia.— Esse filme de terror é muito assustador. — Ela falou sem expressão nenhuma, mas fingindo estar apavorada. Ela agarrou
Cristina mal tinha sentado no carro quando recebeu uma mensagem de um outro número desconhecido.Desconhecido:[Senhora Cristina, ofereço 100 milhões para comprar as informações da Beatriz do orfanato.]Cristina ficou surpresa e um tanto animada. Quanto inimigo essa filha arrumou por aí? Que pepino!Cristina:[200 milhões, te vendo uma foto.]Desconhecido: [Uma foto só não vale tudo isso. Tem o negativo?]Cristina hesitou, pensou por um momento, e respondeu:[300 milhões, e te passo o negativo também.]Desconhecido: [Fechado.]Alberto Menezes, um dos seguranças pessoais de Beatriz, entregou o celular para ela: — Senhora. — Disse ele.Alberto era um dos seguranças de Beatriz, contratado por Rodrigo depois do acidente de carro dela. Ela olhou a mensagem, deu um sorriso frio e devolveu o celular para ele.— Obrigada, transfiraos 300 milhões para ela e traz o negativo de volta pra mim, por favor.Beatriz deu uma volta, fazendo tudo de forma meticulosa, para garantir que recuperaria o negativ
Beatriz tava com a mente a mil. Depois de dar o depoimento, ela saiu da delegacia e entrou no carro toda suada e fria. Estava pálida como um papel.Mais cedo ou mais tarde a galera ia descobrir que foi ela quem denunciou. Anos atrás, quando ela e Bruno saíram do orfanato, chegaram a pensar, de forma ingênua, em ir até a polícia. Mas uma coisa os fez desistir.O grupo era extremamente perigoso, tratava gente como mercadoria.Beatriz ligou o carro mordendo os beiços. Não queria ficar remoendo aquela treta toda.Cristina vendeu a foto e o negativo da Beatriz. Lucrou 320 milhões no fim das contas. Quando voltou pra casa e encontrou Roberto, ela nem sabia como explicar a situação.— Ela disse quando vai transferir o dinheiro? — Roberto perguntou, com a testa franzida de preocupação.Cristina teve um momento de hesitação, o rosto endureceu, e ela finalmente soltou, com uma expressão amarga: — Amor, me desculpa... Fui enganada.Roberto ficou vermelho de raiva, o peito subindo e descendo en
Era de manhã, no horário de pico. Todo mundo estava dirigindo apressado para o trabalho, e as ruas já estavam um pouco congestionadas. Mas as motos elétricas, nesse momento, tinham uma baita vantagem, voando pelas ruas enquanto os carros ficavam presos no trânsito. Uma Ferrari vermelha se destacava na pista, avançando lentamente. Beatriz, ao ver uma moto elétrica passar rápido pelo seu carro, pensou que talvez fosse hora de comprar uma também. Ela colocou o fone Bluetooth e fez uma ligação: — E aí, achou alguém decente na escola de arte?Miguel, tomando um gole de café, respondeu: — Achei três, mas a T4F tá querendo derrubar a gente.Beatriz riu suavemente: — Eu já esperava por isso. Fica de olho no esquema da Mafalda.Eles conversaram mais um pouco sobre o trabalho e então encerraram a ligação. Beatriz dirigiu até o estacionamento subterrâneo da empresa e saiu do carro, caminhando para o escritório. Assim que entrou, seus olhos logo encontraram Alexandre. Antes em casa, eles quase
Sorte que na sala de descanso da empresa havia alguns ternos de reserva. Após engolir o sanduíche rapidamente e escovar os dentes, Aaron trocou de roupa sob o olhar sarcástico de Beatriz.Quando saiu da sala, todo confiante, deparou-se com Beatriz segurando uma gravata vermelho-sangue. Ele ergueu o queixo ligeiramente e comentou, com desdém:— Beatriz, você não acha essa gravata meio feia?Beatriz, impassível, ajeitou a gravata nele com habilidade:— O problema é seu gosto. — Respondeu prontamente.Aaron a observou de cima a baixo, desviando o olhar logo em seguida:— Sabe de uma coisa que me dei conta agora?— O quê? — Beatriz levantou os olhos.Aaron suspirou:— Eu sou mesmo incrível.A secretária que ele contratou era bonita demais.O desejo começou a incomodá-lo.Beatriz ignorou completamente o que ele disse. Ela olhou o relógio e comentou:— Vamos, está na hora de irmos.O evento do dia era uma cúpula de tecnologia em Cidade B, um encontro com os maiores nomes do setor. Os jornalistas
Mal Beatriz virou as costas, o celular começou a tocar. Era Aaron. Ela atendeu, empurrou a porta da escada e saiu dizendo:— Já estou indo te esperar na entrada.Ela desligou e ligou para o motorista, pedindo que trouxesse o carro para a frente.Aaron saiu do hotel com uma aparência animada. O motorista abriu a porta para ele, que se jogou no banco e soltou um suspiro de alívio:— Ufa, expediente encerrado!Ele afrouxou a gravata e a jogou no banco ao lado, mas seus olhos logo pararam no braço de Beatriz, que tinha uma marca vermelha.— O que aconteceu com seu braço?Beatriz olhou rapidamente e respondeu sem hesitar:— Nada.Aaron ergueu a sobrancelha, mas decidiu não insistir: — Vamos para a casa da Ana.O motorista respondeu:— Certo, chefe.— Ana me contou que você foi fazer compras com ela e aproveitou para gastar uma grana no cartão do namorado. — Disse Aaron, com um tom curioso.— E daí? — Beatriz estava mandando uma mensagem para Rodrigo, chamando-o para jantar. Ela ergueu os olhos
— Vamos para Tamboré.O motorista fechou a porta na hora.Essa parada em Alphaville foi um pouco tensa.Jean apenas rezava para que nada desse errado depois.Camila estava de bom humor hoje e voltou para casa mais cedo.Ela estava brincando com a filha na sala de estar quando Lucas entrou.Ela se levantou, sorrindo, e foi até ele, mas logo viu os arranhões no rosto dele.— O que aconteceu com você?— Governanta, traga a caixa de primeiros socorros.— Deixa pra lá, daqui uns dias vai sarar.Lucas disse isso e subiu as escadas com passos largos.Camila o seguiu até o quarto. Assim que ele pegou as roupas e entrou no banheiro para tomar banho, ela deu uma olhada pela porta.Pegou o celular, saiu do quarto e ligou para Jean.Assim que ele atendeu, ela perguntou diretamente:— Jean, quem foi que machucou o Lucas?Jean já esperava essa ligação:— Sinto muito, não faço ideia.Camila achou que ele estava escondendo algo.Ela ficou meio fria, mas falou toda educada:— Onde vocês foram hoje? Po