Ela ficou tonta por um tempo, não chegou a ficar inconsciente, mas também não percebeu muito bem a passagem do tempo.
A estranha criatura a levou para uma casa, colocou a em um tapete e a enxugou com toalhas felpudas. “Aqui, se enxugue com isso.”
“Obrigada.” Allix pegou uma toalha e começou a se enxugar.
“Você não está com medo de mim?” A criatura perguntou com uma voz horripilante.
“Aterrorizada.” Allix respondeu em um tom casual. “Mas últimamente esse tem sido meu estado natural. Acho que estou me acostumando.”
“É sempre assim.” A criatura se afastou. “Você nunca tem medo de mim.”
“Você é a voz não é mesmo?”
“Como assim?”
“Foi você quem me disse pra lembrar do futuro esquecido.”
“Ah...” Ela hesitou. “Sim. Eu disse algo assim na mensagem.”
“Me desculpe.” Allix se sentou. “Eu não queria te ofender.”
“Ofender-me?” A criat
116° Allix e Nicole correram para o camburão que partiu quando mal entraram nele. “Que bom ver que estão bem.” Tomy fechou a porta. O sujeito magro de óculos estava no volante. “Onde conseguiram essas roupas?” Tomy deu uma bela olhada nas duas. “Parece o fantasma do Bob Marley.” “Não liga pra ele Nicole.” “Vocês reconectaram os cabos e colocou o tanque em uma mochila? Isso foi genial.” “Não sei como não pensaram nisso antes.” Allix começou a mexer nas coisas. “Eu me lembrei aonde todos os eletrodos ficavam.” Nicole falou orgulhosa. “Estudamos muito, isso.” “Aqui! Isso eu sei usar.” Allix puxou duas pistolas. “Um coldre, exatamente como o que ganhei anteontem.” “Para que a arma?” Nicole perguntou surpresa. “Vamos atrás da Lumina e os outros.” Allix coloca o coldre. “Não acha mesmo que eu ia deixar alguém para trás.” “É isso ai!” Gritou o motorista.<
118° Aquelas seis pessoas debaixo do aguaceiro não pareciam demônios lutando. Eles eram mesmo e os pobres sapos não tinham a mínima chance além de cansa-los com o sacrifício de dúzias deles. E estavam conseguindo, pois, os soldados estavam ficando sem munição e começando a receber arranhões. “Que tal uma cobertura de mágica por aqui?” A garota de cabelo rosa pediu. “Rápido Allix!” Nicole segurou sua cabeça e apontou para a outra Allix.” Faça o que ela está fazendo.” “O que?” Allix tentou olhar para Nicole, mas ela girou sua cabeça com força, o corpo de Allix estava forte, mas a amiga ainda era muito mais forte. “Mas não entendo.” “Apenas faça e não tire os olhos dela.” Nicole falou em seus ouvidos. “Lembre-se.” Nicole sussurrou. “Este corpo se lembra e quando voltar vai se lembrar” Allix obedeceu e tentou imitar a dança que a outra Allix fazia. “Não usem mai
120° Pela primeira vez em muito tempo Allix não acordou sem se lembrar do seu sonho. Mas pela primeira vez não tinha ideia de onde estava. “Acordou bela adormecida?” Lucinha estava com seu rosto redondo bem perto de Allix, estava vestia com pele de coelho acinzentado desde seu chapéu ushanka felpudo até suas botas. Ela não mudou nada desde a última vez que se viram. Allix estava deitada em uma pequena cama com muitos cobertores em cima do seu corpo e um tubo de soro em seu braço. Ela havia dormido? Desmaiado? “Eu não morri?” “O que?” Lucinha fez uma cara brava. “Claro que não. Eu sei que sou um anjo, mas voc&e ainda esta bem aqui na terra.” Não sabia como fora parar ali ou quanto tempo se passou e temeu que pudesse deixar sua mãe enferma preocupada. De um alto-falante ao longe podia se ouvir algo sobre um registro e ajuda medica. “Lucinha?” Allix olhou a sua volta. Estavam em
122° Enquanto Allix e Lucinha vagavam pela escola o restaurante das maravilhas ia sendo desmontado e abandonado o ponto quente estava mais agitado do que nunca, aquela seria a última noite dele e todos trabalhavam duro para que fosse uma partida memorável, a maior festa de todas. “Elena, preciso falar com você.” Cassandra estava triste. “É sobre o tio Blum pegando nossas coisas?” Elena pegava uma cortina para a festa. “Não precisa se preocupar, vamos conseguir coisa melhor depois.” “Não é isso.” Cassandra abaixou a cabeça. “Eu falei com o Kazan.” “Kazan?” Elena fez uma careta com uma lembrança desagradável. “E como é que ele esta?” “Alto... Bonito...” Cassandra pensou um pouco. “Mais bonito que o Caique. Mais bonito do que qualquer um que eu já vi.” “Mesmo?” Elena olhou surpresa. “Bom, você sempre teve uma quedinha por ele. Mas era muito deprimido.” “Não! Ele Não é mais,
