Pelo vidro da minha sala vejo todos correndo desesperados, a minha porta é aberta com tudo e Nina aparece ofegante e assustada.
— Capitão, encontraram um cadáver queimado em uma residência. — Diz e sai sem dizer mais nada, me levanto e saio da sala indo em direção à recepção, assim que chego, vejo a Nina com os outros e caminhamos para fora, ao todo são cinco carros indo para o endereço.
— Houve um chamado e os bombeiros foram atender, depois que apagaram o fogo da casa, descobriram um corpo carbonizado e…
— E?
— Ela estava algemada em uma cadeira. — Fala enquanto entramos no carro.
— Como ela está carbonizada, teremos que fazer o exame da arcada dentária, para não errarmos novamente.
— Como assim? — Me lembro que ela não sabe o que aconteceu com a Ayumi,
Hoje acordei animada, afinal, finalmente as coisas estavam se encaixando. Minha vida havia se tornado cheia de surpresas e algumas bem desagradáveis. Mas agora tudo parece fluir normalmente e sem surpresas! Contudo, tudo foi uma avalanche de emoções. Foi um momento de puro terror quando ela tentou me matar, eu estava caminhando distraída pela rua, sem prestar muita atenção no trânsito ao meu redor, até porque o sinal estava fechado e a movimentação de veículos bem tranquila. Então atravessei a rua, porém ouvi o cantar de pneus e quando olhei para a direção dos carros, vi que era Amora, minha irmã de criação que sempre me odiou, era quem estava dirigindo aquele carro, que vinha em minha direção. Foi quando escutei um grito e senti um forte puxão que me fez cair no chão, eu havia quase sido atropelada.Fiquei em estado de choque. Eu não conseguia acreditar que Amora havia feito isso comigo. Durante anos, ela havia me feito passar por todo tipo de humilhação na escola, no orfanato e ago
Outra coisa foi a descoberta do meu namoro com o Mayke, achei que o pessoal iria surtar e nos julgar, mas foi totalmente ao contrário, nossos amigos ficaram felizes. Porém, o mais difícil foi o Kaléo, mas entendo que a mágoa dele foi por ter escondido o relacionamento, depois de alguns acontecimentos sinto que a nossa amizade não é mais a mesma e sinto falta disso, falta do meu menino brincalhão, sorridente, brigão e bobo na medida certa, que me fazia sorrir sem parar. Agora estou aqui, super empolgada, consegui marcar um jantar com o meu namorado lindo, iremos passar um tempo juntos e aproveitar a noite. Enquanto me arrumo, ouço meu celular tocar e vejo que é uma ligação em grupo com minhas amigas. Atendo e elas já começam a perguntar o que estou fazendo.— Estou me arrumando para sair com o Mayke, finalmente consegui marcar um jantar com ele hoje à noite! — Conto animada, pegando um vestido e o colocando na minha frente, enquanto olho para o espelho.— Aí que legal, Ayumi! Onde você
Algumas horas antes…Estou indo me encontrar com o Mayke no café, ele me mandou uma mensagem falando que precisa falar comigo urgentemente, perguntei se era sobre o Carl e o mesmo não quis dizer. Estaciono no estacionamento, desço e caminho para dentro da cafeteria. Assim que entro já o vejo sentado na mesa e ainda não sai da minha cabeça a ideia dele estar com a Ayumi, como fui deixar isso acontecer? Quer dizer, como não percebi isso acontecer?— O que você tem para me dizer? — Pergunto assim que me aproximo, colocando o capacete em cima da cadeira e me sentando em outra.— Vou colocar a foto do Carl na lista dos mais procurados. — A lista do FBI? — Sim, mas estou receoso com uma coisa. — Qual? — Se colocarmos apenas o caso da Ayumi e da Amora, não será suficiente. Precisamos investigar a fundo e descobrir qualquer podre, porque tem algo que não bate, ele fez as coisas muito bem pensado e tenho certeza que ele não é apenas um novato nisso. — Ele deve ter ajuda de alguém ou até m
Minha atenção volta para o restaurante e eles estão sorrindo um para o outro, Mayke pega sua mão e a beija, ela sorri para ele e sinto inveja, um sentimento que eu desconhecia até aquele momento. O ciúme que toma conta é intenso, porque todos os seus sorrisos deveriam ser para mim. — Luta por ela! Mas antes bebe mais um pouco, a cachaça é ruim mais da coragem. — Acabo rindo dele e pego a bebida, bebendo mais um gole.— Nossa, isso parece álcool puro, desce rasgando mais é o que temos.— Essa, sim, é das boas, ela entorpece não só a sua mente, mas também te dá coragem e faz sua dor ficar anestesiada. — Diz enquanto olha para o outro lado, onde os carros passam.— Obrigado… qual é o seu nome mesmo?— Jacinto Pinto, prazer. — Quase me engasgo quando ele diz o nome dele e começo a rir.— Cara, mas que nome é esse? Ah, esquece o que eu disse! Acho que já estou ficando bêbado. Prazer Pinto, me chamo Kaléo Coleman. — Nome de doutor! Pinto é sobrenome, mas se você que usar eu deixo, pode us
