Dois dias depois...Théo ainda se sentia perdido na névoa de luxúria que havia experimentado com Ashley. O seu corpo estava vivendo uma sensação de relaxamento inédito. Até o seu humor nos negócios estava mais calmo. Os seus funcionários se surpreenderam com a simpatia que ele distribuiu na reunião mensal com os acionistas. Normalmente, esse era um dia em que ele distribuía suas ironias e seu mau-humor, mas hoje tudo foi diferente graças à última noite que tinha passado com Ashley. Essa noite ele voltaria a encontrá-la e finalmente consumaria sua lição sobre sexo anal. Aquele rabo gostoso seria seu, e ele a ouviria urrando de prazer. Ela era a mulher mais perfeita que já encontrou na cama, nenhuma das mulheres que transou ao longo da vida tinham o fogo de Ashley. Quando estavam juntos, os dois eram capazes de incendiarem a cidade inteira.O som da campainha o fez pular do sofá e correr para a porta. Finalmente a sua loira tinha chegado. Depois de dois dias sem vê-la, ele já estava sen
— Como se sente? – Depois que a respiração de ambos se estabilizou, Théo precisava saber como ela estava— Esgotada, mas ainda querendo mais. – Suzana resolveu ser sincera. Não iria fingir que estava satisfeita, ainda tinha energia nela para mais uma rodada.— Você nunca se farta?— Com você, não. – Ela tentou se virar e olhar em seus olhosQuando conseguiu fazer isso, o que viu a deixou perturbada: ele a estava fitando com tanta intensidade, que o corpo dela vibrou descontroladamente.— Não fale essas coisas, docinho. – Théo segurou a sua cabeça e a beijou. Ela seria sua de qualquer maneira, não deixaria mais ninguém colocar as mãos nessa mulher. — Vamos tomar um banho e beber alguma coisa, eu preciso de um breve descanso.— Eu esgotei você?— Completamente. – Ele não iria mentir, estava se sentindo sem força.[...]Depois que tomaram um banho, os dois beberam e conversaram seriamente pela primeira vez. Théo confessou que era filho único e que seu pai havia falecido há quatro anos.
— Eu preciso de você agora! – Théo sentia que poderia explodir a qualquer momento— Você sabe que horas são?— Foda-se a hora, Douglas.— Que porra está acontecendo?— O que estava escrito no relatório que você fez da Ashley? Me conte tudo imediatamente.— Pelo amor de Deus, Theodoro, você está há um século com o maldito relatório e quer saber sobre ele às quatro da manhã? Eu preciso dormir sabia?— O que tem no relatório? Quem é ela?— Diga o que está acontecendo, só assim vou poder te falar o que você precisa saber.— Faz a porra de um resumo, caralho! – Se esse maldito estivesse perto de Theodoro, certamente ele meteria a mão na cara dele.— O nome dela é Suzana Guimarães. – Douglas se deu por vencido e começou a falar — Ela era casada, mas levou o golpe do marido e está devendo uma pequena fortuna ao banco. O caso dela ficou conhecido há alguns meses, ela perdeu os pais e a irmã em um acidente de carro. Apenas a sobrinha sobreviveu, e hoje vive com ela. Atualmente ela mora em Bota
Suzana entrou no hospital desesperada, precisava encontrar Pablo e se inteirar sobre o que tinha acontecido com Fátima. A viagem até o hospital pareceu durar uma eternidade, ela já estava a ponto de descer e sair correndo para tentar chegar mais rápido.— Suzana! – Ela ouviu o seu nome e virou o corpoPablo estava em um canto da recepção e vinha caminhando na sua direção.— O que aconteceu? Ela está bem?— Não sei. – Ele envolveu Suzana em seus braços e a apertou com força — Ela sofreu um AVC, Suzana. Os médicos estão tentando estabilizar o estado dela.— Meu Deus! – Suzana sentiu toda a força do seu corpo ser drenada — Mas ela parecia tão bem...— Essas coisas podem acontecer do nada, não tem como prever.— Será que podemos vê-la?— A atendente disse que assim que os médicos tiverem uma posição, irão nos avisar. No momento, só podemos esperar.— E a Sofia? Ela está bem? – Suzana sempre se sentiu mal por deixá-la sozinha para se encontrar com Junior, mas nunca imaginou que algo assim
