Não muito longe em um dos grandes cômodos da casa transformados em alojamento, Derek estava sentado com os cotovelos nas pernas segurando a cabeça.
“Oi querido.” A tenente Izezê entrou e lhe deu um beijo na testa. ”Mabel me contou o que aconteceu, tenho certeza que podemos esclarecer esse mal-entendido.”
“Não ouve mal-entendido nenhum.” Derek olhou para o chão e suspirou. “Eu não agi como devia, sou culpado de negligencia.”
“Não diga isso.” Izezê o encarou com tristeza. “Você sabe como chamam Mabel de Fênix não é mesmo? Ela trouxe a menina Karnstein de volta.”
“Mesmo?” Derek fechou os olhos e suspirou de alivio.
“Viu só?” Izezê sorriu. “No fim ninguém se machucou.”
“Isso não desfaz minha negligencia.” Kazan socou a própria perna com raiva. “Estava tão preocupado com aquela Alexandra que nem pensei direito.”
“Alexandra?” Izezê segurou a c
154° No salão da mansão Karnstein, Lucinha observava Kazan espiando pela cortina da sala quando a tenente Milena Madison entrou marchando com seu tablet cheio de trabalho. ”Kazan, já que você não está fazendo nada venha me ajudar.” “Huhum.” Kazan respondeu espiando em meio as cortinas com um copo de Muppy de maça na mão. KALO “Eu reclamo essa carta.” Lucinha virou a carta na mão quando a luz se apagou e puxou outra carta. KALO “O que você está fazendo fora do quarto?” Madison perguntou pra menina emburrada. “Achei que ela estava de saco cheio de ficar no quarto. “Ele não tirava o olho da janela.“ Afinal essa é a casa dela.” A tenente olhou pra Lucinha e Falou com ele. “Conversou com ela?” “Huhum!” “E o que ela disse?” “Nada de útil, a Cassandra também apagou a memoria dela. Ela acha que o tio Zano
160° Na mansão Karnstein, Lucinha procurava em seu quarto um velho livro com capa de couro desbotado e paginas manchadas. O livro do olho da Bruxa com a historia e as regras das cartas de Atizaya. Elas eram vendidas a mais de três décadas, mas aquele l “Vamos ver se você é magico como as cartas.” KALO “Eu reclamo este livro.” O livro começou a se iluminar e abriu a força. Rapidamente as folhas foram se iluminando e virando, soltando uma fumaça vermelha que foi se espalhando, até que a fumaça fugiu pela janela e de repente tudo voltou para dentro livro. “Eu não acredito.” Lucinha girou o livro em sua mão e o girou. O padrão de cores e desenhos em volta das paginas mudara completamente, incluindo as fontes das letras. Era um livro completamente novo, como se tivesse acabado de sair da livraria. “E aí Lucinha?” Raquel bateu no batente da porta e ofer
163° Laura leite pegou seu rifle, vestiu seu uniforme e juntou toda a munição que tinha em casa. Não sabia o porquê, mas sentia que precisava ajudar os cadetes. Não tinha poderes mágicos, mas seu instintos eram batata. Ela saiu de casa e se dirigiu a um grupo de cadetes. “Tweedlede!” “Duquesa, bom te ver!” Claude a abraçou. “Tweedlede?” Miró torceu o rosto. “Era meu nome na gangue das maravilhas.” Claude explicou um pouco envergonhada. “Capitã Laura elite estes são meus companheiros, os arcanos Miró, Robilom, Neto e Correa.” “Prazer garotos.” Ela fez uma leve referencia e puxou um espingarda da mochila. “Sabem usar uma dessas?” “Uma escopeta?” Miró pegou rindo. “Isso é lindo.” “Não é meio exagerado?” Neto perguntou e Claude e a capitã Laura Leite responderam com um olhar nada agradável que fez ele engolir seco. Em silencio a capitã Laura Leite fez um sinal com a c
