- Temos tão pouco tempo. – disse Pauline. – Por que vocês não fazem as pazes e aproveitam? Sentirão saudade do tempo que perderam quando cada um estiver em seu país.- Ou acham que uma simples chamada de vídeo matará a saudade quando estiverem longe? – Henry completou.- Quanto mais longe eu estiver dele, melhor. – falei, observando-o andando distante de mim, olhando para o chão.Ele não me olhou, seguiu, com as mãos nos bolsos, sem dizer uma palavra. E o fato de ele não reclamar ou sequer tentar se defender do que houve começou a me preocupar. Não que eu fosse perdoá-lo... Mas tão rápido ele aceitou o fim do nosso relacionamento?A boate era próxima do castelo. Era térrea e o prédio em branco com grandes partes envidraçadas do chão ao teto. O som dava para ouvir da parte de fora. Eu gostava muito de dançar. Mas passar a noite anterior sem dormir estava acabando comigo. O que faria? Passaria a noite olhando Andrew se divertir? Ou vê-lo pensando na vida, totalmente desconexo de mim? De
- Quero que o Lobo me conte seu segredo. Talvez eu possa ajudá-lo. – comi o sorvete fabuloso que era feito no castelo de Noriah.- Eu só quero ser a rainha. – Aimê falou novamente.Começamos a rir. Era um desejo bem objetivo o dela.Comemos todo o sorvete do pote. Quando acabamos, Andrew disse:- Acho que é hora de as meninas dormirem.- Dos meninos também. – falei, temendo que ele pudesse sair novamente.Ele me olhou e balançou a cabeça, sem dizer nada. Subimos juntos as escadarias e deixamos Aimê no quarto dela. Nossos pais ainda não haviam chegado, de onde quer que estivessem com Katrina e Magnus.Nos dirigimos aos nossos quartos, que ficavam mais ao final do corredor. Ele abriu a porta e perguntou:- Quer entrar?Meu ímpeto foi dizer que sim. Olhar o rosto dele a centímetros de distância do meu, imaginar tudo que ele poderia me proporcionar naquela noite e sentir o sangue ferver dentro de mim era tudo que eu precisava para esquecer o que aconteceu. O desejo era tão grande que me f
Finalmente chegamos à praia. Se aquilo não acontecesse rapidamente, eu seria capaz de perder a virgindade com Andrew Chevalier ali mesmo, no banco traseiro de um Maserati, com minha irmã e seu namorado no banco da frente, ouvindo nossos gemidos.Quando abri a porta, senti a brisa fresca do mar e parei um pouco, tentando recuperar meu fôlego. Andrew parou ao meu lado e espreguiçou-se exibidamente, mostrando parte do seu corpo que ficava sob a camisa que se erguia com o movimento dos braços ao alto. Não pude deixar de observar a barriga sarada e lisa dele.- Você me olha como quem quer me devorar, Chapeuzinho. – disse no meu ouvido, provocativamente.- De que adianta, se na hora H você foge? – falei me afastando dele, escondendo um sorriso malicioso que surgia na minha face.Eu gostava daquele jogo. E amava quando ele me chamava de Chapeuzinho. Porque sim, eu esperei muito tempo para ser devorada pelo Lobo. E fui impedida algumas vezes por falta de preservativo. E não, eu não havia traz
Ele saiu de trás de mim e abaixou a bermuda, mostrando a todos a tatuagem que havia feito.Nisso Dereck e Kim entraram a bordo e ficaram olhando a escrita na parte interna da coxa do sobrinho.- Linda cueca, Andy. – falou Dereck, rindo.- Baby, isso é a maior prova de amor que eu já vi. – disse Kim. – Qualquer pessoa que quiser ver seu pênis, terá que suportar o nome de Alexia quase junto dele. – ele começou a rir.- Isso é bizarro. – Gael falou. – E completamente insano.- É fofo... Eu quero que tatue meu nome, Henry. – Pauline falou, abraçando-o.- Eu posso fazer isso, meu amor. Onde você quer?- Não vai tatuar quase junto do seu pênis, filho. – recomendou Dereck. – Andrew é completamente insano, como a mãe.Ele levantou a bermuda, sorrindo orgulhoso de seu feito.- Como assim insano como a mãe? – perguntei curiosa.- Você não sabe que Kat tatuou o codinome de Magnus na sua parte pélvica? – Kim perguntou.- “Black para sempre”. Foi o que ela escreveu. – Andrew sorriu.- Então não vo
