2 semanas dias depois...
Detestava agulha, isso sim era um fato. Desde criança, desde que se entendia por gente. Cassiel não havia sido claro quando se referiu a entrevista, havia esquecido que seria furada o dia inteiro para exames toxicológicos, hemogramas e muitas outras coisas. Chegou a cogitar que talvez seria filho de um alguém muito mais influente do que ela havia pensado, ou provavelmente um futuro pai muito preocupado com o tipo de mãe que iria gerar seu futuro filho.
Concerteza a última alternativa.
A entrevista foi a primeira etapa e Dafne não se lembrava de ter respondido coisas tão estranhas em toda sua vida. Seria c
Ainda que estivesse triste pelos últimos acontecimentos, precisava confessar que resquícios de felicidade começavam a brotar em si.Em sinal de alegria, Dafne soltou os longos cabelos que a deixavam mais jovial do que já era, o vestido preto cobria o corpo formoso, deixando-a com um aspecto mais formal. Assim deveria ser, conheceria o provavel único pai do filho que estava estava prestes a gerar e precisava ser formal, aquele não deixava de ser um trabalho mesmo que fosse algo novo. O dinheiro acordado durante a entrevista seria mais que o suficiente para reformar a casa e vendê-la. O bairro de Atlantic era um tanto perigoso ao redor de Osaka, as guerras de milícias locais eram constantes, o que tornava cada vez mais inviável viver por ali. E
De maneira alguma queria parecer uma aproveitadora, mas se Cassiel fosse tão amigo dele quanto ela achava, provavelmente deveria ter posto ele a parte de sua situação, ou melhor, de quase toda a situação. Já que ela havia mentido sobre ter algum outro parente durante a entrevista. Depois da partida de seu pai, aquela seria sua chance de se reerguer em um mundo que parecia ter fechado as portas para ela, mas agora, conseguia olhar pela fechadura e só ela tinha a chave para voltar a abrir os caminhos do sucesso em vida. Talvez um bom emprego, talvez um mestrado, alguns cursos, precisava de uma vida tranquila, já havia passado por problemas demais para alguém tão nova, em tão pouco tempo. Tudo estava quase perfeito.Quase.Poderia estar de forma completa, se Elain
Tinha vários motivos para acordar feliz, mas havia alguns que ainda a acorrentaram ao fragilizado sentimento de tristeza: Elain. Também tinha seu pai, mas ela sabia que mesmo doente, desejar a vida por ele, era egoísmo de sua parte.A morte às vezes vinha de escolhas, e como toda escolha, era acompanhada de algumas consequências.As vitaminas para preparar seu corpo para uma iminente gestação lhe davam um sono que antes jamais imaginou que poderia ter, agora ela até mesmo sonhava. Acordava disposta, mas o grande problema era acordar no horário certo.Despertou assustada quando seu cérebro entendeu que algo atrapalhava seu sono, o toque incessante do telefone a assustou o suficiente para o procurar ain
Retornou para o carro com o rabo entre as pernas. Sentou-se debruçado no volante, encarando o amigo que tinha uma expressão derrotada na face.Sabia que era errado, mas por uma pequena fração de segundos, pôde idealizar uma criança tão bonita quanto ela, tocando piano da mesma maneira que ela tocava.— Porque não me disse que ela era professora de piano ?Cassiel primeiro arregalou os olhos, logo depois os normalizando e riu alto.— Ela ainda dá aula? Puts, achei que tinha parado!Foi através do piano que começou sua amizade com a morena. Aula de Artes na faculdade, e ao entrar na sala de música para estudar, lá estava
— É impressão minha ou você tem se tornado mais ansioso que o normal ? — Amara perguntou curiosa.Talvez sim, talvez não. O sentimento estranho de afobação ainda era uma incógnita para Alaric. Poderia até afirmar que a provável causa seria por seguir Dafne até as aulas de piano, poder vê-la tocar tão magnificamente e vê-la rodeada de tantas crianças. O instigava automaticamente a criar imagens manipuladas em sua cabeça, trocando seus pequenos alunos por uma criança com suas próprias características físicas.Era apaixonado por piano e ver alguém tão apaixonado quanto ele, lhe dava certo conforto.— Impressão sua, mãe! — Sentad
— Você já foi mais pontual, Daf — Um sorriso branco preencheu sua visão, acompanhado de olhos avelãs e cabelos loiros entre o cobre e o dourado. Ela nem mesmo parecia ter envelhecido.— Srta Lofield, você nunca envelhece ?A amiga riu, envergonhada, porém feliz com o elogio discreto.— Usei da mesma receita que você! — Vitória sorriu depois de dar um gancho em seu braço direito a arrastando entre os corpos impacientes para entrar, mas para sua surpresa elas direcionaram-se para o início da fila onde um homem com talvez quatro vezes o seu tamanho as permitiu entrar.O lugar era espaçoso, e de fora era impossível perceber, entre
— Não precisa de táxi, posso te dar uma carona. — Seu olhar mal parava no rosto assustado de Dafne. Transitava pelos fios de cabelos castanhos até o pé.— Yuri… — Ela sussurrou tão assustada com sua presença quanto com a força que ele usava em seu pulso. — Não quero incomodar.Seu coração deu um salto quando o viu passar a língua nos lábios e olhar para os lados procurando alguma objeção que obviamente não era a dela, mas procurando “alguém” que pudesse defendê-la dele.— Seria um prazer, Dafne. — Seu nome n
— Ual, você é corajosa. — Vitória exclamou surpresa enquanto tomava goles quente do café na xícara vermelha de Dafne, que estava sentada no sofá de canto da sala com um olhar apreensivo aguardando uma resposta sobre tudo o que ela havia acabado de contar.Locfield havia chegado ali pela manhã cedo e antes de se sentar para ouvir a razão de muita coisa, ela foi paciente em fazer o café.— Eu não queria ter mentido ontem, Vic. Me desculpe.— Eu não devia ter ficado tão longe, Daf. Eu poderia ter ajudado você.