Samanta e Gabriel correram até a cozinha, ele pegou Cátia no colo e a levou para o sofá, checou se respirava, e ficou mais tranquilo quando viu que era apenas um desmaio. Samanta pegou um pano úmido e colocou na testa dela, limpou o sangue de seus olhos, e tentou acordá-la, mas sem sucesso. Depois de algum tempo, a menina abriu os olhos e suspirou, os fechando em seguida. Mas dessa vez pareceu pegar no sono, estava exausta.
-Foi muito esforço, não deveria ter insistido, esqueço que ela é apenas uma menina humana. - Samanta sentou em uma poltrona fumando um cigarro, preocupada.
-Calma Sam, ela é mais forte do que pensamos, mas não tão forte, precisamos pegar mais leve sim, mas ela não está mal, é apenas cansaço. - Ele tocou a testa de Cátia e de
Hêilel soube que algo estava errado na ilha, havia segurança além do que contaram para eles, ela foi instalada para que ninguém entrasse ou saísse de lá, radares no fundo do mar, e escondidos nas árvores, davam conta da movimentação. Rafaela estava responsável pelo controle deles, mas precisou se ausentar, em missão dada pela Deusa, negociava com líderes religiosos amigos da Deusa, as coisas ficavam cada dia piores para quem conhecia a verdade.Foi um dia inteiro de não conferência, Hêilel recebeu o aviso de seu assistente, dizendo que houvera movimentação estranha, conferiu e saiu correndo com um esquadrão de demônias guerreiras, avisou Rafaela e ela também levou suas meninas anjas.Chegaram na praia e encontraram sinais
Cátia estava impressionada consigo mesma, não estava com medo, aceitava tranquilamente ser levada pelos vampiros de Alec, como se nada pudesse lhe acontecer. Era como um instinto, uma premonição ou esperteza, qualquer dos nomes serviria, mas fato era que eles não a machucaram, não pareciam dispostos a acabar com ela. Queria se certificar disso, então, quando o vampiro forte que a carregava se descuidou, ela virou o corpo soltando seu braço das mãos dele, chutou atrás de seu joelho e passou os braços pelo pescoço largo.Ninguém apontou nenhuma faca para ela, apenas se afastaram como se deixassem que fizesse aquilo, apertou com mais força, queria tentar arrancar a cabeça dele, um dos vampiros se aproximou com cuidado, e fez algo inacreditável. Enfiando sua mão de unhas longas e afiadas
Samanta interrompeu a comunicação com Cátia quando Alec entrou no quarto novamente, ele trazia uma taça grande cheia de sangue.-Você deve estar com fome…-Onde está a fonte?-Imagino que você estivesse bebendo sangue velho há bastante tempo, mas caso não tenha notado, não está de férias, vai tomar este, ou nenhum.-Vai me envenenar? - Sorriu apertando os olhos, ele bebeu um gole generoso e entregou para ela logo depois, Samanta bebeu tudo de uma vez, estava mesmo com fome, já se sentia estranhamente fraca antes da comunicação com Cátia. - Obrigada, e então? Meus castigos iniciarão quando, meu amor? Samanta andava pelo castelo que um dia foi seu, com um misto de estranhamento e familiaridade, conhecia cada pequeno canto da construção, ao mesmo tempo em que sentia não pertencer mais aquele lugar. Entrou no escritório grande e cheio de livros, uma pintura de Alec ao seu lado - antiga como seu amor - pendurada na parede em frente a janela, parecia olhar para ela. Lembrá-la de um passado mais simples, em que tinha tudo o que queria, porque queria pouco da vida.-Lembra-se quando pintaram ele? - Alec a olhava curioso, ela entrou e não se deu conta dele. - Você me beijava a cada dois minutos, e o pintor ficava uma fera!-Só parou quando eu mostrei meus dentes para ele, e disse que fizesse seu trabalho em silêncio. - Riu sentando no sofá longe da mesa, mas em frente ao quadro. - Eu era insuport&aSE VOCÊ FOSSE MINHA
Cátia ainda esperaria 2 dias inteiros pela resposta de Miguel, não o viu ou teve notícias suas durante este tempo, já acreditava que ele tinha ido embora, e ela ficaria presa naquele prédio esquisito para sempre, esperando por uma resposta. Pediu muito, e sabia disso, mas também sabia que essa era a única solução possível, nada além dela parecia propício a dar certo.Na noite do segundo dia, ouviu batidas na porta e gritou para que entrassem, Miguel parou no vão da porta, um pé dentro do quarto e outro fora. Cátia riu da situação e fez um gesto com a mão enquanto falava.-Entre por favor. - Colocou os dois pés no chão e esperou que ele sentasse, o que ele fez com cuidado, se mantendo afastado dela. - Já tem uma respo
Samanta parou em frente aos muros altos e cumprimentou os guardas, eles arregalaram olhos impressionados, e a deixaram entrar. Ela passou pelos portões e foi direto para a sala de portas duplas vermelhas, agora já com fechadura nova, sabia que eles avisariam Hêilel, Rafaela e Gabriel, pois era sempre uma possibilidade a vampira estar aliada com seu antigo amor, e seu antigo chefe, armando algo. Desde que chegou sem a escolhida, sozinha e sem ferimentos, isso passou pela cabeça de todos, ela sabia que passaria, não se ofendia com as desconfianças.Entrou e teve seu andar interceptado por Hêilel, que a abraçava apertado falando muitas coisas que não deveria. Ela afastou ele rindo, mas o deixou beijar seu rosto com decisão.-Como você chegou? O que aconteceu? Depois de um ano de acordo, onde foi acertado que Cátia e Miguel se comprometeriam com a destruição de quase tudo o que ele havia criado, e depois da escolhida estar completamente por dentro de tudo, sabendo sobre aliados, inimigos antigos e, principalmente, os novos que logo que apareciam eram derrotados por ela e Samanta, aconteceu uma outra reunião, mas desta vez, os únicos presentes eram Cátia e Miguel, ela o chamou para jantar, na suíte de sua casa grande e cheia de pompa, uma espécie de casa de fazenda onde ele gostava de passar o tempo.Estavam completamente sozinhos ali, ela pediu para que Samanta saísse, Alec estava em seu castelo tentando ficar bêbado e curar sua dor de cotovelo pela esposa finalmente perdida, e os empregados estavam fora. Miguel entrou no quarto olhando em volta, era a primeira vez que entrava ali, sorriu para FINALMENTE, AS CAÇADORAS
Samanta agradeceu o motorista do carro de aplicativo e desceu pegando sua pequena valise com uma mão, enquanto atravessava a bolsa nos ombros. Olhou em volta e sorriu, um grande número de prédios - mais altos do que deveriam para uma cidade litorânea - e ruas limpas, pessoas caminhando para lá e para cá, mas não muitas, era baixa temporada, ainda não era o tempo em que suas ruas ficavam apinhadas de turistas andando como zumbis de um lado para o outro, comprando dezenas de coisas que de fato não precisavam, ou parados em filas intermináveis para adquirir uma das comidas saborosas e extremamente gordurosas que as barraquinhas - em formato de mini casas de madeira e espalhadas por toda uma quadra em volta da praça central - vendiam.Andou na direção do som agradável do mar, o vento intenso fazia seu trabalho muit