Theo
Quando senti os dedos estalarem na minha pele e o meu rosto arder com a violência que aquela pequena mão acertou a minha face, o meu sangue ferveu. Não pensei nem duas vezes, empurrei seu corpo contra a parede, e beijei seus lábios de um jeito faminto, no começo ela ficou tensa mas depois senti seu corpo relaxar em meus braços e ela correspondeu ao meu beijo. Nunca senti essa fome pelo corpo de mulher nenhuma, o que essa garota petulante tem que me faz sentir isso? Estou tão envolvido no sabor de sua boca, no perfume que sai de seus cabelos e quando minha mão alcança o seu pescoço sinto a maciez de sua pele, minhas mãos descem em direção a seus seios que as preenchem, meu corpo parece que vai explodir de desejo! Minha mente está entorpecida por esse sentimento que eu nunca senti,quando de repente sinto uma joelhada em meus testículos e uma dor violenta que me traz do céu onde eu estava para as profundezas do inferno. — Mas que inferno! Urro de dor! — Nunca mais se aproxime de mim seu animal! E ela dá meia volta e entra de novo no elevador que fecha suas portas antes que eu me recupere da dor no meio das minhas pernas. Depois de respirar alguns minutos consigo me reerguer e voltar ao meu quarto, estou revoltado quem ela pensa que é, essa caipira dos infernos? Nenhuma mulher me rejeitou até hoje, já dormi com as mulheres mais lindas da Argentina e até algumas pelo mundo, pois quando saímos em missão sempre acabamos festejando em alguma boate e o que não falta é mulheres, todas sempre me dizem sim, para essa garota do interior vir me rejeitar! Que raiva e que dor! Acho que terei que colocar gelo nas minhas partes baixas, pois da mesma forma que ela beija maravilhosamente bem, ela também chuta muito bem, seu golpe foi certeiro! Após pegar gelo no freezer do frigobar enrolar em uma toalha de mão passo no meu rosto, não quero andar por aí com meu rosto marcado imagina o que minha mãe não vai dizer? Após tratar o meu rosto, tiro minha calça e minha cueca e repito o processo nas áreas baixas, tenho que cuidar muito bem do meu amiguinho aqui de baixo para poder brincar muito com essas mulheres maravilhosas, e além disso tenho que providenciar os meus herdeiros e sucessores! M*****a mulher arisca! Mas cá pra nós, que ela beija bem, isso beija! Luna Mas que maldito abusado, quem ele pensa que é para achar que eu sou alguma garota de programa para satisfazer os seus desejos promíscuos! Cachorro sem dono, isso sim! Era para mim ter dado uma surra nele, como ele teve a petulância de me tocar e pior ainda me beijou! Estou com muita raiva desse sujeito, não vou nem ver a minha tia hoje, vou embora para casa. Vou pegar o Sombra, preciso cavalgar para esfriar a minha cabeça, isso sim! Preparo o Sombra e saio do hotel a galope, sei que minha mãe está com um grupo de hóspedes mostrando os nossos pontos altos da fazenda, ela deve estar lá pela tirolesa que desemboca num lago artificial, e os hóspedes amam esse passeio. Saímos na direção contrária já que quero alguns momentos de paz, depois do que me aconteceu hoje. Levo um tempo galopando com o meu cavalo, a sensação de velocidade, o vento em meu rosto me traz de volta a minha paz. Paramos a beira de um riacho, essa parte da fazenda é separada do hotel, é onde os cavalos selvagens costumam ficar. Me sento à beira de uma árvore e observo tudo à minha volta, a natureza, a tarde que logo dará lugar a noite tudo, como sempre foi. Porém dentro de mim, está acontecendo um turbilhão de emoções, eu nunca havia sido beijada por um homem, sempre soube do compromisso que tenho com o filho primogênito da tia Jordana. Por isso nunca quis me envolver com ninguém, estou aguardando o momento de ser apresentada ao meu “noivo”, sei que meu casamento envolve muita coisa e principalmente muito poder, então não quis brincar com o destino sempre evitei me envolver com alguém. Aí aparece esse infeliz e me beija daquele jeito, parece que tudo a minha volta sumiu, meu corpo amoleceu em seus braços e o meu sangue correu mais rápido nas veias como se estivesse fervendo, eu só pensava em ter mais dele, tive vontade de que ele me tocasse mais e mais forte. Ainda sinto meu corpo em chamas e a minha calcinha úmida, uma demonstração de como ele me afetou. Isso não pode acontecer comigo! Devo lealdade e fidelidade ao meu noivo, tenho que me casar virgem para não envergonhar toda a minha família. E esse homem vem não sei de onde e me faz sentir essa gama de sentimentos que deixaram meu corpo quente e ansiando por mais! Espero que ele já tenha ido embora, senão que ele não demore muito por essas bandas, e principalmente vou