- A gente pode te mostrar. – Allix estava com muita raiva.
- Por favor, não briguem! – Zoya perguntou não conseguindo controlar as lágrimas. – Allix! Se ela era a pessoa que levou sua mãe, então você me disse que eram amigas, Ela te ajudou no mercado e guardou o baralho do seu pai. Você já falou com sua mãe, ela está bem melhor, está se recuperando.
- Muito bem! – Allix apertou o baralho em suas mãos. – Eu agradeço por ter guardado o baralho do meu pai.
- Como uma verdadeira jogadora de Atizaya, não podia ter feito de outra forma. - Lumina olhou Allix com raiva e se virou com um aperto no coração. Todo seu ódio não passava de um balão de ar quente, a dor que sentia ao ver o olhar de ódio de Allix era maior do que podia imaginar. – Eu sabia como era importante pra você.
- Viu só? – Zoya puxou Allix. – Agora vamos fazer as pazes, está tudo bem.
- está bem. – Allix se virou. - Mas eu nunca vou te perdoar por aquela traição.
- Eu nunca per
- Que lugar lindo. – Sussurrou Zoya inebriada enquanto suas pernas ainda tremiam. – O que era aquilo onde estávamos? - Era o mundo onírico. – Nicole respondeu se espreguiçando no chão. - É pra lá que a gente vai quando morre? – Zoya não podia imaginar lugar melhor como paraíso. - Não! - Respondeu com uma risada. – É pra lá que você vai quando dorme. As garotas se levantaram em frente do diretor. De alguma forma a sensação de desconforto que sentiam em sua presença desapareceu completamente. - Vocês repararam que seu programa de aulas acabou. - Sim, vamos pegar outro com o prof. Maddox. - Essa foi a última pré-avaliação de vocês. Ainda vão ter algumas aulas teóricas de reforço, mas já vão começar a ter aulas com outros alunos na segunda feira. Allix e Zoya trocaram um olhar cheio de alegria por algum motivo elas sentiam como se tivessem passado em alguma espécie de teste e finalmente fariam parte de Sephirot. - A
No meio de uma das tarefas mais chatas que encontrara em sua vida, Allix surgiu. - Estou incomodando? – Perguntou timidamente. - Por favor, me incomode. – Kazan largou os últimos objetos dentro da primeira caixa que encontrou. - Tudo bem você fazer isso? – Allix perguntou. - Eu termino depois. Nem é minha obrigação fazer isso mesmo. Só estou ajudando o clube de eventos. - Nicole te pediu? - Não, o Janus. - E por que ele te pediu pra fazer isso? - Porque ele queria agradar a Nicole. - Há... - Em que posso ajudar? - Eu queria aprender a jogar Atizaya. - Você não sabe jogar? Lumina me mostrou que você já tinha um baralho original antes de vir pra cá. - Eu meio que aprendi a jogar, mas o modo que vocês jogam com as convocações é bem diferente. – Allix mostrou o baralho dela timidamente. - Lumina já devolveu seu baralho! – Ela me mostrou quando voltamos da sua cidade. – Vocês d
- O mais poderoso dos ataques destruiria a mais fraca das criaturas em modo de defesa e não daria nenhum dano na energia do seu escudo. Lembre-se que não pode colocar nenhuma carta com valor superior ao sacrifício. - Se a cada jogada eu posso jogar quatro cartas não vou ficar sem cartas? - Se sua mão ficar sem cartas automaticamente pega mais três cartas e na sua próxima vez mais uma carta. Kallo. Allix imitou a magia que havia visto tantas vezes na academia, um agradável calor saiu de dentro do seu peito e percorria suas mãos até a ponta de seus dedos. Sentiu a comichão e a Lamina se dissolvendo em seus dedos como uma pastilha efervescente. Foi uma sensação maravilhosa e empolgante. - Mas que adorável! – Allix ficou encantada com sua coruja do poente bem pequenininha no campo de batalha. A sensação de êxtase era maravilhosa. – Ela está se mexendo. - Eu vou sacrificar uma carta seis e colocar minha clareira de
