Ele entra e a enfermeira fecha silenciosamente a porta. O homem caminha até a cama, com passos firmes, e minha mãe arregala os olhos. Ela fecha apressadamente a caixa com tudo, quase prendendo a minha mão.
Ele me olha com uma expressão fria e sinto um arrepio. Seu olhar é gélido, como se fosse capaz de congelar qualquer coisa. Ele tira lentamente a mão do bolso e a estende para mim.
— Prazer, Thomas Hayes. — Pego sua mão e, assim que vou dizer o meu nome, sinto a minha outra mão sendo esmagada. Olho para a minha mãe, que diz um não claro e alto. Isso me assusta um pouco. Solto a mão dele e ele olha para a minha mãe.
— Finalmente te achei, Eloisa. E sinceramente, não esperava te encontrar assim. — Olho para a minha mãe, quando vou falar, ela balança a cabeça num gesto negativo e me calo.
— Olá, para voc
Comecei a fazer mudanças significativas em minha vida, como priorizar meu tempo com as pessoas que eu amava, e cuidar melhor da minha saúde física e mental. Eu também comecei a repensar meus objetivos de carreira e a buscar no trabalho coisas que me trouxessem mais satisfação pessoal. Além disso, a perda me fez perceber que, às vezes, as coisas mais importantes da vida estão além do nosso controle. Aprendi a aceitar que a vida pode ser imprevisível e que devemos estar preparados para enfrentar os desafios que surgem em nosso caminho.Embora tenha sido uma experiência dolorosa, eu também encontrei força e esperança em meio à adversidade. Percebi que, mesmo nos momentos mais difíceis, é possível encontrar apoio e amor nas pessoas ao nosso redor. No final, isso me fez crescer como pessoa e me tornar mais forte e mais resiliente. Aprendi a valorizar
Alguns meses antes…Hoje, sendo o dia de sua morte, acordei tarde, para que o meu sono de beleza fizesse seu efeito. Fui ao spa, salão para fazer as unhas e arrumar os cabelos. Passo já bem de tardinha na floricultura, que fica na esquina da rua onde moro. Está fechada. Claro que tudo está sendo de caso pensado. Então vejo o floricultor jogando as flores murchas no lixo e, assim que ele joga a caixa com várias dentro, se vira e entra. Algumas caem no chão. Me aproximo e pego umas que estavam no chão e nem sei o nome. Só sei que são feias. As pego com cuidado para não me sujar e sigo feliz da vida o meu caminho.Chego ao cemitério e procuro pelo túmulo da minha “irmãzinha.” Está coberto de flores frescas e cartões de condolências. Que desperdício! Ela não merece nada disso.Aproximo-me do t&u
Anos atrás...Acordo em minha cama no orfanato, cercada por outras crianças que não têm pais. Mas eu não sou uma delas, porque minha mãe, a Carmen, é a dona deste orfanato. Ela é uma mulher bonita e gentil, com cabelos negros e olhos castanhos, mas eu simplesmente não gosto de estar aqui. Hoje é mais um dia normal no orfanato. Eu não ajudo minha mãe a cuidar das crianças, porque eu não quero. Prefiro ficar sozinha, lendo meus livros de aventura ou desenhando paisagens imaginárias. Às vezes, eu escondo algumas coisas das outras crianças ou faço pegadinhas, só para me divertir.Eu não gosto das outras crianças no orfanato, elas são chatas e irritantes. Eu não gosto da menina chamada Sofia, que é quase da minha idade. Ela é tão boba e infantil que vive chorando por qualquer coisa e