166° A mansão Karnstein estava cercada por pessoas, Brigite foi até a janela do segundo andar e viu que as ruas estavam infestadas. “Não tem como sair daqui.” “Tem alguma sugestão?” Minazuki perguntou aos cadetes. “Já viram algum filme de zumbi com uma situação como essa?” Brigite perguntou para Lumina e Kazan. “Claro que já.” Responderam. “E como sobreviveram?” Lumina e kazan trocaram olhares. “Eles morreram.” Brigite revirou os olhos e voltou as suas tarefas “Pegamos tudo o que pudermos colocamos nos camburões e o tanque vai na frente abrindo caminho.” Kazan respondeu. “Acredite.” Brigite insistiu. “Tem tanta gente que não dá nem para abrir o portão.” “Usamos as granadas de mão e as armas pesadas pra abrir caminho.” Lumina deu de ombros. “Ideia genial.” Madison elogiou. “Raquel, você e os outros geeks que não lutam vão juntar as coisas e preparar os furg
168° De volta ao segundo laboratório subterrâneo Monteiro e Marilyn vasculhavam o computador enquanto os outros revistavam o laboratório. “Estou encontrando ingredientes fantásticos por aqui.” Amara juntava potes e pacotes em uma mesa. “Muita coisa aqui só pode ser conseguida através de métodos ilegais.” “Não fique feliz.” Bloom reclamou. “Não sei se você vai poder levar qualquer coisa daqui.” “Sem falar que esses coisas estão aqui a mais de dez anos.” Marilyn chacoalhou um frasco com um pó cinza. “Isso aqui deveria ser amarelo vivo e brilhante.” “De qualquer modo vou guardar na minha mala só por precaução.” Com um sorriso safado, Amara foi colocando as coisas em sua mochila. “Achei o que havia nas páginas restantes e um pouco mais.” Marilyn anunciou. “Somos todos ouvidos.” Monteiro largou o que estava fazendo para ver. “Essa coisa pretendia separar as pessoas em três, um
169° No meio do caminho entre o centro e a alameda das laranjeiras Clade soltou sua arma e correu para abraçar Allix. “Agora somos amigas?” Allix franziu a testa. “Desde quando você começou a encostar nas pessoas?” Claude deu um passo para trás. “Esta zangada comigo?” “Você mentiu pra mim.” “Menti? Quando?” “Você escondeu que trabalhava pro exercito arcano.” “Não escondi nada.” Claude levantou uma sobrancelha. “A capitã contou outro dia que era do esquadrão relâmpago e estávamos em missão. Vai me dizer que seus pegas com a Lumina foram tão intensos que até esqueceu?” “Essa ai deu uns pegas na Lumina?” Origami riu. Hamlet o Gato miou e Allix foi atrás dele. “Onde você estava?” Claude mudou de direção indo atrás dela. “Praticando.” Ela girou uma carta nas mãos. “Tenho controle da minha mão agora.” “E funcionou você não era poderosa desse jeit
170° Na mansão invadida por todos os lados Brigite foi levada até a enfermaria improvisada, quando se depararam com David, Wedge e Isabela descendo do primeiro andar com Lucia. “O que foi agora?” Madison suspirou. “Todo mundo em volta da casa caiu de repente.” Wedge respondeu apontando. “Foi o Kazan!” Dereck falou ajudando a carregar a Brigite. “Mas não temos certeza se vão continuar assim.” “Vimos quatro figuras pulando pelos prédios.” Lucinha apontou para cima. “Estão no telhado.” Minazuki e Madson trocaram olhares preocupados e olharam pra cima. “E essa agora.” “O sangramento não para.” Kazan avisou e Lucia levou um susto. Janaina foi correndo para a enfermaria improvisada. “Trouxe tudo que estava empacotado.”
172° Allix andava pelas ruas desoladas, os reflexos das parcas lâmpadas nas poças d’água refletiam sua imagem desesperada por toda parte, pateticamente fugindo sem destino as poucas caixas de leite que salvara como se fossem a coisa mais preciosa em toda existência. Aquele foi o pior dia de sua vida, não conseguia tirar a ideia de que se tivesse terminado de cortar a sua mão aquela manhã nada disso teria acontecido. Ninguém pensaria que ela tinha tentado se matar, Lucia nunca teria sido atacada pelos caçadores de bruxas, nunca teriam descoberto que ela era uma bruxa e já estaria em casa com sua mãe. Lucia. Ela não conseguia parar de pensar no que acontecera. Odiava o que fizera com Lucia. Queria que um buraco abrisse na terra e a tragasse, que seu corpo pegasse fogo e ela inteira morresse queimada, de tanto arrependimento. A imagem da am