As luzes do hotel Majestic que foi transformado em um hospital improvisado e também era a sede da gangue das Maravilhas, se desligaram e a luz da manhã nas através das nuvens espiral deixava tudo amarronzado em tons de sépia.
Elas evitaram que a mágica de Allix aparecesse e deram a impressão que ela era uma péssima bar girl.
“Me desculpem.” Allix estava arrasada. “Isso é tudo culpa minha.”
“Não tinha como você adivinhar Allix” Elena a abraçou.
“Eu te coloquei nesta enrascada e nem posso te ajudar.” Allix chorou de remorso. “Agora estão presas aqui.”
“Você pode ir lá em casa pegar nossas roupas.” Elena entregou as chaves.
Ouve silencio por um tempo antes de Allix partir.
“Vocês não vão ficar mesmo?” Caíque as encontrou na saída.
“A tal da vigília da minha mãe já esta na hora de acabar e ela pode ir me buscar.” Lucinha pegou a bicicleta. “Ela acha que estamos n
045° O problema da anarquia é que ela é incompatível a natureza humana, por isso nunca dura muito tempo. Humanos instintivamente criam hierarquias e comunidades, afinal são uma espécie tribal. Não importa quão revoltado alguém seja, ansiará pertencer a um grupo. Rapidamente as gangues se formaram, proclamaram seus territórios e se tornaram a coisa mais próxima a um governo nesse lugar. A rainha de copas fez proclamações e pendurou grandes faixas com regras para todos seguirem nas Três grandes zonas livres. A rua do mercado, o ponto quente e as praças das igrejas. Ninguém reclamou e até gostou. Antigos membros da policia e do exército acabaram entrando para a gangue das maravilhas que se tornaram uma espécie de policia alternativa. Ouve uma reunião com as gangues mais poderosas e regras de convivência foram criadas para as zonas de convivência: O mercado, as igrejas e o ponto quente. A ga
047° Em Aquamarina acontecia uma guerra entre gangues. Cada vez sair para saquear ficava mais perigoso. Algumas gangues eram assimiladas outras exterminadas. As grandes gangues cresciam e as pequenas se enfraqueciam. Também havia um ambiente bem hostil para bruxas em Aquamarine depois do ataque. Culpavam eles por tudo e tanto gangues, exército e até religiosos estavam sempre alerta. Não é de se espantar que Allix ficou extasiada por finalmente ter alguém para compartilhar experiências e conversar. Lumina foi a primeira pessoa que Allix conheceu com poderes mágicos, dois meses desde o dia que a conheceu foram árduos, mas os poucos momentos com suas amigas, tornava tudo mais suportável. Ela até havia esquecido sobre os caçadores de bruxas. Estava extasiada ao conhecer outra garota com poderes mágicos. Havia tanta conversa sobre magia e feiticeiros, mas ela nunca encontrou um pessoa
049° “O futuro esquecido.” Disse a voz. “Lembre-se.” “Quase todos os dias eu tenho este sonho repetido, mas nunca consigo lembrar o que é.” Allix esfregou seu cabelo cor de cobre. “É tão frustrante, sinto como, como se o sonho fosse importante.” “O sonho de que o menino com um olho de cada cor vem para te levar para uma terra encantada?” Cassandra perguntou sentada na cama. “Acho que não.” Ela tentou se ajeitar na cama. ”Faz um tempo que eu não tenho este sonho.” “Sonhos repetidos costumam ser importantes. Tenho um livro sobre sonhos, ensina exercícios como controla-los, depois te empresto.” Allix rapidamente procurou sua bolsinha de crochê com o baralho de Atizaya que seu pai lhe deu. Ela o beijou e sentiu mais tranquila. Allix rapidamente procurou sua bolsinha de crochê com o baralho de Atizaya que seu pai lhe deu. Ela o beijou e sentiu mais tra
