Elena levou um susto quando Allix entrou nop Chateau batendo a porta e urrando.
“O que aconteceu?” Elena perguntou.
“Eu prefiro nem dizer.” Allix pois as mãos na cabeça. “Me da a coisa mais forte que você têm pra fazer minha cabeça desligar.”
“Tudo bem.” Elena começou a pegar as garrafas. “Mas tenho uma boa noticia pra você. Sua encomenda chegou.”
“Que encomenda?” Allix levantou a cabeça.
“Os remédios da Fara.” Elena encheu o copo. “Ela trouxe o suficiente para alguns meses.”
Allix entornou o copo e saiu correndo para encontrar Fara no Chateau.
Chegando lá, Fara tentou acalma-la e a fez se sentar em uma sala privativa. “O que ouve?”
“Esses remédios são minha passagem pra liberdade. Allix pegou a caixa. ”Acho que não quero ver aquelas pessoas nunca mais.”
“Allix eu preciso te contar o que me falaram sobre esse remédio.” Fara colocou a mão sobre a mão d
057° A rainha de copas cada vez se aproximava mais de Allix e nos almoços e jantares com a gangue das maravilhas passou a sentar ao seu lado. “Você precisa comer desse jeito? Você é uma dama, não um animal.” A rainha de copas estava jogada na cadeira, com um braço na mesa e o outro atrás das costas da cadeira. Allix parou de comer e olhou feio para ela, Masha, Elena e Cassandra se preocuparam. A rainha de copas pegou um pãozinho da mesa e jogou nela. “Qual é o seu problema comigo afinal?” “Eu não sei.” Allix falou com a boca cheia. “Por que você corta a cabeça das pessoas?” As meninas cobriram a boca surpresas, incluindo as da Gangue. “Porque eu sou a maldita rainha de copas[1].” Ela mostrou uma carta com um desenho parecido com ela. “E é isso que a rainha de copas faz. Todo mundo sabe disso.” “Isso não é resposta.” Allix falou frustrada e assustada.
059° Allix continuou brincando com as asas e se divertindo com Lumina dando gritinhos com as cócegas. “Está gostando?” “Não.” Lumina riu e soltou em gemido alto e ficou tremendo e suando. ‘Lumina?’Allix tentou ajudar a amiga a se levantar e para sua surpresa ela estava com uma mão dentro da calcinha e a outra massageando um seio. ‘Não para... Continua.’Lumina gemeu com baba escorrendo pela boca. ‘Lumina o que aconteceu?’Allix limpou a boca dela com a camisa. ‘Mais.’Lumina a encarou com um olhar quase alucinado. ‘Não me diga que você esta...’Tentando ajudar a amiga a se levantar e para sua surpresa recebeu um beijo ardente. Allix foi pega totalmente de surpresa. Sua anemia deixou seus reflexos lentos. Antes que pensasse em fechar a boca Lumina estava com sua língua dentro. Allix mal conseguia respirar, muito menos pensar no que fazer. Lumina subiu p
062° Allix não queria fazer parte da gangue das maravilhas e escondia sua aparência das pessoas na esperança que sua maquiagem pesada, roupas velhas e cabelo ruivo a separasse da Alice da gangue das maravilhas, com o vestido azul e a peruca loira. Andando pelas ruas tinha um arrepio quando ouvia falar sobre a Alice que acreditavam ser filha da rainha de copas. Em seu tempo no hotel Majestic sede da gangue das Maravilhas evitava sair e ser vista, por isso foi se entrosando com os membros das gangues. Uma coisa que Allix realmente gostou em conviver com a gangue das Maravilhas era que todos tinham baralhos protótipos de Atizaya e como ela eram colecionadores e entusiastas do jogo. Aos poucos foi conhecendo cada vez mais sobre o hotel Majestic e a gangue das Maravilhas. Ouve algumas boas surpresas. A primeira surpresa foi que o capitão Samuel não era o único policial do antigo governo por lá. O cor
