Quando Augusto chegou na sua empresa entrou como sempre fazia, sem falar nenhuma palavra com ninguém ele seguiu pelos corredores e foi direto para sua sala seguido pelo Nicolas, seu assistente tanto na empresa como pessoal, no qual o mesmo, não falou uma única palavra até que chegaram na grande sala do poderoso Augusto Bell, o ceo de uma grande fábrica de tintas de todos os tipos, ele gerencia a empresa desde que herdou do seu pai já falecido há mais de dez anos, no qual ele anda bastante ausente, sendo assim, pediu para seu assistente contratar, uma pessoa de total confiança para administrar a empresa por ele daqui, claro que ele vai acompanhar toda a movimentação de casa, e de vez em quando virar a empresa.
Nicolas, Breno e Augusto se conhecem desde menino já que seus pais também sempre foram amigos de infância, Augusto, perdeu sua mãe quando ainda era um menino, sendo criado pelas empregadas da casa, já que seu pai tinha que trabalhar para não deixar o legado da família falir, tendo pouco tempo para o filho que sentia muito a falta tanto do pai como da mãe que faleceu depois de seu carro cai de uma ponte em um rio, ela não conseguiu abrir as portas e morreu afogada! Deixando Augusto e seu pai sozinhos aos cuidados dos empregados da mansão, e há dez anos atrás, seu pai veio a falecer, depois de um tempo acamado com uma doença terminal. Nessa época, Augusto estava noivo da sua falecida mulher se casando três anos depois do falecimento do seu pai e esquecendo todas suas dores, até que anos depois de sua mulher luta para engravidar conseguiu, mas novamente o destino foi bem cruel com ele, levando-o mais uma vez seu coração sangra com a perda da sua amada esposa e seu filho de uma só vez, sem nem um pingo de dó, do homem que apesar de toda sua vida de sofrimento era maravilhoso com todos ao seu redor, assim como os funcionários, inclusive os mais próximos como amigos e familiares. Já o Breno, era um menino adotado mas muito bem tratado pelos seus pais adotivos que são os donos da loja onde Augusto estava quando conheceu o menino Jonas, já o Nicolas, sempre foi o mais humilde dos três amigos, não conheceu seu pai, e sua mãe sempre trabalhou na fábrica da família Bell, e como os três estudavam no mesmo colégio desde menino já que a fábrica fornece bolsa de estudo para os filhos dos funcionários poderem ter uma educação adequada, que no futuro pode favorecer a própria fábrica e empresa, já que rendia muito empregos aos moradores da cidade de Jundiaí. Os antigos moradores da cidade apreciam muito as oportunidades que a fábrica da família Bell que sempre proporcionou a todos, e Augusto não é diferente do seu pai e avô, ele dá procedimento ao legado da família, e se tornou um homem simples e justo como seu pai e avô sempre o ensinou dizendo, que dependente do tanto de dinheiro que tenha ou venha a ter, ele terá que ser sempre o mesmo com muita humildade, pois a arrogância não leva ninguém a lugar nenhum, mas as boas amizades sim! Porque ninguém faz nada sozinho. —Então, Nicolas e hoje que a nova contratada começa aqui na empresa? —Sim, senhor Bell…Nicolas eu já não te falei pra me chamar de Augusto, afinal nós somos amigos de infância!—Sim, mas eu também já te falei que aqui na empresa eu preciso ser formal, afinal você é meu chefe! Assim como o da minha mãe também, então não pega bem tanta intimidade. Agora respondendo a sua pergunta, sim, ela irá participar da reunião e se apresentará a todos. —Ótimo, espero que essa pessoa seja realmente muito competente como você e o diretor da filial do Rio de janeiro, me falaram! Toc toc —os dois ouviram as batidas na porta e logo a secretária entrou dizendo: senhor Bell, todos já estão lhe esperando para a reunião. —Ok, então vamos.