Quando Theodoro chegou ao hospital, ainda tentava digerir tudo o que ouviu da vizinha de Suzana. A mulher não parou de falar e contou toda a história dela em poucos minutos. Mas, graças a ela, conseguiu descobrir onde Suzana estava e o que aconteceu com a amiga dela.Ele olhou ao redor e viu diversas pessoas em pé, enquanto outras estavam sentadas com os rostos pálidos, parecendo que iam morrer. O local estava muito cheio, e o ambiente não parecia ser limpo o suficiente para um hospital. Era um verdadeiro horror ver tantas pessoas jogadas esperando atendimento.— Vou tentar achar a Suzana. – Theodoro despertou da avaliação que fazia quando Douglas o chamou — Fique aqui enquanto busco informações.Ele voltou a olhar ao redor, indignado, tanto dinheiro público desperdiçado, enquanto pessoas inocentes morrem sem atendimento. Odiava corrupção e quando presenciava cenas como esta, sentia repulsa pelas pessoas que permitiam que inocentes morressem.— Theodoro, por aqui. – Ele escutou Dougla
— Ela acabou de ser transferida.Theodoro falou assim que voltou a encontrar o grupo que se reunia em um canto da recepção. Ele estava louco para saber o que Murilo fazia com a tal amiga de Suzana, mas teria que controlar a curiosidade até tudo se ajeitar.Obviamente, seu amigo também estava curioso, e, pela maneira que olhava para ele, Murilo estava prestes a pular em seu pescoço.— Como assim já foi transferida? Eu queria ir ao lado dela na ambulância. – Suzana se separou do grupo e encarou o homem, que já não conhecia mais.— O médico achou melhor ela ir sozinha, mas já estamos indo encontrá-la. Douglas nos espera lá fora.— Eu levo as meninas, Theodoro Aljarafe, não precisa se preocupar. Agora estou aqui e tomo conta da situação. Pode ir para casa.Theodoro observou seu amigo segurar o braço de Suzana e arrastá-la para junto de si. Ele estava cometendo um grande erro, mas por considerar o momento que ela vivia, ficaria quieto e apenas colocaria o seu amigo no devido lugar.— Vamos
Quando chegaram ao hospital, Fátima já estava sendo levada para uma cirurgia de emergência. O hospital ficava na zona sul do Rio e Suzana ficou imaginando quanto custaria uma diária ali. Ela já estava entrando em desespero só de pensar o quanto teria que pagar por tudo aquilo. Passaria a vida toda tentando pagar dívidas. Junior, ou melhor, Theodoro, ajeitou toda a documentação necessária para a internação da sua amiga e ficou algum tempo ao seu lado. Ele exigiu um quarto de primeira e pediu que todos os procedimentos médicos fossem feitos para que salvassem a vida de Fátima.Pouco tempo depois dos dois terem chegado, Priscila e Murilo também apareceram. Sua amiga tentou fazer perguntas sobre o que estava acontecendo, mas Suzana pediu um tempo. Não queria entender nada dessa confusão naquele momento, apenas precisava saber que tudo estava bem com Fátima.Quando estava chegando perto das oito da manhã, Theodoro comunicou que precisava ir até a empresa, mas que gostaria de saber como Fát
— Suzana! – Theodoro passou boa parte da manhã esperando pela ligação dela. Já sabia tudo o que tinha acontecido com a sua amiga. Seu fiel motorista já tinha levantando o estado dela e repassado todos os detalhes — Como está sua amiga?— Bem, graças a você! – Suzana nunca iria agradecer o suficiente por tudo o que ele fez por Fátima. Se não fosse a intromissão dele, ela ainda estaria naquele hospital, e só Deus sabe se seria operada.— Graças a Deus, eu não fiz nada além de ajudar na transferência dela. Se ela não reagisse bem, tudo teria sido em vão.— Não minimize a sua responsabilidade nessa história, você sabe que foi fundamental no atendimento dela.— Ok. – Theodoro não queria ser o herói, então o melhor era mudar de assunto — Você se sente melhor? Precisa de alguma coisa?— Estou bem. – A boneca que Sofia brincava caiu no chão, e ela começou a chorar — Só um minuto. – Suzana colocou o telefone em cima da mesa e pegou a bonecaFez uma firula com ela, para Sofia sorrir, e quando