063° O centro de diversões de Aquamarina sempre fora na praça do pombal onde ficavam os maiores cassinos hotéis e mansões. O lugar nunca parou de funcionar. A garotada pilhou equipamentos eletrônicos das lojas e outros lugares e transformaram o lugar em um centro de libertinagem. Passaram a chamar o lugar de ponto quente, todas as noites o pessoal se reunir para festejar, dançar, beber e em alguns casos “viajar.” Era um dos poucos lugares considerados neutros onde membros de todas as gangues andavam em paz sem ninguém tentar arrancar o olho de alguém. Essa era a regra absoluta do lugar. O ponto quente possuía suas regras que mantinham a animosidades das gangues afastadas, por outro lado havia uma falta de regras que permitia ao abuso da jogatina, álcol, drogas e toda uma gama de coisas ilícitas. Ironicamente ficava logo ao lado do aglomerado das igrejas. Após um tempo pess
066° A associação das garotas do mercado estava arrasada. Desoladas mais de quarenta garotas pensavam em seus destinos em um canto da praça do geodo. “E eu vim lá de Labradorite. “Uma das garotas reclamou. “É longe e agora nem podemos voltar.” “E a turma do Caíque, os Malakitas?” Valentina perguntou. “Eles são limitados ao ponto quente e o chateau.” Sofia suspirou. “O Boris acabava com eles.” “Tarde demais.” Valentina suspirou. ”Eles já aceitaram se unir aos Metal Heads.” “Não tem jeito.” Gabriela se esparramou. “Qualquer gangue será intimidada por uma das cinco grandes vai ceder.” “Seus problemas acabaram.” Era uma mulher de pele morena e cabelo branco, usando um vestido celta branco, com mangas enormes. Ela vinha puxando a rainha de copas pelo braço com uma cara bem frustrada. “Rainha branca?” Valentina reconheceu. A rainha de copas cruzou os braços e vi
068° “O futuro esquecido.” Disse a voz. “Lembre-se.” Allix acordou e olhou para a Janela que antes estava com os vidros quebrados, agora remendados. “Estou no Chateau de novo.” Allix não queria se levantar, nem mesmo para se cobrir novamente. Mas ela tinha que se levantar. Olhou para sua mão direita, que estava no balde vazio ao lado da cama. Cassandra mostrou o balde. “Evaporou toda a água do balde e ainda queimou a madeira.” “De onde vem esse balde?” “É pra colocar gelo e servir com champanhe.” Cassandra colocou o balde de lado. “Sua mão direita sempre esquenta desse jeito?” “Ela começou a agir mesmo quando não tem gente por perto e até quando estou dormindo.” Lentamente se levantou viu que sua maquiagem tinha saído nos lençóis. “Parece que está cada vez pior.” Puxou seu estojo de maquiagem e foi ao banheiro da suíte. “Eca!” “O que foi?” Allix foi se olhar no es
069° O homem que havia caído estava sentado no chão tentando recuperar o fôlego. Olhando bem o homem parecia mais cansado, magro e com uma aparência doente. Quando viu as duas, o homem se apavorou. “Essas pistolas estão ficando inúteis conforme esses monstros crescem.” Allix guardou as pistolas. “Vou começar a andar com um fuzil.” “Você tem um fuzil?” Lumina ficou impressionada. “Tenho vários.” Allix piscou. Lumina estendeu a mão para o senhor. “Fica com medo não vovô.” Lumina falou com sua voz de Grifo. “O senhor está bem tio?” Allix se agachou. Ele estava com os olhos arregalados. “Vocês são do Império Noza[1]?” “Não, de modo algum.” Allix falou gentilmente. “Mas vocês são feiticeiras?” Ele continuou perturbado segurando uma maleta. “Obvio dã!” Lumina o ridicularizou e Allix lhe deu uma olhada feia. “Quer
071° Andando de bicicleta para visitar suas amigas no ponto quente Allix se deparou com um estranho barulho. Parecia uma grande festa com muitas pessoas e desviou do seu caminho para ver. A avenida da canela estava repleta de pessoas paradas como se assistissem a um desfile. Allix se enfiou no meio para ver. Eram os “reverendos” da igreja as Curia e muitos fieis vestidos com batas brancas cheias de babados. Empurravam três carros com uma construção de madeira onde bonecos de pano branco ficavam pendurados. As pessoas passavam correndo e batiam nos bonecos com pedaços de pau e bastões. “Q que diabos é essa festa?” Allix perguntou. “Hoje é carnaval e eu não sabia?” “A Igreja está comemorando.” Uma senhora respondeu. “Que puxa!” Allix esticou a cabeça. “Estão malhando o judas? Hoje é sábado de aleluia e eu não sabia?” “São bruxas!” A velha explicou. “Batendo nelas você recebe proteção e ben