—E assim, os três seguiram pelo corredor que os levou para a sala de reunião. Ao abrir a porta todos estavam sentados e ao vê-los entrarem, todos ficaram de pé para cumprimentar o ceo, da empresa! Foi aí que Augusto se surpreendeu com uma figura, no meio de todas aquelas caras já conhecidas, estava uma pessoa não conhecida na empresa, mas que ele já tinha esbarrado em um momento bem desagradável, pasmo ele ficou paralisado ali completamente imóvel no mesmo lugar, olhando diretamente nos olhos daquela pessoa que ele se esforçou muito para esquecer durante todo o final de semana. Nesse momento toda a cena na loja veio a sua mente como se ele estivesse vivendo tudo de novo! Completamente atordoado ele quis sair dali imediatamente porém ele não podia, e como ele nunca foi homem de fugir dos seus compromissos ele recuperou a compostura, respirou fundo e terminou de entrar já falando: Bom dia a todos, podem ficar à vontade. —Depois de se acomodar na cadeira do presidente majoritário da empresa ele olhou novamente na direção da mulher sentada e reparou que ela o olhava com olhos de surpresa também, parece que ambos estão totalmente surpresos daquela situação, ele fez sinal para o Nicolas começar a reunião onde o seu assistente logo começou pela apresentação da nova integrante da empresa Bel Family que é o nome da fábrica de tintas. Nicolas começa a falar: Bom, estamos fazendo essa reunião para apresentar a nova administradora, a senhora Glaucia Bellaver que se encontra aqui presente. —Nesse momento ela se levanta e faz sinal com a cabeça afirmando ser quem Nicolas disse! Augusto, abaixa os olhos não aguentando olhá-la nos olhos já que quando eles se conheceram não foi nada agradável, sem saber o que fazer ele se levantou e saiu da sala sem ao menos olhar e nem falar nada. Surpreso com a reação do chefe, Nicolas também ficou sem saber o que fazer já que não estava entendendo a reação do seu chefe. Depois de falar mais algumas coisas ele deu a reunião por encerrada. Saindo imediatamente da sala e seguindo para a sala do amigo que estava de pé de frente a grande janela de vidro do chão ao teto olhando lá pra baixo com as mãos no bolso, Augusto não sabia o que fazer se aceitava ou não aceitava aquela mulher que no momento ele abominava. Nicolas entrou sem bater já falando: o que deu em você Augusto, não vai me dizer que você agora deu pra ser machista, e não quer uma mulher na direção da administração dessa empresa? —Sem olhar pro amigo e funcionário Augusto, respirou fundo e fechou os olhos só então depois de uns segundos falou: claro que não, não é nada disso, é só que eu já a conheci, e não gosto dela só isso! —O que! Cara, quando você conheceu essa mulher? —Me conta essa história direito, Augusto, não vai me dizer que essa mulher é alguém do seu passado? — Nicolas pergunta surpreso.—Não, claro que não, eu a conheci sexta-feira na loja do Breno, quando eu fui fazer algumas compras! Não gosto nem de me lembrar daquela tarde que foi muito complicada, quando eu estava na loja de utensílios, ela estava lá com o filho, um menino muito lindo e amável que cismou comigo, a ponto de entrar na carroceria da minha caminhonete sem eu ver! E eu só fui perceber quando cheguei no chalé, e essa mulher me acusou de várias coisas, até passou pela cabeça dela que eu poderia fazer mal ao filho. E agora ela está aqui novamente na minha frente, e o pior na minha empresa e pra piorar é uma das minhas funcionárias! Eu realmente não sei o que fazer. Nicolas como você não me passou a ficha dela antes com a foto, assim eu não teria passado por esse constrangimento agora. —Me desculpa Augusto, você nunca me pediu isso antes então…tá você tem razão. Mas Nicolas, e agora como eu vou encará-la, toda vez que precisar resolver assunto da empresa se eu ao menos não aguentei continuar vê-la na reunião! —Não sei Augusto, mas agora eu vou te falar como amigo, não seja injusto com aquela mulher que precisa trabalhar, principalmente, como você mesmo falou ela tem um filho e parece que só são os dois já que na ficha dela consta que ela é solteira!—Me trás a ficha dela agora! —Ok, eu vou providenciar isso agora mesmo, mas e o que eu faço com ela? Ela vai querer saber se vai ou não trabalhar aqui? —Sim verdade, por enquanto manda ela ir pra casa, fala que entraremos em contato com ela amanhã, me de até amanhã pra pensar Nicolas, eu simplesmente estou atordoado! —Uau o todo poderoso Augusto Bell o ceo da Bel Family está atordoado com uma simples funcionária, e meu amigo, acho que enfim você está diante de uma mulher que verdadeiramente mexeu com você! — Não fala bobagem Nicolas, eu só nunca fui insultado por uma mulher antes! Além do mais, ela é uma mulher bem topetuda! —Sim, ela deve precisar ser, já que é sozinha com um filho pra criar e educar e pelo que você falou é uma criança adorável né? —Sim, ele é mesmo! Bom, eu suponho, já que não tive muito contato com ele, já que na loja eu o ignorei e lá em casa quando eu o encontrei ele estava dormindo e quando ela foi buscá-lo ele ainda estava dormindo!