Astrid estava sentada sobre as pedras próximas da cachoeira. Deitou sobre as rochas e ficou a olhar o céu onde a lua já brilhava. Sorriu ao lembrar de Ragnar e da maneira doce e delicada que se referia a ela: Lua da minha vida! Fechou os olhos e recordou as últimas palavras que ele disse antes dela partir:“ Quando sentir saudade, vou olhar para o céu e pensar em você. “Quando a lua brilhar, saberei que você, de onde estiver, estará pensando em nós…”Ninguém acreditaria que por trás daquele homem bruto, existia um homem doce e carinhoso. Ragnar só era assim com Astrid, apenas com ela e isso a deixava ainda mais
Nas terras do Reino do VentoAstrid olhou para Ylva com os olhos marejados. Os deuses os abençoaram novamente. A profecia da mãe de Ragnar estava se cumprindo diante delas. Ylva, incapaz de conter a emoção, levantou-se e a envolveu em um abraço apertado, o sorriso em seu rosto iluminava a escuridão ao redor.Thyra, Sigrid e Agatha se aproximaram, com expressões confusas e ansiosas.— Ylva, o que houve? — perguntou Thyra, inquieta.Ylva enxugou as lágrimas e com a voz trêmula, anunciou:— Nossa Drottning… está espe
No Reino da Terra...Durante 90 dias, o Reino da Terra ficou aos cuidados de Verner.Nesse período, Gudrun permaneceu nas montanhas geladas do Norte com Inga e Gunnhild. Ele precisava aprender a controlar o poder dos demônios em seu interior e Inga, motivada por vingança, dedicava-se, incansavelmente, aos feitiços ensinados por Gunnhild, aprimorando-se dia após dia.Inga usava sua beleza para atrair viajantes incautos e levá-los ao covil da bruxa. Ali, eles eram dados em sacrifícios aos deuses do submundo, em troca de poder e conhecimento. Verner não escondeu o desagrado ao ver as duas mulheres que retornaram com seu rei. Uma delas, vestida como uma selvagem, tinha uma presença inquietante e foi nos olhos dela que ele viu algo terrível: o mal encarnado.A jovem exalava uma ambição perigosa, algo que até mesmo a mais velha não parecia possuir. Verner tinha suas suspeitas, acreditava que a ruiva pudesse ser a feiticeira centenária que ele temia há tanto tempo. Por um instante, um calafrio percorreu sua espinha. O que o rei estaria disposto a fazer? Não importava. Ele estava ali para servi-lo, disposto a sacrificar tudo pelo seu amor.Inga, por sua vez, observava Verner com olhos astutos. Rapidamente percebeu a devoção absoluta doCap 88 – Fúria da feiticeira
Reino do VentoAstrid e Leif avistaram, ao longe, as torres tão familiares de sua cidade natal. Um sorriso brotou nos rostos de ambos. Voltar para casa, após tanto tempo, era como respirar novamente. Para Astrid, um ano havia se passado, mas para Leif, foram longos quatro meses de batalhas e incertezas.À medida que se aproximavam, puderam avistar os cavalos de seus generais avançando em sua direção. Levi foi o primeiro a chegar, com um sorriso largo. Logo atrás vinham Magnus, Hakon e Brynhildr, que rapidamente desmontaram e se curvaram ao rei.— Meus amigos, que saudade eu tive de vocês! — Leif desceu do cavalo e abraçou Magnus com força, em s
Agatha estava em um quarto luxuoso, um espaço digno de reis. As tapeçarias reluzentes e os móveis esculpidos em madeira fina contavam histórias antigas de glória e poder. Para qualquer outra jovem, aquilo seria um sonho, mas não para Agatha. Ela não se encantava com riquezas, o que seu coração ansiava era o calor dos braços de seu rei.Caminhou até o espelho, tocando a própria imagem como quem busca uma resposta. Vestia um delicado vestido verde, deixado por Akito. Era magnífico, mas, ao mesmo tempo, parecia um disfarce cruel. Aghata se sentia uma impostora.“Eu sou apenas uma selvagem e ele é um rei… há tantas mulheres nobres ao seu redor.” — pensou.Seu cora&ccedi
Na Zona CongeladaLagertha vivia há mais de duas décadas aprisionada na zona congelada. Um espaço entre a vida e a morte, onde o tempo não corria. Tudo começou com um feitiço cruel, um pacto de sangue e alma que deveria ceifar sua vida e a de seu filho. Ao descobrir o destino terrível que os aguardava, Lagertha não hesitou: procurou Sir, a anciã que a criou como filha e implorou por uma forma de salvar Ragnar.Sir revelou que a maldição poderia ser alterada… mas havia um preço a ser pago: Uma alma teria que ser entregue ao deus da morte. Sem pensar duas vezes, Laguerta ofereceu a sua. No entanto, o destino, em sua eterna imprevisibilidade, fez mais do que ela imaginava. O demônio enviado para matar seu filho rebelou-se, protegendo o menino em vez de destruí-lo. Por esse ato de amor, Laguerta foi aprisionada na zona congelada e sua alma escapou das garras do Jotun, mas ele não aceitou a derrota e fez uma promessa sombria: Um dia, levaria a alma de Ragnar.Por anos, Lagherta vive at
— É triste…. mas não tenho ninguém que me ame para contactar. — disse Ingrid com uma voz trêmula, carregada de melancolia.Lagertha sentiu um aperto no coração. Como podia? Ninguém para amá-la? Ninguém para chorar sua perda? Era uma solidão tão brutal que a fez relembrar seus próprios dias de isolamento, mas seus pensamentos se dissiparam quando Ingrid prosseguiu:— Cometi um erro terrível quando era jovem. Deixei-me levar por um amor impossível e acabei separando duas almas que se amavam profundamente. Fui cruel, inconsequente… Meu lugar deveria ser ao lado do Ceifeiro, pagando pelos meus pecados.Lagertha manteve-se em silêncio, ouvindo com atenção cada palavra.— Amei um homem com todo o meu ser. — continuou Ingrid, com um olhar distante. — Desde jovem, fui prometida a ele por acordos políticos. Mas ele… ele era diferente. Um espírito livre, um sonhador que queria explorar os reinos além das muralhas. Numa dessas jornadas, ele conheceu outra mulher… e se apaixonou.Lagertha respiro