— É triste…. mas não tenho ninguém que me ame para contactar. — disse Ingrid com uma voz trêmula, carregada de melancolia.Lagertha sentiu um aperto no coração. Como podia? Ninguém para amá-la? Ninguém para chorar sua perda? Era uma solidão tão brutal que a fez relembrar seus próprios dias de isolamento, mas seus pensamentos se dissiparam quando Ingrid prosseguiu:— Cometi um erro terrível quando era jovem. Deixei-me levar por um amor impossível e acabei separando duas almas que se amavam profundamente. Fui cruel, inconsequente… Meu lugar deveria ser ao lado do Ceifeiro, pagando pelos meus pecados.Lagertha manteve-se em silêncio, ouvindo com atenção cada palavra.— Amei um homem com todo o meu ser. — continuou Ingrid, com um olhar distante. — Desde jovem, fui prometida a ele por acordos políticos. Mas ele… ele era diferente. Um espírito livre, um sonhador que queria explorar os reinos além das muralhas. Numa dessas jornadas, ele conheceu outra mulher… e se apaixonou.Lagertha respiro
No Reino do VentoLeif despertou com a luz suave do amanhecer filtrando-se pelas janelas. Virou-se e sorriu ao ver Aghata, ainda adormecida, com os braços enlaçando seu travesseiro. Seus cabelos negros espalhavam-se como um véu sedoso sobre o leito. Leif ficou ali por um instante, contemplando cada detalhe: os traços delicados, a serenidade em seu rosto, a força que ela exalava mesmo dormindo.Ele inclinou-se e deixou um beijo suave em sua testa. O leve sorriso que surgiu nos lábios da morena aqueceu seu coração. Com cuidado para não despertá-la, vestiu seu robe e deixou o quarto. Seu destino era a biblioteca.Ao chegar, dirigiu-se a uma estante específica. Tocou um dos livros e com um leve estalo, uma porta secreta se abriu.
No Reino do VentoO sol começava a se pôr no horizonte, tingindo o céu de dourado e carmim, enquanto Astrid e Leif treinavam incansavelmente. O som dos golpes ecoavam pelo pátio, misturado ao farfalhar do vento que Thyra controlava com maestria.A loira movia-se com uma precisão letal, empunhando seu poder que cortava o ar com rajadas poderosas.— Vamos, Astrid! — gritou Thyra, girando no ar. — Mantenha os pés firmes!Astrid esquivou-se e desferiu um golpe preciso, bloqueando pontos de poder imaginários.Ao
Inga estava prestes a colocar seu plano em prática. Três meses haviam se passado desde que retornaram das montanhas geladas, mas as tensões entre ela e Gunnhild aumentavam a cada dia.Gudrun ainda a procurava ocasionalmente, mas deixava claro quem era sua favorita. Gunnhild era mais que sua amante, era sua rainha sombria e isso corroía Inga por dentro.O desprezo e a indiferença de Gudrun faziam a selvagem ferver. O desejo reprimido e a obsessão não correspondida por Ragnar ainda a assombravam e agora o rei que ela desejava estava mais distante do que nunca.
Nas Terras Além das MuralhasRagnar terminou mais um treino extenuante.Seu corpo estava exausto, coberto de cicatrizes e queimaduras. Cada golpe recebido, cada técnica conjurada o levava ao limite, mas ele precisava dominar o Højeste Magt. A harmonia com o poder de Raev exigia controle absoluto.Sob a ducha gelada, sentiu a água escorrer sobre a pele machucada, aliviando a dor física, mas nada aplacava a saudade ardente em seu peito.Três meses sem Astrid... era uma tortura. Ele fechou os
No Reino do NorteRagnar despertou de repente, com o corpo encharcado de suor e o coração martelando dentro do peito. Olhou para o lençol ensopado e soltou uma risada irônica.— Depois de velho… ainda acordando assim… — murmurou, com um sorriso amargo.A lembrança de Astrid ainda queimava em sua mente. Ele havia se conectado a ela. Viu e sentiu tudo o que ela fez. Imaginou suas bochechas coradas de vergonha e sorriu de lado.— Minha rainha… você é perfeita.O desejo lat
No Reino do VentoAstrid estava imóvel na cama, o corpo paralisado pela bruxaria de Einar. Seu coração martelava no peito e o medo corria como veneno por suas veias. Tentava, em vão, mover-se ou gritar. Sentiu a mão fria dele deslizar por sua pele e uma mistura de nojo e raiva tomou conta de seu ser. Fechou os olhos com força, deixando uma lágrima solitária escorrer por sua face. Orava aos deuses para que alguém chegasse.De repente, um estrondo.A porta do quarto foi escancarada com uma explosão de raios. A figura imponente de Ragnar surgiu em meio à poeira, os olhos ardendo em vermelho vivo e uma aura laranja pulsando ao redor de seu corpo como chamas vivas.&mdas
AstridQuando Einar apareceu diante de mim, um pavor gélido percorreu meu corpo. Não temi por minha vida, mas pela do meu filho. Quando ele proferiu aquelas palavras antigas, meu coração parou.Meu pai havia me ensinado sobre o dialeto de Freya, a mulher de Odin. Era uma linguagem sagrada, usada para feitiços de proteção e cura, mas Bjart, com sua corrupção, transformou-a em uma arma de destruição.Eu sabia o que aquele feitiço fazia, por isso fechei os olhos e ore