Olhava para ela incrédulo. Lembro de quando éramos adolescentes e por nossos pais serem amigos, Gabriela sempre corria atrás de mim. Porém eu não dava atenção, era só uma adolescente mimada que tinha tudo que queria e pelo fato de eu sempre dizer não, fez com que insistisse nessa loucura que é dizer me amar. Minha mãe sempre alimentou essa relação em sua cabeça e dizia que o momento para nós dois formamos uma família chegaria e por comodismo eu comecei a me relacionar com ela. Sabia que era fútil, mas não sabia desse lado asqueroso. Sua pele sempre sedosa agora se encontrava vermelha, alguns fios de seu cabelo negro grudado em seu rosto manchado de maquiagem e lágrimas. A ameacei, ela sabe que está envolvida até o pescoço junto com o pai e se eu entregar tudo o que eu tenho com certeza ela também terá o mesmo destino que o seu querido pai, a quem tanto quis proteger. Porém não é chegado seu momento, eu preciso dela como a cartada final
Ana Maria _ Poxa Mariana, eles não deram um motivo? Mariana: Não querida, pediram para você ficar em stand-by por um tempo enquanto resolvem propostas futuras. _ Será que acharam alguém melhor? Mariana: Ana, não se diminua, já te afirmei que sua beleza é única. Eles não acham igual e nem melhor que você. _ Tudo bem então, irei aguardar. - Desliguei o celular totalmente desolada. Antes mesmo de eu pensar em acordar a Malú para ir à escola hoje, Mariana me ligou para me avisar que não precisava ir mais para a agência, que as fotos iriam dar um tempo e que a Saphire me afastou por motivos que eu não consegui entender, que iriam trabalhar com as fotos e vídeos que eu já havia feito. É como se meu castelinho estivesse ruindo. Agora mais essa, não bastasse o que aconteceu onte
Ana Maria Cada passo que eu dava naquele corredor de hospital, eram duas batidas acelerada do meu coração. Miguel caminhava a minha frente, demonstrando tranquilidade, porém eu sabia que ele não estava. Denis nos acompanhava, mas meus olhos procuravam apenas uma pessoa. Alguém que eu sabia que precisava de apoio neste momento. Que Pedro fique bem. Miguel abriu a porta de um quarto e um Felipe totalmente destruído e com a roupa suja de sangue se levantou com olhar ansioso. Felipe: Ah. - Arfou forte e tornou a cair na poltrona se desmanchando em lágrimas. _ Amigo. - Corri para ampara-lo e demonstrar todo o meu amor. Miguel: Alguma notícia? Chorando ele balançou a cabeça em negativo. Estamos num bom hospital, e sabemos que Pedro é um cara forte. Todas as ferramentas estão aí,
Freei o carro de forma abrupta e barulhenta na porta do prédio. Não tinha tempo a perder. Eu precisava chegar o mais rápido possível para conseguir salvar a minha princesa, e a adrenalina em meu corpo me impulsionava a isso. Logo mais à frente da portaria havia um outro carro parado com mais dois agentes enviados por Dante. _ Vamos, vamos. Saquei a arma e segui pelo hall com ela em punho. Meu coração acelerado por pensamentos que me perturbavam, eu não poderia deixar isso acontecer com a minha princesa, porque já não seria mais um aviso. Eles iriam executar o serviço. Adentramos nós três no elevador onde subimos até o sexto andar. O bipe do elevador me fez ciente de ligar o alerta e ter o máximo de cuidado. Todos armados e atentos a qualquer movimento suspeito, saímos mirando em qualquer alvo suspeito que se movimentasse contra a nossa direção. Em silêncio seguimos até a porta do apartament
_ Me solta! Socorro! Xxx: A senhora poderia parar de chamar a atenção? Seu tom de voz rude me causava arrepios. Com medo me encolhi no banco do carro, mentalizando que nada de ruim iria me acontecer. Denis estava arrancando com o carro enquanto o outro homem estava no carona, e o cara grandão me encarava. Depois de tudo que Miguel me falou e de tudo o que temos passado, todo cuidado realmente era pouco. _ Me deixa ir por favor. Xxx: Estou apenas cumprindo ordens. ... Rodamos por não sei quanto tempo até parar no estacionamento do que parecia ser um hotel. Denis foi quem abriu a minha porta, já não sabia se confiava nele porque apenas obedecia em absoluto o grandão. O mesmo segurou em meu cotovelo e me guiou para um elevador onde dois se posicionou a minha frente enquanto eu era mantida sob suas mãos
Miguel Conforme a verdades vem aparecendo, coisas muito duras têm acontecido na minha vida. O fato de eu querer apenas justiça, e fazer o meu trabalho tem me trago problemas que jamais poderia imaginar. Só que agora não posso desistir, no ponto que cheguei é impossível voltar atrás, é uma questão de justiça pelas vidas que eles estão destruindo. Malú. Pedro. Meu pai. Ah, meu pai. Não pude acreditar quando Niel me ligou e me deu aquela notícia. Como se uma pedra enorme tivesse descido pela minha garganta e me entalado. Não existia fôlego para respirar. E isso nem foi o final de tudo isso. Assim que eu estava saindo do apartamento da Ana para ir em direção a casa dos meus pais eu notei uma fotografia no banco do carona do meu carro. Mesmo com a m
Assim que saí do quarto olhei ao meu redor. Dante levantou seus olhos de águia e me sondou. Ele sempre tão altivo, com certeza perceberia qualquer coisa fora do lugar. Seria a parte mais difícil de se enganar. Uma vez cheguei a ouvir Miguel o elogiando por sua perspicácia e agilidade em pensar. O ogro se gabou dizendo que era o melhor. Dante: Está tudo bem? _ Si-sim... - Vacilei na minha resposta, mas me recuperei rapidamente. Não posso falhar agora. Eu preciso usar a cabeça, a minha mãe está em perigo. E se foi mesmo a família de Alexandre por trás do atentado contra Pedro e Antônio, o que mais ele poderia fazer com a minha mãe? Será que Doni não está por perto para protege-la? Não posso vacilar, e não tenho tempo a perder. Com a roupa que estava, fiquei, coloquei apenas um tênis e um moletom, pelo tempo estar nublado eles
_ Não encosta em mim! Recolhi toda a coragem que tinha e o soquei bem na virilha com o meu joelho. Com certeza ele não esperava esse golpe, o que o fez se afastar para tentar abrandar de alguma maneira a dor que eu sei que sentia. Alexandre: Desgraçada! Veio com tudo em minha direção e eu só pude me encolher. Porém isso não impediu de eu sentir o impacto forte em minha cabeça. Fiquei tonta porque apesar dele ser uma pessoa de porte médio, ainda assim era um homem e comparado sua força com a minha eu com certeza sairia perdendo. Recebi um outro soco de surpresa após abaixar meus braços bem no meu olho esquerdo e fiquei tonta. Senti apenas meu corpo escorregar pela parede de concreto enquanto ele gritava atrocidades para cima de mim, também segurando em suas partes íntimas. Se as lágrimas já embaçaram a minha visão, agora também um olho inchado me impedia de enxergar claramente