evitar andar pelo hotel para não correr o risco de vê-lo novamente. Me levanto e volto para casa, levo o Sombra para a cocheira o escovo, banho e deixo ele comendo na sua baia, faço um carinho no meu amigo e vou em direção a casa. Após chegar em casa, vou direto para o banheiro, tomar uma ducha e vou para o meu quarto, pego o celular e envio uma mensagem para minha mãe dizendo que já estou em casa, falo também com as minhas tias e encontro uma mensagem do meu pai dizendo que está com o tio Heitor na área dos cavalos selvagens. Isso foi uma benção assim posso ficar quieta no meu próprio canto, amanhã será um novo dia e tudo voltará ao normal.LunaOntem estava tão aborrecida com os últimos acontecimentos que fui para o meu quarto e após um tempo adormeci. Acordei com o raiar do dia como sempre. Ainda bem que eu consegui dormir, uma noite tranquila. Me dirijo ao banheiro, faço a minha higiene matinal e me preparo para mais um dia de trabalho, desço e como sempre encontro o meu pai, como eu amo o meu pai do coração.Após a morte dos meus pais, Deus me deu uma família maravilhosa!Me aproximo dele e beijo seu rosto e vejo que já começam a aparecer alguns fios prateados em suas têmporas, apesar dele continuar sendo muito bonito. Eu considero meu pai um gato e minha mãe toma conta dele nos mínimos detalhes! Tomo o meu café enquanto ele está preparando a bandeja para tomar o café da manhã com minha mãe na intimidade do quarto, isso é um ritual.Conversamos algumas trivialidades e ele fala sobre o treinamento dos animais que serão entregues daqui há dois meses. Esses animais já se encontram prontos, é só observação para que tu
Luna Depois de horas envolvida com o meu trabalho que eu amo demais, consigo me sentir mais calma, graças ao convívio com essa gama de animais existentes aqui na fazenda. Meu celular vibra no bolso da minha calça jeans, paro o que estou fazendo para verificar, pode ser uma mensagem importante Mensagem onLuna, vamos jantar com Jordana e Teodoro no hotel, seu pai virá participar e nos levará de volta para casa, Horácio trará Ruan para pegar o Sombra. Te quero muito linda minha filha.Mensagem offCaramba eu já estava sonhando com minha casa e a quietude do meu quarto, ainda bem que um jantar com tia Jordana e tio Teodoro é sempre momentos de alegria e relaxamento.Não demora quando Horácio chega com Ruan para buscar o Sombra que já está pronto esperando o Ruan, logo ele sai com o meu cavalo.–Ruan cuide bem de meu amigo! – peço a Ruan.– Pode deixar Luna, seu o quanto você ama ele. – responde o Ruan.– Obrigada Ruan! Se cuidem.Após isso, sigo para o quarto que tenho reservado n
Laura– VOCÊ!!!!!O som uníssono que sai ao mesmo tempo dos nossos lábios, chama a atenção da minha mãe e da tia Jordana– Vocês já se conhecem? Pergunta minha mãe me olhando curiosa.– Théo, como você conheceu sua noiva? Pergunta tia Jordana muito séria para aquele mal educado.Meu queixo está no chão, como ele pode ser filho de tia Jordana e tio Teodoro? Tia Jordana é um exemplo de educação e cordialidade e tio Teodoro e um gentleman com ela, tratando-a como uma rainha.De onde saiu esse troglodita? E pior, esse é o meu noivo, que foi educado para me amar e proteger?Os pensamentos passam de forma acelerada pela minha cabeça, quando ouço ele falando com a voz mais doce do mundo:– Mãe não quer dizer que nós nos conhecemos, apenas ocupamos o mesmo elevador, somente isso. – fala Théo me olhando cinicamente, como se me desafiasse a desmenti-lo.– É verdade tia, somente dividimos o elevador. Confirmo suas palavras, meus olhos apertados em um claro sinal de descontentamento.Vou matá-l
Não via a hora de terminar esse jantar de noivado cada vez que eu olhava para a cara do Teo tinha vontade de jogar tudo para o alto e ainda tinha que fingir para todos que estava tudo bem e que ele não é o c*a*n*a*l*h*a* que ele é! Meu estômago embrulha de raiva mas tenho que me controlar, não quero entristecer mamãe e tia Jordana por causa desse infeliz, ela não merece, eu não quero desiludi-la com o seu filho primogênito amo demais tia Jordana. E é somente por isso que não mandei esse paspalho sumir ainda! Quando estávamos no termino do jantar o Théo retirou do bolso uma caixinha de jóia contendo um anel com o desenho de um rabo de um lobo todo trabalhado cravejado de brilhantes –Para noiva do Lobo! Assim todos saberam de longe a quem pertence essa linda mulher! Diz Théo. – já está se declarando um grande galanteador! Fala meu pai olhando Théo colocar o anel em meu dedo. Senti como se aquele anel fosse uma corrente que me prendesse a ele, até personalizar o anel ele mandou .
