O centro de diversões de Aquamarina sempre fora na praça do pombal onde ficavam os maiores cassinos hotéis e mansões. O lugar nunca parou de funcionar. A garotada pilhou equipamentos eletrônicos das lojas e outros lugares e transformaram o lugar em um centro de libertinagem.
Passaram a chamar o lugar de ponto quente, todas as noites o pessoal se reunir para festejar, dançar, beber e em alguns casos “viajar.”
Era um dos poucos lugares considerados neutros onde membros de todas as gangues andavam em paz sem ninguém tentar arrancar o olho de alguém. Essa era a regra absoluta do lugar.
O ponto quente possuía suas regras que mantinham a animosidades das gangues afastadas, por outro lado havia uma falta de regras que permitia ao abuso da jogatina, álcol, drogas e toda uma gama de coisas ilícitas.
Ironicamente ficava logo ao lado do aglomerado das igrejas.
Após um tempo pess
066° A associação das garotas do mercado estava arrasada. Desoladas mais de quarenta garotas pensavam em seus destinos em um canto da praça do geodo. “E eu vim lá de Labradorite. “Uma das garotas reclamou. “É longe e agora nem podemos voltar.” “E a turma do Caíque, os Malakitas?” Valentina perguntou. “Eles são limitados ao ponto quente e o chateau.” Sofia suspirou. “O Boris acabava com eles.” “Tarde demais.” Valentina suspirou. ”Eles já aceitaram se unir aos Metal Heads.” “Não tem jeito.” Gabriela se esparramou. “Qualquer gangue será intimidada por uma das cinco grandes vai ceder.” “Seus problemas acabaram.” Era uma mulher de pele morena e cabelo branco, usando um vestido celta branco, com mangas enormes. Ela vinha puxando a rainha de copas pelo braço com uma cara bem frustrada. “Rainha branca?” Valentina reconheceu. A rainha de copas cruzou os braços e vi
068° “O futuro esquecido.” Disse a voz. “Lembre-se.” Allix acordou e olhou para a Janela que antes estava com os vidros quebrados, agora remendados. “Estou no Chateau de novo.” Allix não queria se levantar, nem mesmo para se cobrir novamente. Mas ela tinha que se levantar. Olhou para sua mão direita, que estava no balde vazio ao lado da cama. Cassandra mostrou o balde. “Evaporou toda a água do balde e ainda queimou a madeira.” “De onde vem esse balde?” “É pra colocar gelo e servir com champanhe.” Cassandra colocou o balde de lado. “Sua mão direita sempre esquenta desse jeito?” “Ela começou a agir mesmo quando não tem gente por perto e até quando estou dormindo.” Lentamente se levantou viu que sua maquiagem tinha saído nos lençóis. “Parece que está cada vez pior.” Puxou seu estojo de maquiagem e foi ao banheiro da suíte. “Eca!” “O que foi?” Allix foi se olhar no es
069° O homem que havia caído estava sentado no chão tentando recuperar o fôlego. Olhando bem o homem parecia mais cansado, magro e com uma aparência doente. Quando viu as duas, o homem se apavorou. “Essas pistolas estão ficando inúteis conforme esses monstros crescem.” Allix guardou as pistolas. “Vou começar a andar com um fuzil.” “Você tem um fuzil?” Lumina ficou impressionada. “Tenho vários.” Allix piscou. Lumina estendeu a mão para o senhor. “Fica com medo não vovô.” Lumina falou com sua voz de Grifo. “O senhor está bem tio?” Allix se agachou. Ele estava com os olhos arregalados. “Vocês são do Império Noza[1]?” “Não, de modo algum.” Allix falou gentilmente. “Mas vocês são feiticeiras?” Ele continuou perturbado segurando uma maleta. “Obvio dã!” Lumina o ridicularizou e Allix lhe deu uma olhada feia. “Quer
071° Andando de bicicleta para visitar suas amigas no ponto quente Allix se deparou com um estranho barulho. Parecia uma grande festa com muitas pessoas e desviou do seu caminho para ver. A avenida da canela estava repleta de pessoas paradas como se assistissem a um desfile. Allix se enfiou no meio para ver. Eram os “reverendos” da igreja as Curia e muitos fieis vestidos com batas brancas cheias de babados. Empurravam três carros com uma construção de madeira onde bonecos de pano branco ficavam pendurados. As pessoas passavam correndo e batiam nos bonecos com pedaços de pau e bastões. “Q que diabos é essa festa?” Allix perguntou. “Hoje é carnaval e eu não sabia?” “A Igreja está comemorando.” Uma senhora respondeu. “Que puxa!” Allix esticou a cabeça. “Estão malhando o judas? Hoje é sábado de aleluia e eu não sabia?” “São bruxas!” A velha explicou. “Batendo nelas você recebe proteção e ben
