Os ecos da voz da rainha invadiam os ouvidos de Liam mesmo que ela estivesse no último andar do castelo, em um quarto totalmente escuro, empoeirado e de grossas paredes.
Novamente mais uma tropa estava sendo mandada para as terras de sangue, a rainha mandava e o rei apenas ouvia.
O trinco da porta é destravado e a maçaneta rodada, apenas uma pessoa visitava Liam, mas ultimamente as coisas sobre o castelo estavam tão corridas que uma única visita custava caro.
Com a aliança entre os quatro reinos sobre a terra e o reino da serpente localizado no solo de uma grande torre que se escondia na neblina quente do deserto, o novo reino de Kumiko tinha todo poder e riquezas que ela queria.
Kumiko havia convocado todos os demônios que habitavam reinos, vilas e até mesmo aqueles que se escondiam para que não fossem mortos por humanos. Todos haviam sidos chamados para a proteção da rainha, somente da rainha… Não eram os
Caminhando lado a lado, a hora de encontrar a rainha estava próxima, Akame não acreditava encontrar seu pai, mas já que estava ali, cortaria o mal pela raiz.— Você não é de falar muito, não é mesmo? — Tentava ele iniciar uma conversa. Montado em seu cavalo, o rapaz observava a jovem colada naquele animal peludo que seus olhos nunca havia visto antes. Que tipo de lâminas eram aquelas em sua cauda, e que pelagem longa era essa que ela escondia suas mãos? Aquela criança tinha um chifre no meio dos cabelos, mas por que não era igual aos demônios que ajudou a matar quando ainda habitava a vila de pessoas ingratas? — Não confia em mim. — Explanou.— Por que ele ainda estaria vivo? Sabe quem sou? — Pergunto
2Não podendo Akame seguir caminho com aqueles desconhecidos e tendo seus ferimentos ainda recentes, ela aguardou, procurou abrigo sobre o deserto e com as novas vestes que tinha para prosseguir com seu novo plano, ela se esquentou durante o frio do deserto e se acolheu nos pelos finos de seu guardião.Passados três dias, Akame finalmente consegue entrar nos domínios reais. Tudo parecia está ao seu favor, pois naquele exato momento a festa da rainha acontecia. Sobre os três tronos a família real, o rei com seu olhar distante e diferente, Liam com seu olhar carente e a rainha com um grande sorriso de orelha a orelha.Estava linda como de costume, e dessa vez usava uma linda coroa de ouro sobre os cabelos negros bem presos, vestes de seda amarela com detalhes de flores rosa.Enquanto a rainha e seus convidados, assim como soldados e demônios que n&atil
Após a retirada de Akame, Liam correu soltando a espada sobre o chão e se colocando de joelhos ao lado do corpo de seu pai. Enquanto o encarava e segurava a cabeça do mesmo com as mãos trêmulas, duas sombras pararam sobre suas costas e permaneceram em silêncio observando todo o caos.— Peçam que traga minha armadura.— O que vai fazer? — perguntou um dos gêmeos.— Vingar meu pai! — Afirmou dando as costas para ambos.— Não deixarei que faça isso. — declarou segurando o pulso de Liam que rapidamente para e observa sua mão sobre ela. — Quero dizer… nós. Nós não deixaremos que faça isso. —, Afirmou novamente Chan.— Irei com você, tem tempo que espero por uma boa luta. — Informou Chen com um sorriso de canto.— Apenas faça
Depois de longos passos, os pés de Akame encontraram pela segunda vez as grandes pedras que cobriam o deserto. Estava mais uma vez sobre aquela vila, todavia algo nela estava diferente, como a falta de pessoas. O vento frio do deserto soprava sobre os cabelos brancos de Akame, sinalizando a ela e ao seu guardião encolhido sobre seus fios, que a noite vinha.— Bruxa! — gritou em meio a grande escuridão que habitava sua residência e todas as outras.Ao lado uma mulher de capa longa e de cabelos cobertos, observava ela às costas de Akame, observava em entre a escuridão, e nada saia de seus lábios.Sentindo as ranhuras sobre a sola de seus pés, a menina se vira
— Não, não! Akame! — Os gritos de Xu invadiram os tímpanos de Akame de tal maneira que foi preciso fechar os olhos para aguentá-los.Ao olhar para frente, a jovem vê Xu em cima de um cavalo assim como sua mãe. “ Será melhor assim, pelo menos terão um lugar para ficar.” Pensou encarando os olhos de Liam que estavam imóveis a alguns centímetros a sua frente.Se colocando de pé, Akame sente abaixo dos mesmos, um pequeno tremor, porém esse se torna algo assustador que torna-se capaz de fazê-la perder o equilíbrio.Com o rosnar de Bao segundos antes dos cavalos relinchar colocando-se sobre suas patas traseiras e jogando alguns dos soldados sobre o chão assim como Xu e sua mãe, Akame correu pegando sua espada sobre as mãos.— Bao! — gritou Akame, o fazendo cor
“Eu nunca havia visto tanta destruição e pessoas mortas assim, com quem meu pai se casou?”Descendo de seu cavalo, Liam caminha por entre os corpos, não havia rastro de sobreviventes, e nem um deles eram humanos. Havia crianças penduradas sobre cordas e cruzes, era como se Kumiko os visse como ladrões.Caminhando sobre a grande quantidade de sangue, Liam sente seus pés afundarem e o sangue molhar seus calçados.— Não vejo nem um soldado, parece que esses monstros não lutaram. — declarou um dos homens.— É melhor irmos, ela não está aqui. — informou Liam antes de ouvir algo correr em sua direção
Depois de uma longa e calorosa manhã andando, os três decidiram que estava na hora de parar, dividindo em turnos em meio ao deserto frio, algo não correu bem. O corpo da menina Akame estava tão exausto, fraco e gelado que seus olhos se fecharam na primeira batida de vento.•••Parada no meio do deserto solitariamente, Akame observa seus pés enfaixados e toma seu rumo, que como da primeira vez, foi ir no sentido contrário do vento, e não sentir nada além de sua própria respiração.“Akame”. Sussurrou logo à frente.Não havia nada ali, pelo menos não que pudesse ser visto por seu olho humano. Continuando sua caminhada Akame sente o vento mudar de direção, vindo em direções que não eram possíveis se ela estivesse em um mundo real.<
Passariam no máximo uma única noite, ou talvez fugisse durante a noite e tornaria a caminhar sozinha como sempre fez. Pegando as roupas das mãos de Liam, que também havia trocado as suas, retirando a densa armadura reluzente, em troca de uma confortável vestimenta longa confortável e tradicional de coloração esverdeada em dois tipos de tons. Akame vestiria do mesmo, mas de cor branca.Após tirar suas roupas, Akame sente uma coceira sobre o corte em seu rosto e os furos sobre sua cintura. Se agachando até sua bolsa a oráculo a da uma ordem “não pegue.” Obedecendo ela leva seus dedos sobre a pele.— Por que está fazendo isso? — questionou observando a cicatrização de seu ferimento.— É meu dever mantê-la bem fisicamente, ainda mais quando não me deixa tomar outro cor