CAPÍTULO 117

O sol já havia nascido quando deixei para trás os destroços do hospital. Os primeiros raios da manhã desenhavam sombras suaves no céu, como se o mundo tentasse fingir que nada havia acontecido. Mas eu sabia. Ayla sabia. O inferno havia passado por nós.

Carregava seu corpo frágil em meus braços, envolta em meu manto, protegida do vento cortante da altitude. Ela ainda tremia, mesmo com o calor do dia tentando aquecer sua pele. A queimadura na mão era visível, mas nada comparado ao vazio em seus olhos.

A cada minuto de voo, meu coração pesava mais.

Eu voava em direção ao único lugar onde ela estaria segura: A cabana de Ethan, escondida na floresta esquecida da civilização, no norte dos Estados Unidos. Era um abrigo de proteção antiga, um refúgio entre mundos. Só ali, talvez, conseguiríamos pensar, respirar... sobreviver.

— Está com frio?

Perguntei, tentando aquecê-la com a asa boa.

Ela assentiu levemente. Seu rosto descansava contra meu peito, os olhos vermelhos de tanto chorar, mas sem
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