Empurrei Andrew de cima de mim. Ele caiu no chão. Fui até a porta:- Kim tem a chave. Peguei com ele, por favor.Andrew começou a colocar a roupa enquanto procurava meu biquíni, no chão. Nem me dei em conta que precisava me vestir quando o vi me entregando as peças:- Vista-se, Ale.Coloquei rapidamente o biquini. Andrew colocou a camiseta dele em mim. Eu estava com meu corpo todo marcado. Tocou meu colo e disse:- Não fiquei nervosa, Ale. Não deve ser nada sério.- Eu... Estou tentando. – respirei fundo, repetidas vezes, tentando recuperar o ar. – Quando eu fico nervosa, às vezes me falta o ar.Ele me abraçou:- Não é nada... Você vai ver.Ouvimos o barulho da porta e Laura do lado de fora. Passei rapidamente por ela, correndo até o lugar onde estávamos antes de descer para o quarto. Pauline estava com a cabeça para o lado de fora e Henry a segurava.- O que houve? – perguntei nervosa.- Ela está enjoada. Deve ser do balançar do iate... – Henry explicou.- Não... Foi a porra do espum
O primeiro ímpeto foi bater meus braços, tentando subir, enquanto meu corpo começava a descer. O balanço das águas me confundia e eu não conseguia ver nada ao meu redor, a não se a luz do sol que ora ofuscava meus olhos, ora desaparecia sob as águas. Tive que abrir minha boca na tentava de tomar ar por ela. Mas a água começou a invadir meu corpo através do nariz e da boca. Morte... Foi isso que eu senti que aconteceria. E eu pensei em meus pais e minhas irmãs naquele momento. Se era possível despedir-se antes do fim da vida, lá estavam eles, todos junto de mim, sorrindo. Porque éramos felizes juntos. Éramos unidos. Nos amávamos acima de qualquer coisa. E Andrew, meu príncipe sem coroa. Eu o amei a minha vida inteira.Desisti de lutar pela minha vida conforme o mar me puxava para baixo. Fechei meus olhos e senti alguém me puxar para cima. Queria ver quem era, mas eu estava tão cansada... Será que já havia morrido?Quando abri meus olhos, estava no chão do iate, com Andrew e Laura ajoel
- Você não pode fazer isso. Eu não quero ser a rainha. – falei rapidamente.- Aimê quer ser a rainha.- Ela só tem dez anos. Se você abrir mão da coroa, sabe muito bem que eu terei que assumir o trono. E eu não posso... Não quero.- É a minha vida, a minha felicidade que está em jogo, Alexia.- E a minha também, Pauline. Você não pode fazer isso comigo.- Eu já estou decidida. Não voltarei para Alpemburg.- Por Deus, como você pode ser capaz de pensar isso? Henry já sabe da sua decisão?- Ainda não.- Pauline, case-se com ele e o torne rei. Alpemburg vai amar o fato de ter um Chevalier no trono.- Faça isso com Andrew. Assuma e o leve para Alpemburg.- Você foi ensinada a vida inteira para isso...- E posso esperar mais dez, vinte anos sendo ensinada. Não sou eu a pessoa que eles querem.- Eles não têm que querer. É você que tem o direito.- Eu não quero. Vejo isso como um fardo.- Eu também. Por isso não posso assumir. Porque nunca me disseram que eu seria rainha um dia.- Quando se
- Você está mimando demais a monstrinha. – falei.- Há como não fazer isso? – ele olhou para Alexia, que olhava tudo atentamente.- Não. – confessei, rindo. – Ela consegue ser diabinha e anjinha ao mesmo tempo.Ele olhou no relógio e me disse, em tom de voz baixo:- Vamos fazer logo esta guerra de travesseiros, Chapeuzinho? Estou louco pela guerra que espero que tenha depois disso, só nós dois... Na minha cama.Eu sorri:- Vamos lá. Guerra de travesseiros, Aimê.Ela subiu na cama de Andrew.- Como funciona isso? – ele perguntou curioso.- É assim, nós subimos na sua cama. E começamos a guerra com os travesseiros. Você tem que derrubar o oponente da cama. Então ele estará fora. – ela explicou.- E se quebrar a cama, o que eu faço? – ele perguntou rindo.- Você dorme em outro quarto. – ela achou a solução rapidamente.Andrew subiu na própria cama, me dando a mão para que eu fizesse o mesmo.- Acho que posso perder, pois nunca brinquei disto. – ele avisou.- Você é forte, está em vantage