Luna Partida e Reencontro A carta ainda está em minhas mãos, os dedos tremem enquanto releio as palavras que a minha mãe biológica deixou. Cada frase corta como uma lâmina afiada, cada revelação pesa como um soco no estômago. É como se o chão tivesse sido arrancado debaixo dos meus pés, e agora eu caísse sem fim. Raiva, dor, confusão... Tudo se mistura em um turbilhão que eu não consigo controlar. Teodoro. Mesmo em meio a isso tudo, ele ocupa os meus pensamentos. Sua presença, sempre tão provocadora, me atrai e me enfurece na mesma medida. A sensação de que estou perdendo o controle sobre mim mesma cresce. Pela primeira vez na vida, ajo sem pensar. Minha avó, La Serpiente, sempre foi uma figura enigmática. Agora entendo por quê. Sem alarde, recebi dela o que parecia um presente cuidadosamente calculado: um cartão black, documentos falsos em nome de Laisa Intiz, dinheiro o suficiente para desaparecer e nunca mais ser encontrada. Como se ela soubesse que este momento chegaria. Não
Luna — Laura... — ela sussurra ao ver a imagem da minha mãe do coração. — Ela e Lais eram tão parecidas. Não a conheço, mas a Laís era a minha família. Dinorá seca os olhos rapidamente, mas não esconde a emoção. — Javier e Gael têm algo... — ela começa, mas é interrompida por Marcelo. — Não aqui — ele diz, firme, mas sem grosseria. — Na segurança do lar, podemos conversar o quanto quisermos, mas não na rua. Dinorá concorda com um leve aceno de cabeça, e mudamos de assunto. Eles perguntam sobre minhas aventuras na fazenda, e eu conto histórias que os fazem rir, como a vez que caí de um cavalo teimoso ou quando briguei com um galo que insistia em me atacar toda manhã. Falo sobre o meu cavalo, o Sombra, mostro fotos com ele, montada, dando banho e conto algumas coisas sobre tudo que me levou a cursar medicina veterinária. Provo diversos petiscos ao longo da tarde, desde azeitonas marinadas até queijos envelhecidos. Cada novo sabor me encanta mais que o anterior. É uma tarde leve, c
Laura A casa está um caos. Javier anda de um lado para o outro, incapaz de esconder a angústia. Mateus, por outro lado, tenta manter a calma, mas o aperto na mandíbula revela sua tensão. Eu me sinto no limite, mas sei que preciso ser a voz da razão. Sempre fui. O carro que Luna usou foi encontrado em uma pista clandestina de pouso. Isso só confirma o que já sabíamos, ela não está mais aqui. Mas para onde foi? E por quê? — Como é que ninguém viu nada? — Javier explode, socando a mesa. — Minha filha sai sem avisar, pega um carro, e simplesmente desaparece?! Mateus, sentado no braço do sofá, cruza os braços com um suspiro pesado. — Pai, você sabe quem ela é. A neta da La Serpiente. — Ele diz isso com uma tranquilidade desconcertante. — Se tem uma coisa que Luna sabe fazer, é desaparecer sem deixar rastro. Ela deve ter tirado uns dias para esfriar a cabeça. — Isso não me tranquiliza! — Javier rebate, os olhos brilhando de frustração. — Ela está lá fora, sozinha! — Ela não está
Laura — Itália... — E o que você está fazendo aí, Luna? — Visitando o passado, mãe. Precisei vir. — Sua voz quebra por um momento, e meu coração aperta ainda mais. — Vou avisar a todos para suspenderem as buscas! — Luna... — Tento buscar palavras que a consolem, mas ela continua. — Eu li a carta.. Aquelas palavras... elas não saem da minha cabeça. Eu sinto que preciso cavar mais fundo, descobrir tudo. O que aconteceu com meus pais, quem eles realmente eram. Por que tudo aconteceu daquela forma. — E você acha que isso vai te trazer paz? — Não sei. — Confessa, com um suspiro. — Mas preciso tentar. Não consigo ignorar isso. — Luna, por favor, tome cuidado. — Minha voz sai embargada. — Esse caminho que você está trilhando é perigoso. — Eu sei. — Mas estou sob proteção da máfia italiana. Estou segura. E não se preocupe. Não deixei rastros. Eu respiro fundo, tentando absorver tudo. — Luna... você ainda é tão jovem. Não precisava carregar esse peso sozinha. — Eu