Após o café os cadetes foram até o porto aonde também haviam montado uma base militar. Para sua surpresa havia um estranho helicóptero por lá. Era grande e arredondado no corpo, com uma cabine em cima. Pra piorar era branco e alguém havia pintado uma boca sorridente, olhos e bolas vermelhas na bochecha.
“Que coisa esquisita.” Lucinha correu para se aproximar com os braços abertos. “Parece uma bolachona.”
“Da vontade de apertar.” Origami confessou.
Entre os cadetes que estavam lá Mayara veio cumprimenta-los segurando seu quepe e com uma prancheta nas mãos.
“E o que acharam?” Mayara apontou.
“Bem a sua cara.” Miró riu. “Quem pintou isso?”
“Ninguém sabe, mas também ninguém quis ter o trabalho de pintar de novo.” Mayara riu junto.
“Nunca vi um helicóptero assim.” Lucinha falou.
“Eu construí baseado em um Sikorsky de resgate usado durante a guerra da Coreia.” Ela
102° Um grupo militar com seis tanques de guerra parecidos com insetos gigantes esperavam na frente do hotel Ritz, um grande hotel de luxo, cheio de pessoas aparentemente se divertindo. A capitã Leite e a tenente Madison saíram do hotel. “E então tenente?” O cadete Derek Dietrich deu um passo à frente. “Ele não aceitou nossa vistoria, disse que resistiria, ameaçou executar inocentes.” A tenente suspirou e tirou suas luvas com uma expressão de nojo. “Não aceitou que examinássemos todo mundo em busca de feiticeiros ilegais, disse que resistiria, ameaçou executar inocentes.” Um cadete abriu uma caixa de madeira com um visor de proteção, um par de luvas vermelhas e duas pistolas dentro. “Alias disse que se não formos embora agora disse que resistiria, ameaçou executar inocentes e disse que me esfaquearia e cuspiria no meu cadáver.” A capitã colocou as luvas, armou sua pegou
105° A capitã Laura Leite, também conhecida como a Duquesa da gangue das Maravilhas andava com seu jipe quando viu uma menina ruiva com um velho e esfarrapado casaco levando um bronca do velho Olek. “Querida!” Ela gentilmente colocou a mão em seu ombro. “Não culpe o velho Olek. Ele teve uma manhã terrível. Foi obrigado a obedecer a ordens de uns moleques, que nem tem idade para fazer a barba e ainda teve que colar cartazes, o que não é trabalho para um soldado.” “Tudo bem.” Allix concordou com a cabeça e abraçou a Duquesa com lagrimas nos olhos. “Eu estou com um amigo escondido ali atrás, tenho medo que o ataquem.” “Tudo bem menina” Allix correu e trouxe Kazan. “Você trocou o grifo por um membro da gangue Metal Head?” A Duquesa brincou. “Metal head? Que puxa!” Allix o puxou. “Você não pode ficar aqui vão pensar que é um Metal head.” “Allix eu sou o gato risonho es
109° Situações desesperadas pedem medidas desesperadas. Isso não é um ditado popular, nem qualquer forma de sabedoria ou conduta a ser seguida. É um triste e incontrolável fato. O desespero costuma nos cegar para a razão, lógica e as consequências dos nossos atos. Allix entrou em sua casa e deitou-se em uma pilha de roupas.Ela tentou massagear seu pescoço como Kazan fez. THERAPEVO Isso realmente faz com que ela se sentisse melhor. Lagrimas ainda escorriam do seu rosto, ela pegou o baralho do seu pai, isso ajudava a relaxar. Em sua bolsinha de crochê havia um recipiente de couro. Ela abriu e lá dentro estavam as cartas do baralho do labirinto dos magos. Allix costumava comparar sua vida com contos de fada. Geralmente heroína encontrava um personagem no início da sua jornada. Podia ser um lobo, um caçador, uma f
111° “O futuro esquecido.” A voz que Allix tanto se familiarizara falou. “Lembre-se.” Desde o dia do primeiro bombardeio Allix não se lembrava mais dos seus sonhos, mas sabia que eram repetidos e sentia que era importante lembrar o que era o futuro esquecido. Pela primeira vez Allix abriu os olhos e não teve essa sensação. Provavelmente por que a dona da voz estava bem a sua frente com o rosto coberto por um velho e gasto capuz e desta vez Allix não estava sonhando. 112° O medo gosta de atenção, ele faz com que todos os nossos sentidos fiquem mais aguçados e se concentrem nele. Muitas pessoas lutam seus medoscomo uma doença ou um inimigo. Não Alexandra Zmey Zanoni, também conhecida como Allix, ela gosta de seus medos, são seus amigos, lhe dão forças para perceber melhor o perigo e