Eu não quero ser gentil, não quero aprender a ser uma pessoa melhor, como mamãe sempre diz. Eu sou assim e não vou mudar! Enquanto observo o menino brincando com as outras crianças, sinto uma sensação de inveja e frustração. Percebo que, mesmo que eu tenha a minha mãe e pessoas ao meu redor, ainda me sinto sozinha. Eu sei que deveria tentar ser mais gentil, mas não quero ser, eu vejo a mamãe chorando no quarto dela, quando ela vai dormir. Pessoas boazinhas sofrem. Gosto de ser assim e não quero mudar, não quero ficar chorando como a mamãe. Eu continuo fazendo maldades com as outras crianças no orfanato e não me importo com as consequências. Fico de castigo, sem comer as coisas gostosas, levo algumas palmadas e não estou nem aí.••••••• 🌺🦋🌺 ••&bull
Hoje começou a nevar. Mais uma vez, o Ferrugem fugiu de mim. Já faz um ano que ele está aqui no orfanato e desta vez ele se escondeu no sótão. Ele é louco de subir lá em cima, é muito mais frio. Então me sento para assistir televisão e dou graças a Deus por esses pirralhos não estarem aqui brigando pelo controle. Vejo quando o Ferrugem desce as escadas correndo e minha mãe chama a atenção dele, mas ele não para e continua correndo. Vou até a janela e observo ele indo até o portão. Minha mãe vai atrás dele, já que está nevando. Então minha mãe abre o portão, pega algo enrolado em um pano e entra correndo. Ferrugem vem atrás com uma caixa nas mãos e ela sobe direto para o quarto. Então resolvo ir atrás para ver o que é. Uma bebê nova em uma caixa de papelão&h
Acredite ou não, não suporto a minha irmãzinha Ayumi, de apenas quatro anos, e faço questão de deixar isso bem claro. Mas há algo sobre a presença de Kaléo, uma das crianças do orfanato que a minha mãe cuida, que às vezes me faz querer agir como uma pessoa boa. É estranho, eu sei, mas eu gosto da atenção que recebo quando sou gentil na frente dele. Estamos brincando no quintal, Kaléo vem até nós. Ele vai fazer dez anos e eu onze, então acredito que veio nos convidar para seu aniversário, já que ele foi adotado por uma família rica. Só que ele sempre vem vê-la, parece que só tem olhos para a pirralha da Ayumi. Ela vê ele e corre em sua direção com seu sorriso doce e inocente, e eu finjo ser legal, afinal, quero chamar a atenção do Kaléo, ele é lindo e não se parece
Anos depois…A casa da Havah parecia um refúgio maravilhoso para passarmos o final de semana. Eu e Ayumi fomos convidadas, já que ela é amiga do Kaléo. A mãe dele, generosa como sempre, ofereceu-se para nos levar até a casa de praia. Seria uma festa incrível. Eu já não suporto mais os sorrisos entre a Ayumi e o Kaléo, como se fossem dois pombinhos. Porém, mal sabiam eles que minha presença estava longe de ser amigável. Estávamos sentados na toalha de piquenique, quando Kaléo se levanta.— Vou buscar mais suco.— Eu te ajudo. — Digo, me levantando e o seguindo pelas escadas.Assim que entramos e chegamos na cozinha, traço vários planos em minha mente, até que vejo uma excelente brecha, como uma raposa astuta. Ele pega a jarra de suco e eu me aproximo disfarçadame
O ressentimento cresce dentro de mim, alimentando minha determinação de acabar com ela de uma vez por todas. Enquanto Ayumi se delicia com o café da manhã, meu olhar se fixou nela, implacável. Eu sinto um prazer sádico ao imaginar seu sofrimento. Ao vê-la perder tudo o que conquistou. Eu faria qualquer coisa para que Kaléo voltasse sua atenção para mim, mesmo que isso signifique destruir Ayumi no processo. A inveja corroí minha alma, como um ácido corrosivo, consumindo qualquer resquício de bondade que pudesse existir em mim. Eu não me importo com as consequências dos meus atos, desde que consiga o que desejo. Ayumi é meu alvo, a representação de tudo o que eu odeio: alguém que tem tudo e não merece nada. A batalha entre nós está prestes a atingir um novo patamar. Eu estou determinada a provar que Ayumi não é digna do K