No Reino do Norte
Ragnar despertou de repente, com o corpo encharcado de suor e o coração martelando dentro do peito. Olhou para o lençol ensopado e soltou uma risada irônica.
— Depois de velho… ainda acordando assim… — murmurou, com um sorriso amargo.
A lembrança de Astrid ainda queimava em sua mente. Ele havia se conectado a ela. Viu e sentiu tudo o que ela fez. Imaginou suas bochechas coradas de vergonha e sorriu de lado.
— Minha rainha… você é perfeita.
O desejo lat
No Reino do VentoAstrid estava imóvel na cama, o corpo paralisado pela bruxaria de Einar. Seu coração martelava no peito e o medo corria como veneno por suas veias. Tentava, em vão, mover-se ou gritar. Sentiu a mão fria dele deslizar por sua pele e uma mistura de nojo e raiva tomou conta de seu ser. Fechou os olhos com força, deixando uma lágrima solitária escorrer por sua face. Orava aos deuses para que alguém chegasse.De repente, um estrondo.A porta do quarto foi escancarada com uma explosão de raios. A figura imponente de Ragnar surgiu em meio à poeira, os olhos ardendo em vermelho vivo e uma aura laranja pulsando ao redor de seu corpo como chamas vivas.&mdas
AstridQuando Einar apareceu diante de mim, um pavor gélido percorreu meu corpo. Não temi por minha vida, mas pela do meu filho. Quando ele proferiu aquelas palavras antigas, meu coração parou.Meu pai havia me ensinado sobre o dialeto de Freya, a mulher de Odin. Era uma linguagem sagrada, usada para feitiços de proteção e cura, mas Bjart, com sua corrupção, transformou-a em uma arma de destruição.Eu sabia o que aquele feitiço fazia, por isso fechei os olhos e ore
Erik, Sigurd e Rolf deixaram o quarto junto com as meninas, levando Einar. O ar ainda estava carregado de tensão.Sigurd se aproximou de Ylva e a envolveu em um abraço caloroso, selando seus lábios em um beijo terno. Sua mão deslizou com carinho até o ventre dela.— Você está bem, meu amor? E o nosso filho? — perguntou ele, preocupado.Ylva sorriu e acariciou seu rosto com delicadeza dizendo:— Estamos bem… graças a vocês.Erik puxou Sigrid para um abraço e um beijo qu
O corpo de Ragnar relaxou, ainda que de forma tensa. Erik percebeu a mudança e deu um leve sinal aos outros para que recuassem. Astrid avançou um passo à frente, a rainha imponente que ela se tornou, encarou os olhos de seu inimigo disse:— Na verdade, Einar, você é patético. — A voz dela era fria como uma lâmina. — Precisa fazer uso de feitiços para ter uma mulher em sua cama porque nenhuma, de bom grado, se deitaria com um verme como você. Apenas prostitutas e escravas te suportam.Einar cerrou os dentes, sendo consumido pelo ódio que era evidente em seus olhos prateados.
As chamas da lareira dançavam suavemente, lançando um brilho quente e dourado pelo cômodo. Ragnar e Astrid estavam envoltos em um mundo à parte, onde o tempo parecia ter parado e tudo o que importava era a conexão intensa entre eles. O som crepitante da madeira queimando era a trilha sonora perfeita para o que estava prestes a acontecer.Astrid estava sentada na beira da cama, seu vestido de linho leve escorregando suavemente por seus ombros, revelando a pele clara e delicada. Seus cabelos, soltos e desordenados, caíam em ondas suaves, moldando seu rosto angelical. Ragnar a observava com um olhar profundo e reverente, como se estivesse admirando a obra-prima mais preciosa que já existiu.Ele se aproximou em passos silenciosos e a tensão no ar crescia a cada segundo. Ragnar se aga
O dia amanheceu sereno, mas o coração de Ragnar era uma tempestade. Ele estava deitado com Astrid em seus braços, mas o sono não veio. Seus pensamentos estavam presos ao duelo que sua esposa enfrentaria. A simples lembrança de Einar fazia seu sangue ferver. Queria arrancar a vida daquele homem de forma lenta e dolorosa. Einar pagaria por tudo, principalmente por ter ameaçado a vida de Astrid e do filho deles.Ragnar respirou fundo e desviou o olhar para sua rainha. Ela dormia serena, com o corpo nu enroscado ao dele. Seus cabelos escuros espalhados pelo travesseiro e a leve curva de sua barriga emolduravam sua silhueta perfeita. Ele estendeu a mão e acariciou com delicadeza o ventre dela. Sentiu um leve estremecer, como se algo o tivesse reconhecido.Astrid sorriu, ainda de olhos fecha
Depois de fazerem amor de maneira intensa e selvagem, Astrid adormeceu nos braços de Ragnar. Sua respiração era leve e o corpo descansava, entregue à paz daquele momento. Ragnar, ainda de olhos fechados, sentiu o calor do corpo dela contra o seu e desejou que o tempo parasse ali, mas uma leve vibração em sua mente chamou sua atenção: era Sigurd, convocando-o para a sala de reuniões.Ele abriu os olhos devagar e observou sua rainha adormecida. Seu rosto sereno parecia uma pintura divina. Ragnar sorriu, acariciando a bochecha suave com a ponta dos dedos.“Minha lua… minha força…” — pensou ele.Com cuidado, ele se levantou sem fazer barulho, foi até o
As palavras ecoaram como trovões no silêncio do aposento. Gudrun sentiu o sangue ferver. O copo em sua mão voou contra a parede, espatifando-se em mil pedaços.— Maldição! — Ele rosnou com o olhar flamejante. — O bastardo despertou o Odelæggelse!Gunnhild apenas confirmou com um breve aceno de cabeça.Gudrun respirou fundo e cerrou os punhos.— Descubra como obrigar os demônios a se curvarem. <