114° Ela ficou tonta por um tempo, não chegou a ficar inconsciente, mas também não percebeu muito bem a passagem do tempo. A estranha criatura a levou para uma casa, colocou a em um tapete e a enxugou com toalhas felpudas. “Aqui, se enxugue com isso.” “Obrigada.” Allix pegou uma toalha e começou a se enxugar. “Você não está com medo de mim?” A criatura perguntou com uma voz horripilante. “Aterrorizada.” Allix respondeu em um tom casual. “Mas últimamente esse tem sido meu estado natural. Acho que estou me acostumando.” “É sempre assim.” A criatura se afastou. “Você nunca tem medo de mim.” “Você é a voz não é mesmo?” “Como assim?” “Foi você quem me disse pra lembrar do futuro esquecido.” “Ah...” Ela hesitou. “Sim. Eu disse algo assim na mensagem.” “Me desculpe.” Allix se sentou. “Eu não queria te ofender.” “Ofender-me?” A criat
116° Allix e Nicole correram para o camburão que partiu quando mal entraram nele. “Que bom ver que estão bem.” Tomy fechou a porta. O sujeito magro de óculos estava no volante. “Onde conseguiram essas roupas?” Tomy deu uma bela olhada nas duas. “Parece o fantasma do Bob Marley.” “Não liga pra ele Nicole.” “Vocês reconectaram os cabos e colocou o tanque em uma mochila? Isso foi genial.” “Não sei como não pensaram nisso antes.” Allix começou a mexer nas coisas. “Eu me lembrei aonde todos os eletrodos ficavam.” Nicole falou orgulhosa. “Estudamos muito, isso.” “Aqui! Isso eu sei usar.” Allix puxou duas pistolas. “Um coldre, exatamente como o que ganhei anteontem.” “Para que a arma?” Nicole perguntou surpresa. “Vamos atrás da Lumina e os outros.” Allix coloca o coldre. “Não acha mesmo que eu ia deixar alguém para trás.” “É isso ai!” Gritou o motorista.<
118° Aquelas seis pessoas debaixo do aguaceiro não pareciam demônios lutando. Eles eram mesmo e os pobres sapos não tinham a mínima chance além de cansa-los com o sacrifício de dúzias deles. E estavam conseguindo, pois, os soldados estavam ficando sem munição e começando a receber arranhões. “Que tal uma cobertura de mágica por aqui?” A garota de cabelo rosa pediu. “Rápido Allix!” Nicole segurou sua cabeça e apontou para a outra Allix.” Faça o que ela está fazendo.” “O que?” Allix tentou olhar para Nicole, mas ela girou sua cabeça com força, o corpo de Allix estava forte, mas a amiga ainda era muito mais forte. “Mas não entendo.” “Apenas faça e não tire os olhos dela.” Nicole falou em seus ouvidos. “Lembre-se.” Nicole sussurrou. “Este corpo se lembra e quando voltar vai se lembrar” Allix obedeceu e tentou imitar a dança que a outra Allix fazia. “Não usem mai
120° Pela primeira vez em muito tempo Allix não acordou sem se lembrar do seu sonho. Mas pela primeira vez não tinha ideia de onde estava. “Acordou bela adormecida?” Lucinha estava com seu rosto redondo bem perto de Allix, estava vestia com pele de coelho acinzentado desde seu chapéu ushanka felpudo até suas botas. Ela não mudou nada desde a última vez que se viram. Allix estava deitada em uma pequena cama com muitos cobertores em cima do seu corpo e um tubo de soro em seu braço. Ela havia dormido? Desmaiado? “Eu não morri?” “O que?” Lucinha fez uma cara brava. “Claro que não. Eu sei que sou um anjo, mas voc&e ainda esta bem aqui na terra.” Não sabia como fora parar ali ou quanto tempo se passou e temeu que pudesse deixar sua mãe enferma preocupada. De um alto-falante ao longe podia se ouvir algo sobre um registro e ajuda medica. “Lucinha?” Allix olhou a sua volta. Estavam em