— Eu não falei que iria para a cama com você Mayke, você me disse que havia preparado uma surpresa para mim e por isso vim com você, achei que estávamos comemorando! — Mayke olha para ela e ele se ajoelha.— Não, nem pense em fazer isso, Mayke! — Digo e Ayumi olha para trás de mim.— Ele veio impedir que esse daí balance a moita com você! — Pinto aponta para Mayke que olha para mim e dou um passo para frente, Ayumi volta a sua atenção para Mayke e depois para mim.— Estou confusa, o que está acontecendo, Mayke? — Não dou nem chance dele falar.— Eu… eu… ai, Pinto preciso de ajuda aqui!— Só penso direito com uma cachaça das boas, a nossa já acabou lembra?— Verdade, olha tem uma aqui!Vou até o balde de gelo e pego a garrafa de champanhe, a abro meio desajeitado, bebo um pouco no gargalo mesmo e depois passo a garrafa para o Pinto. — Aproveite por que é de graça!— Hummm não é a cachaça, mas se tem álcool está valendo — ele toma um gole e faz uma carreta, depois olha para a garrafa e
— Moça, não demore muito, porque se não você irá matar o companheiro dele… — Ele aponta para baixo e olho para a Ayumi, faço uma cara de cachorro que caiu da mudança e ela sorri.— Kaléo, vamos embora e só irei te dar a resposta quando eu me acertar com o Mayke, não seja egoísta, ele é seu amigo.Isso é verdade, olho para o Pinto que está fazendo não com a cabeça.— Amigo, tenho dó de você.— Por quê?— Porque essa moça vai te fazer comer o pão que o diabo amassou e cara, eu faria o mesmo! Acho que comeria tudo o que ele me desse. — Sorrio e coloco a minha mão em seu ombro.— Pinto, você estava no lugar certo e na hora certa! Valeu cara, de verdade! — Ele sorri— Ainda estou com fome, cara! — Pode comer o que você quiser desta mesa, sei que irá para o lixo, então pode comer à vontade, meu amigo. — Ele esfrega uma mão na outra olhando para a mesa e começa a comer as frutas que estão ali, como também os pãezinhos.— Ainda não nos apresentamos, me chamo Ayumi, muito prazer. — Ela estend
Estou sentada na varanda da casa de Mayke, enquanto ele prepara bebidas para nós. Estou muito nervosa, pois sei que preciso conversar algo muito importante.Não demora muito e ele volta, colocando as xícaras em cima da mesinha e se senta.— Mayke, eu preciso te contar algo. — Digo enquanto ele leva a xícara à boca.— Claro, o que foi? — Pergunta colocando a xícara na mesinha.— A verdade é que eu sempre amei o Kaléo — confesso. —, estava tentando fugir desse sentimento me relacionando com você, mas agora os meus olhos estão abertos e eu vejo que o Kaléo também me ama.Mayke fica em silêncio por um momento, processando a informação. Ele sabe que Kaléo e eu nos conhecemos desde o orfanato, que sempre tivemos uma conexão especial.— Eu entendo — diz Mayke, finalmente. — Eu sempre soube que você tinha sentimentos pelo Kaléo, mas eu achei que poderia mudar isso. Eu nunca quis que você se sentisse presa a mim.— Eu sou grata por tudo o que você fez por mim, Mayke. Você foi um amigo de verdad
Estou sentado no sofá assistindo TV quando ouço meu celular tocar, o pego e vejo ser o Kaléo. — E aí, cara! — Digo mudando de canal, até parar num jogo de futebol americano.— Está em casa? — Sim, por quê? — Abre o portão, to chegando com frango frito e cervejas, coloca no jogo.— Já estou no jogo e o portão — me levanto indo até o botão, apertando e abrindo o portão. —, está aberto.— Estou entrando. — Desligo o celular e abro a porta, não demora muito e ele entra com sacolas na mão. — Se vira, sabe onde estão as coisas. — Digo e volto para a sala, me sento no sofá e não demora muito para Kaléo voltar com o frango em uma vasilha e com as cervejas. — Sabe que isso é apenas uma desculpa esfarrapada que precisei para vir falar com você, né, Mayke? — Diz pegando um frango e comendo. — Sim, eu sei! E ainda trouxe o meu frango preferido. — Preciso me desculpar, com você. Eu sei que acabei com a noite romântica que você tinha planejado com a Ayumi, mas eu não poderia deixar que ela