Ciclo sete Após a conversa com Kazan, Allix desenvolveu mais interesse ainda pelas cartas mágicas, ficou eufórica com a ideia de ir até a biblioteca pesquisar os livros sobre cartas com as outras garotas. A biblioteca de Sephirot era muito conhecida entre os magos, por conter livros que eram considerados proibidos e secretos em muitas culturas. Os avanços do império Britânico e as guerras ajudaram os magos a conseguirem muitos exemplares raros e existia um verdadeiro exercito de pesquisadores traduzindo e convertendo antigas escrituras para línguas modernas. Só sobre budismo existia praticamente um salão inteiro livros como o Cânone Bön[1] tinha mais de 200 volumes, apenas suas copias e traduções ocupavam estantes inteiras. Allix ficou espantada com o tamanho gigantesco da biblioteca, os corredores de livros pareciam ruas, corvos e ratos de óculos cuidavam do lugar, os alunos liam sentados, outros deit
- Por que você está na minha cama? – Zoya cutucou Cassandra, mas essa apenas a ignorou. - Alguém vai comigo? – Allix perguntou. - Não pode. – Cassandra puxou o cobertor por cima da sua cabeça. – A sala te deixa na porta. - Não acenda a luz. – Pediu Nicole. – Se troca no banheiro. Assim que Allix se levantou Zoya entrou na cama dela. Ciclo Dois Durante todo o caminho a sala abacaxi reclamou da movimentação. O uniforme de buscas era bem menor e mais fino que os outros uniformes normais e mesmo dentro do castelo estava frio. Quando as portas se abriram Allix se surpreendeu com a quantidade de pessoas no enorme salão medieval iluminado por enormes tochas nas paredes e em pilares. Alguns alunos estavam tão sonolentos quanto ela, mas a grande maioria era energética e apressada. Em grandes balcões de pedra os instrutores passavam e repassavam informações. - O que e
Logo ao lado do salão dos mapas havia uma sala com um grande portão e em volta quatro estátuas de dragões chineses deitados no chão jogando um jogo de tabuleiro. Havia quatro pilastras vazias provavelmente das estátuas e as paredes eram pintadas com um desenho do fundo do mar que se movia. Alguns peixes saiam das paredes e nadavam pelo ar até entrarem novamente na outra parede. Também havia muitos jovens sentados nos bancos conversando entre si e comparando anotações. Aqueles estranhos Brownies estavam por toda parte e a maioria dos alunos usava uniforme de cadetes de um ou outro grêmio. Todos os alunos usavam proteções, algumas parecidas com as dela e outras grandes e espalhafatosas. Atravessando o portão pela primeira vez Allix pode ver Ingarden. O cenário era completamente diferente do que ela via todo dia ao acordar. O céu estava claro e as nuvens rosa com a luz do sol da manha, o outono em Ingarden deixava o bosque mult
Ciclo seis Após arriscar a vida contra plantas monstros Allix e Denise Sinclair mais conhecida como Dinamite continuaram seu caminho para a colina das três nascentes aonde iriam encontrar o dragão amarelo. Como as proteções de Allix estavam destruídas Dinamite insistiu para que ficasse com as dela que eram menores e confortáveis. Elas pararam no pé da colina, próximas a uma Bela cachoeira pra aproveitar a paisagem. - Tem certeza que essas são melhores? – Allix suspeitou se vestindo. São muito mais finas. - Porque são mágicas. - Elas são bem mais quentinhas, eu estava com frio. - Eu já disse, elas são mágicas. - Eu estava pensando. – Allix terminou de colocar as luvas e entregou os restos de sua proteção pra Dinamite. – Você não devia andar com as suas cartas mágicas? - Mas eu ando com as minhas cartas mágicas. – Dinamite mostrou o seu baralho. – É o baralho dos guerreiros da noite. Voltado para o
- Viu só! – Nicole deu um abraço e um selinho em Zoya. – Você é mais normal do que imagina. Agora quem ficou constrangida fui eu, achei que eu era a avançada por aqui. - Se selinho não conta parece que a única que nunca beijou ninguém por aqui fui eu. – Cassandra confessou. - Eu mesma já tive vontade de beijar uma garota de verdade pra saber como é que era. - É mesmo? – Allix perguntou. – Quem? - Você. – Cassandra fez um biquinho ameaçando beijar Allix. - Mas não seja por isso. – Allix avançou pra Cassandra. – Eu não vou mentir, sempre tive vontade de te beijar também, nunca beijei nenhum estrangeiro. - Mentira! – Cassandra respondeu - Todo mundo sabe que você já beijou o Kazan. Allix teve um súbito choque. - É verdade? Eu pensei que fosse um sonho. Desculpe. - Por que está se desculpando? – Cassandra perguntou. - Eu sei que você gosta de Kazan. Eu não tive a intenção. - Não seja boba. - Então eu