—O que ela esteve na sua casa, como assim? Me conta essa História direito!—Tá eu te conto tudo mas não agora, e nem aqui, vai pegar a ficha dela, eu quero saber mais sobre ela! —Ah se é só isso, porque você não a chama para sair tomar um café ou um jantar? —Para de brincadeira Nico…Toc toc eles ouviram batidas na porta e Dolores a secretária abriu a porta e ao colocar a cabeça pro lado de dentro falou: senhor Bell, a senhora Bellaver está aqui e pediu pra falar com o senhor!—O que! não, diga que eu estou muito ocupado —sim senhor!—Não, o senhor vai me receber agora mesmo, já que não está nada ocupado! A não ser que ficar aí falando da vida alheia e, ocupação, porque eu tenho certeza que vocês dois estão falando de mim! —Olhando surpreso para aquela mulher topetuda na sua frente, Augusto ficou sem reação olhando fixamente nos olhos dela, vendo como um ficou olhando pro outro hipnotizados, Nicolas, saiu sem ao menos eles perceberem.Depois de um tempo Augusto se rendeu desviando o olhar e disfarçando olhando para uns papéis em cima da sua mesa dizendo: vejo quantos documentos eu tenho que revisar, então se a senhora me dê licença —ele falou fazer gesto com a mão direita pra porta na qual a mulher olhou e não saiu ao contrário se aproximou da mesa dele dizendo: olha eu sinto muito por não saber quem voc…digo o senhor era, eu realmente não pesquisei nada sobre o senhor só me mandaram vir pra cá mesmo sem me perguntar se eu realmente queria vir, então me desculpa por tudo, mas eu realmente preciso desse trabalho por isso, só por isso, que eu acabei vindo, como o senhor já viu eu tenho um filho e só somos nós dois na vida, então eu lhe peço se o senhor não me quiser aqui tudo bem só me manda de volta pra onde eu estava, mas não me demite eu aceito qualquer outro castigo menos ficar desempregada, ainda mais agora que meu filho…o que tem ele?—Nada, me desculpe, mas não é da sua conta eu como o meu filho, f
Augusto chegou em casa e assim que abriu a porta do seu chalé no alto da montanha onde o ar era totalmente puro por ser rodeado de muito verde, aquelas árvores enormes que apesar de lhe deixar em total isolamento também lhe traz muita paz, que é o que ele mais necessita neste momento, já que não saber porque não consegue para de pensar e nem tirar a senhora Bellever da sua cabeça, onde ela está lhe tirando o sua paz e ocupando totalmente a sua mente dia e noite, pensando na conversa que acabou de ter com Nicolas ele fica pensando porque está com raiva de saber que o Nicolas está querendo se aproximar dela? e porque ele está com esse sentimento já que há anos ele não sente isso por ninguém! Sacudindo a cabeça ele tenta não pensar mais nisso e nem que conheceu essa mulher tão topetuda como ele nunca viu. Ao abrir a porta é recebido pelo seu único companheiro de muito anos, duque pula nas suas pernas com muita saudade, apesar dele já saber que de vez em quando seu dono
Depois de dirigir por um bom tempo, Augusto parou em frente a uma praia onde ele ia muito com seus pais quando menino, depois que estacionou o carro, permaneceu dentro, olhando as ondas que batia fazendo barulho que o trazia lembranças de um tempo no qual ele era muito feliz, já que corria pela aquela areia deixando seus pais exaustos de tanto que corriam atrás dele, coisa que ele sonhava que um dia iria fazer com seu filho. Depois de um tempo ali com suas lembranças, ele saiu do carro tirou os sapatos e as meias, deixando dentro do carro, dobrou as pernas da calça, depois de trancar o veículo saiu caminhando pela areia até que chegou no mar onde molhou seus pés e caminhou ali na margem onde as ondas iam e vinham batendo em seus tornozelos como se quisesse brincar de pega, pega com ele. Aquele momento estava relaxando-o e o fazendo se lembrar do passado e esquecer o presente no qual só estava machucando-o. O tempo passou e seu celular dentro do carro não parava de t