074° Para surpresa de Allix: Lumina, Sofia, Gabriela e Valentina apareceram no Chateau preocupadas com Allix, após ouvir as noticias sobre o que aconteceu com os Metal Heads. “Estavam me procurando por isso?” Allix desceu da bicicleta. “Nossa, nem penso mais nisso.” Gabriela colocou a mão no peito. “Como não pensa mais nisso?” Valentina segurou o guidão da bicicleta, “Você precisa parar de andar sozinha por ai nessa bicicleta,” “Dei bobeira, uma vez. Não vai acontecer de novo.” Allix falou com firmeza. “Não é como se este lugar estivesse mais perigoso do que já era.” “Allix realmente é muito forte.” Valentina riu aliviada. “Todo mundo já sabe disso?” “Menos a rainha de copas.” Sofia falou. “Todo mundo foi alertado para que ninguém acidentalmente de com a língua nos dentes.” Allix cruzou os braços. “Contaram pra todo mundo pra ninguém contar pra rainha de copas?”<
076° O caminho pra casa foi longo e triste. Allix nem subiu em sua bicicleta e mal reparou se havia alguém observando enquanto fazia seu caminho passando por dentro dos escombros. A ideia de que Marilyn, Izezê e os outros partiriam a deixou inquieta. Chegando em casa se jogou em uma pilha de roupas. “Ah Izezê, porque você me atormenta tanto?” “O que foi que eu fiz?” Sua mãe Ivana colocou a cara pela porta da cozinha. “Nada mãe.” Allix se sentou melhor. “Você não fez nada.” ”Como não, você está gritando que eu te perturbo.” “Não mãe. Não estou falando de você.” “Como não. Escutei você falando Izezê.” Ivana pegou o pacote ao seu lado. “O que é isso aqui?” “Até esqueci que eu estava com isso.” “Palito de carne secas de carne seca.” Ela colocou um na boca. “Como eu adoro isso. Têm uns cinco quilos aqui?” “Que puxa, mãe! Você está bem?” Allix se
079° “O futuro esquecido.” Allix tentou descobrir quem era a mulher falando. “Lembre-se.” Allix abriu os olhos e pegou o despertador no seu bolso que tocava. “Cai no sono por oito horas.” Allix esfregou os olhos borrando sua maquiagem. “Bom dia, minha flor do dia.” Elena ofereceu um café. “Acho que estou tendo um deja-vu.” Allix olhou a volta. “Já não fixemos isso antes?” “Você cair por ai e o Caique te carregar de volta?” Elena deu de ombros. “Um monte de vezes.” “Tem conhaque neste capuchino.” Allix reclamou e bebeu do mesmo jeito. “Agira sou eu que estou com deja-vim.” “Tive aquele sonho que não consigo lembrar de novo.” “Se você não consegue se lembrar, como sabe que é o mesmo sonho”? “Quando eu estou sonhando, eu me lembro de que sonhei antes, mas quando acordo, me esqueço do sonho, mas me lembro de que já sonhei o sonho.”
081° O pequeno arquipélago de Mineralia era uma das joias do Caribe, um dos lugares mais belos para se visitar, agora completamente coberto por uma parede de nuvens girando em volta do lugar como uma gigantesca cúpula de níveis tempestuosas. Cruzando as aguas azuis do mar do caribe com o nascente as suas costas, dois superportaviões se dirigiam em rota direta para a gigantesca espiral de nuvens que subia tá a estratosfera. Mais de sessenta cadetes arcanos vindos de toda a parte do mundo estavam no convés observando o espetáculo, curiosos enquanto se aproximavam. “Incrível não é mesmo?” A capitã Inazuma uma bela mestiça de olhos rasgados e longod cabelos negros observava os cadetes no convés do gigantesco superportaviões, na área a frente da ponte de comando. “Não sei dizer se é belo ou aterrador.” “Porque não pode ser as duas coisas?” A tenente Mabel Volonaki veio de dentro da ponte sorrindo com