Esse relato quem fez foi Sofia depois de um tempo. Meu pai é orgulhoso demais para falar que se divertiu fazendo compras depois de quatorze anos alheio a civilização moderna. Segundo Sofia, foi naquele dia que teve certeza que ele também estava preso a ela.
Eles ficaram perto da entrada, acenando para nós duas até sumirmos de vista. Depois que sumimos ficou-se um silêncio constrangedor entre os dois. Ele balançava os braços e olhava nas outras direções. Ela sem hesitar, virou-se para ele.
_Por onde vamos começar? Pelo meu ou pelo seu?
_Começar o quê? _ ele perguntou ainda sem graça.
_O nosso guarda-roupa, não íamos comprar roupas para todo mundo?
Depois que parei de rir, os colegas da minha mesa me observavam assustados, segurando seus lanches para não cair. Pelo jeito minha risada foi mais alta do que me pareceu. Uma multidão começou a nos encarar. Eu não entendia muito bem o que acontecia.Começou primeiro com um burburinho, dava para ouvir algumas palavras. “Excepcionais, aqui nessa parte do shopping?” “Eles não tem a própria parte deles, por que estão aqui?” “Melhor tomar cuidado, pelo jeito tem um intra com eles.” Daqueles burburinhos, um grupo começou a se juntar ao redor da nossa mesa. Baixamos nossas cabeças como se tivéssemos feito algo de errado. Cada vez que mais pessoas se juntavam mais tentávamos nos esconder.
Anos atrás um grupo de jovens sonhadores se reuniam com um objetivo em comum. Não eram poucos mas, muito tímidos para aparecerem. Júlia chegou para mudar essa situação. Além de ter influência por causa da sua família. Tinha um talento para falar em público mesmo sendo uma Naturalista.Era necessário alguém que não fosse um Interpessoal ou um Linguístico para lidar com os discursos e comícios, pelo menos naquele momento. Duvidariam se era verdade ou se estavam sendo manipulados. Júlia saiu da faculdade, e foi logo trabalhar no Médico sem Fronteiras, onde conheceu Francisco, que fazia uma pesquisa ali. Foi em um deserto, ela curando pessoas, ele catalogando bichos e plantas.Quando voltaram, Júlia percebeu a situação pre
Terminamos aquele dia sentados no meio fio e os adultos conversando dentro de casa. João pediu para que os deixassem sozinhos por um momento. Nomia ficou chocada com a notícia da morte de Júlia. O sorriso se esvaiu em poucos segundos.Sofia ficou com eles na sala, nós quatro resolvemos ficar ao ar livre. O sol já estava se pondo e pintava todo o cenário de laranja. Ficamos olhando para o horizonte em silêncio por um tempo. Lembrando desse dia, talvez eles estivessem pensando em que falar_ Oh, meu Deus _ Brenda foi a primeira a quebrar o silêncio _ não acredito que o meu casal teve um final trágico como esse. Uma mãe que se sacrifica para salvar sua filha…_ Você é meio sem noção… _ Haru ficava indigna
Saí assustada correndo pela rua. A noite na cidade era bem movimentada, os carros iam passando correndo com luzes acesas, postes iluminavam as ruas, pessoas se aglomeravam em bares e restaurantes. Era o final do sábado, no dia seguinte era domingo e mais uma vez a semana começava.Eu não sabia para onde ir, não conhecia tantos lugares e não sabia andar por ali. Fiquei vagando de pés descalços pelas calçadas. As pessoas não gostavam muito quando eu chegava perto, achavam que eu era uma pivete. Não tinha noção naquela época o que era pivete.Reconheci as ruas que andei com Haru no dia que quebramos as regras. Estava mais escuro do que imaginava mas, continuei caminhando até chegar àquela bela praça em frente a grande igreja. Qual foi minha
_ Eu só queria mostrar a mãe dela… _ meu pai desabafava para os adultos enquanto nós escutávamos dentro do quarto, todos em silêncio. _ O que será que eu fiz de errado?_ Francisco, _ a mãe de Brenda falava maciamente _ você não fez nada de errado, talvez fosse um pouco cedo demais. Aiyra está lidando com muita coisa ao mesmo tempo.Brenda era uma Excepcional mas, a sua mãe não. Era apenas as duas em um grande apartamento no centro da cidade. Todos os cômodos eram espaçosos, a sala tinha um piso
A história não terminou!!! Areias Brilhantes vai voltar com mais capítulos inéditos. Estou aprontando capítulos novos para a nossa história, organizando melhor a segunda parte pra sair bonitinho para vocês e como isso demanda tempo, vai ter um intervalo nas publicações de capítulos aqui.Enquanto isso, compartilhe, curta e comente essa história maravilhosa "fica comigo então, não me abandona não!"Eu acredito que Aiyra tenha agora, um lugar especial no coração de vocês porque ela deixou no meu.Essa história veio através de um sonho meu e comecei a desenvolver e criar esse universo dos Excepcionais e Aiyra foi ficando cada vez mais forte e independente. Eu sei como ter esse tipo de personagem feminino é importante para a representatividade.Gostei muito de escrever os relatos dela e ver a sua evolução em u
Brenda parecia estar preparada para o que vinha. Ela estava lá desde os doze anos, assim como Hugo. Ela sabia da personalidade animalesca de Hugo, porém, não tinha conhecimento que suas chantagens iriam longe demais.Ser chamada por ele um tempo depois querendo que ela fizesse com ele de novo, ele ficou estupefato com a negação dela. Brenda fez com ele porque quis e sabia muito bem que se aceitasse ele a subjugaria sempre e ela se tornaria apenas um brinquedo para diversão. Ele tinha feito isso com outras garotas, ele as usava até se cansar, era um ser insaciável. Mas com ela não. Hugo não sabia onde ele tinha se metido.Quando Haru falou sobre os boatos, viu que suas habilidades de lógica não adiantariam. Não era preciso ser um Excepcional para saber que aquele nú
Depois daquela reunião, o final da tarde foi apenas com nós dois tentando tirar a tal selfie juntos. Apesar do meu pai ter tido contato com celulares antes de se isolar, ele tinha mais dificuldade do que eu para usá-los. Os aparelhos da época dele eram de flip e tinham teclados, agora eram os famosos touchscreen.Tentamos por várias vezes tirar uma selfie decente, sempre um de nós ficava cortado, em outras fotos não estávamos rindo ou tínhamos uma cara estranha, até que conseguimos tirar uma foto perfeita. Nós dois abraçados rindo para a câmera. Eu imprimi aquela foto mais tarde e ainda a tenho na prateleira do meu apartamento e com o passar do tempo, ela foi ganhando novas companheiras.Lembrei-me naquela tarde do álbum de fotos que meu pai me mostrara, depoi