Depois que fechou a porta do carona, Augusto deu a volta no carro seguindo para a porta do motorista, muito nervoso, pensando: —nunca que eu iria imaginar passar por uma situação dessa, ainda mais com essa mulher e seu filho que cismou comigo, e como eu não quero que ele me veja como um homem rude estou tentando amenizar as coisas, mas confesso que estou doido que isso tudo termine logo, —entro e depois de me acomodar e por o cinto de segurança, olho pra ela e pergunto: qual direção devo tomar? — Me desculpe, eu não sei onde fica a sua casa! —Quando nossos olhares se encontraram de tão perto, eu paralisei perdido naqueles par de olhos lindos cor de mel, eu me perdi por completo não querendo deixar de olhá-los nunca mais, fico ali hipnotizado, até que Jonas falou: — Então vamos ou não? — Foi nesse momento que eu e ela nos demos conta que não estávamos sozinhos. Sem jeito ela riu com as palavras do filho, e eu fiquei mais maravilhado ao ver as
Nesse momento na casa da senhora Bellaver, Jonas teve um pesadelo e deu um grito fazendo a mãe deixar um copo que tinha nas mãos cai se estilhaçando no chão, ela nem ligou pros estilhaços de vidros no chão da cozinha, só no grito do filho, ela corre, e ao chegar no quarto o ver se debatendo e suando muito chamando: —Augusto, Augusto por favor não morre, não me deixe, você prometeu ser meu amigo, Augusto vem, volta fica comigo, eu e a mamãe precisamos de você, não vá. — A mãe vendo o filho naquele estado logo percebe que ele está tendo um pesadelo, ela imediatamente começa sacudir seu ombro de leve, chamado-o: —Jonas, filho, acorde e só um pesadelo, Jonas, acorda filho. —Na terceira chamada o menino abre os olhos e fica com o olhar fixo na direção dos olhos da mãe por uns instantes, em segunda fala: — Cadê ele? Cadê o Augusto, cadê meu amigo ele não vai morrer né? — O menino pergunta completamente atordoado. — Como assim filho do que
Depois de um tempinho Breno, voltou. — Oi, e aí alguma notícia... Não por enquanto nenhuma, e o Jonas como ficou lá na sua casa? —o interrompi já falando que não temos nenhuma notícia e já pergunto do meu filho, no qual estou bem nervosa agora não só com o senhor Bell, como também com Jonas na casa de pessoas estranhas, afinal ele ainda é um bebê, e com certeza já já vai sentir minha falta já que nós nunca passamos a noite longe uma de outro. Mas o Breno me tranquilizou dizendo: Glaucia, não precisa se preocupar com o Jonas, ele ficou super bem lá em casa brincando com meus filhos, e a minha esposa está apaixonada por ele, escuta, ele jantou, e comeu a sobremesa de repetir, e depois foi jogar videogame com meus filhos, e nem percebeu quando eu saí, mas qualquer coisa, minha esposa me ligará! Então fique tranquila. — As horas passaram, e nada de notícias do Augusto, eu não sabia se ficava sentada ou em pé, se esse chão não fosse de concreto acho que já tinha fei
Olhando surpresos para ela, eles ficaram mudos, já que não queriam que ela soubesse que o assunto era exatamente ela, Nicolas imediatamente tirando o dele da reta, se despediu falando: bom, eu preciso ir agora tenho algumas coisas pra fazer. —Glaucia e Augusto esse que evitou olha-lá, olhando fixamente para o teto, totalmente imóvel, não falou nada, até que ela se aproximou dele olhando bem nos olhos dele e depois de olhá-lo por um curto tempo ela falou: então, eu estou esperando qual era o assunto que deixou vocês tão assustados quando eu entrei? —Depois de pensar por um tempo ele resolveu abrir o jogo falando: já que você quer saber, eu, eu vou te falar, eu estava brigando com ele o porquê da minha acompanhante ser justo você! E eu mandei ele me trazer outra pessoa porque não quero você aqui! Pronto falei. —Surpresa com a sinceridade dele, ela se afastou sem dizer nem uma palavra e se sentou na poltrona ficando ali em silêncio olhando pela janela e
Sim filho, e porque nós precisamos terminar o projeto logo, para entregar — Vendo o olhar acusador do homem, ela logo procurou se explicar. —E mamãe, mas eu não gosto do jeito que ele fica olhando-a o tempo todo, como se eu não existisse lá também, e naquele dia, ele falou pra eu deixar de ser chato e ir para o meu quarto e deixar vocês em paz. —O que! Como eu não ouvir isso? — Você tinha ido levar os pratos pra cozinha! —Ao ouvir os relatos do menino Augusto, ferveu por dentro, naquele momento ele viu claramente as intenções do sujeito. — Tentando disfarçar o que estava sentindo ele logo falou: — Então Jonas,sua mãe me contou que você sonhou comigo! —Sim! — E como foi? — Perguntou Augusto tentando se acalmar. —Nossa, foi horrível! Eu te via deitado em uma cama, e você estava coberto de sangue, mas eu não conseguia me aproximar, porque tinha uma porta de vidro na qual ninguém conseguia passar pra te salvar. Eu gritava, mas você não