125° Caíque e Elena também se levantaram e começaram a discutir com Lucinha. Caíque sempre fora de certa forma um rival para Lucinha. Ambos tinham pais ricos e influentes, ele geralmente a confrontava quando a encontrava incomodando os outros. Mesmo que brigassem bastante se davam bem e todos diziam que faziam um par perfeito e boatos sobre os dois era algo que não faltava. “É muito bom ver a Elena, a Lucinha e o Caíque brigando de novo.” Allix falou com um ar de saudades nos olhos. “Até me lembra como era antigamente.” “Verdade.” Cassandra olhou. “Acha que vai tudo voltar como era antes?” “É impossível.” Masha olhava seu prato com tristeza. “Não depois de tudo o que aconteceu.” “É verdade.” Allix pôs a sua mão sobre a mão de Masha em solidariedade. “Tudo bem você estar aqui?” Masha colocou a outra mão sobre a mão de Allix e a olhou nos olhos com preocupação. “Sendo que v
127° Lucinha não se interessava por política e ignorava tudo, estav com a cabeça muito cheia pra conseguir prestar atenção em detalhes. Allix passou a comer devagar e a prestar atenção sentindo um friozinho na espinha. “Você acredita que foi o governo mundial que criou a zona espiral?” “Olhe bem. Lápis-lazúlis, Criscola, etc... Todos os lugares supostamente atacados pelos Noza não têm nenhum valor para o Império.” Elena contou nos dedos. “Qual o interesse em bombardear um lugar sem nenhum valor estratégico e abandona-lo por meses?” “E você sabe qual o motivo que por mais de um ano este lugar foi abandonado?” Caíque perguntou. “Os políticos acharam que a Aliança afetaria muito a soberania do país.” Sofia ficou com raiva. “E isso não é tudo.” Elaine falou. “Os militares têm um equipamento que vai acabar com a zona espiral daqui a algumas horas.” “É verdade.” Lucinha se impressionou
131° Mayara Pitanga era exatamente o contrário de Derek Dietrich, era delicada e tímida, sua voz suave e insegura dava muito conforto para a turma da B2. Sua bolsinha na forma de flor fez bastante sucesso. Geralmente não era muito boa em falar com as pessoas, mas aquele dia em particular estava muito bom, principalmente pela ajuda de Lucinha. Como sempre Lucinha conduzia toda a turma. O clima estava descontraído e afável, ela explicou o uso do medidor de mana e todos ficaram ansiosos por usá-lo. Ela anotava o nome de todos os alunos que tocavam na redoma, as garotas soltavam risinhos, enquanto alguns garotos faziam comentários no fundo da sala. Valentina uma das grandes amigas de Lucinha colocou a mão na redoma e a luz azul acendeu, todos ficaram nervosos. Com um sorriso nervoso e forçado ela perguntou. “O que isso significa?” Mayara explicou alegremente. “O nível de vydi
136° Na sala 2B. Mayara falava em seu tablet com alguém sobre um sidda de alto nível que ela havia encontrado. Até onde Lucinha sabia era como se referiam aos feiticeiros. “Sim...” Mayara falou no tablet. “Agora vou continuar com as leituras.” “Espera! Espera!” Lucinha a segurou. “Do que você está falando?” “Me desculpe! Eu só queria ver suas leituras!” A cadete guardou o tablet. “Eu tenho uma colega com um selo igual ao seu. Parece que é um selo para bebês que nasceram com Vidyas anormalmente fortes.” A sala ficou apreensiva. Todos olhavam para Lucinha com surpresa e preocupação. “Provavelmente seus pais queriam evitar que o selo ficasse visível e encobriram com outro feitiço, mas o selo se enfraqueceu conforme você se fortaleceu com o passar dos anos.” A cadete parecia totalmente tranquila e sobre controle. “Por isso que seu pai te deu tantos amuletos, você os c