CAPÍTULO 47

AYLA

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O sol estava alto quando me despedi de Eliza, deixando para trás não apenas sua casa, mas também tudo o que conhecia.

A mochila pesada nas costas, cheia de dinheiro que minha mãe me deu, parecia carregar não só meu sustento, mas também o peso das decisões que precisavam ser tomadas.

Meu destino era incerto, mas a certeza de que precisava partir me movia.

Minha casa ficava em um vilarejo escondido no interior de Belize, cercado por plantações de milho, feijão e mandioca. A vida ali era regida pelo ritmo da terra e das estações. Meus pais, agricultores dedicados, acreditavam que o trabalho duro e a tradição nos protegiam das influências externas. Mas, para mim, aquele paraíso verdejante era também uma prisão. A floresta que nos rodeava parecia um muro intransponível, uma barreira que mantinha o mundo distante.

Minha jornada começou com passos hesitantes pela trilha que cortava a floresta densa. O cheiro de terra molhada e a sombra das árvores altas me acompanhavam, mas també
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