052° Buscando pelas casas, sozinha, por todo esse tempo Allix via cada vez menos suas amigas. Só aceitou o convite de Elena para ver o Chateau na esperança de fugir da chantagem da rainha de copas, com os remédios. “Modelo eu?” Allix olhou como se Elena fosse Maluca. “Estou falando serio.” Elena insistiu. “A gente consegue bastante coisa com isso e não tem perigo de usar sua mão magica sem querer.” “Não duvido, você e a Cassandra, avantajadas desse jeito devem fazer um tremendo sucesso.” “Na verdade não é bem assim.” Elena esfregou atrás da cabeça. ”Fara disse que as fotos e vídeos que mais vendem são as que os estrangeiros acreditam ser de menores de idade. Pode ser uma garota de vinte e três anos que parece ser adolescente.” Allix a olhou de cima a baixo. “E você já tinha uns peitões com doze anos.” “E eu já tinha uns peitões com doze anos.” “Espera um pouco.” Allix olh
054° Elena levou um susto quando Allix entrou nop Chateau batendo a porta e urrando. “O que aconteceu?” Elena perguntou. “Eu prefiro nem dizer.” Allix pois as mãos na cabeça. “Me da a coisa mais forte que você têm pra fazer minha cabeça desligar.” “Tudo bem.” Elena começou a pegar as garrafas. “Mas tenho uma boa noticia pra você. Sua encomenda chegou.” “Que encomenda?” Allix levantou a cabeça. “Os remédios da Fara.” Elena encheu o copo. “Ela trouxe o suficiente para alguns meses.” Allix entornou o copo e saiu correndo para encontrar Fara no Chateau. Chegando lá, Fara tentou acalma-la e a fez se sentar em uma sala privativa. “O que ouve?” “Esses remédios são minha passagem pra liberdade. Allix pegou a caixa. ”Acho que não quero ver aquelas pessoas nunca mais.” “Allix eu preciso te contar o que me falaram sobre esse remédio.” Fara colocou a mão sobre a mão d
057° A rainha de copas cada vez se aproximava mais de Allix e nos almoços e jantares com a gangue das maravilhas passou a sentar ao seu lado. “Você precisa comer desse jeito? Você é uma dama, não um animal.” A rainha de copas estava jogada na cadeira, com um braço na mesa e o outro atrás das costas da cadeira. Allix parou de comer e olhou feio para ela, Masha, Elena e Cassandra se preocuparam. A rainha de copas pegou um pãozinho da mesa e jogou nela. “Qual é o seu problema comigo afinal?” “Eu não sei.” Allix falou com a boca cheia. “Por que você corta a cabeça das pessoas?” As meninas cobriram a boca surpresas, incluindo as da Gangue. “Porque eu sou a maldita rainha de copas[1].” Ela mostrou uma carta com um desenho parecido com ela. “E é isso que a rainha de copas faz. Todo mundo sabe disso.” “Isso não é resposta.” Allix falou frustrada e assustada.
059° Allix continuou brincando com as asas e se divertindo com Lumina dando gritinhos com as cócegas. “Está gostando?” “Não.” Lumina riu e soltou em gemido alto e ficou tremendo e suando. ‘Lumina?’Allix tentou ajudar a amiga a se levantar e para sua surpresa ela estava com uma mão dentro da calcinha e a outra massageando um seio. ‘Não para... Continua.’Lumina gemeu com baba escorrendo pela boca. ‘Lumina o que aconteceu?’Allix limpou a boca dela com a camisa. ‘Mais.’Lumina a encarou com um olhar quase alucinado. ‘Não me diga que você esta...’Tentando ajudar a amiga a se levantar e para sua surpresa recebeu um beijo ardente. Allix foi pega totalmente de surpresa. Sua anemia deixou seus reflexos lentos. Antes que pensasse em fechar a boca Lumina estava com sua língua dentro. Allix mal conseguia respirar, muito menos pensar no que fazer. Lumina subiu p
062° Allix não queria fazer parte da gangue das maravilhas e escondia sua aparência das pessoas na esperança que sua maquiagem pesada, roupas velhas e cabelo ruivo a separasse da Alice da gangue das maravilhas, com o vestido azul e a peruca loira. Andando pelas ruas tinha um arrepio quando ouvia falar sobre a Alice que acreditavam ser filha da rainha de copas. Em seu tempo no hotel Majestic sede da gangue das Maravilhas evitava sair e ser vista, por isso foi se entrosando com os membros das gangues. Uma coisa que Allix realmente gostou em conviver com a gangue das Maravilhas era que todos tinham baralhos protótipos de Atizaya e como ela eram colecionadores e entusiastas do jogo. Aos poucos foi conhecendo cada vez mais sobre o hotel Majestic e a gangue das Maravilhas. Ouve algumas boas surpresas. A primeira surpresa foi que o capitão Samuel não era o único policial do antigo governo por lá. O cor