À noite, Kelly não precisou abordar o assunto da visita de Melissa ou da mudança com Andreas. Ele chegou em casa visivelmente alterado a chamando pela casa. Ela saiu do seu quarto curiosa com o porquê dos ânimos estarem tão alterados.
– O que foi a casa está pegando fogo?
Ela perguntou.
– Que história é essa de que nosso casamento vai mal e que nós vamos nos separar?
Ela então desconfiou que Melissa houvesse entrado em contato com ele.
– Ué, mas cedo ou tarde nós vamos.
Ela falou dando de ombros, como se aquela fosse uma resposta óbvia.
– Sim, eu só não imagino o que a Melissa tem a ver com isso. E porque ela teve que me procurar para dizer que a minha esposa tinha me entregado em uma bandeja para ela.
Agora ela havia entendido a raiz do problema.
– Ah, então ela foi direto fa
Com a revelação que ela havia feito, Andreas começou a ter uma real dimensão do perigo a que Kelly estava exposta.- Kelly, esse homem é perigoso, ele não tem o direito de te perseguir.– Fala isso para aquele louco. Ele acha que eu pertenço a ele, já me falou isso muitas vezes.– Como exatamente você conseguiu escapar?– Eu falei que tentei fugir várias vezes, mas eu não ia longe e ele sempre me encontrava. Perto de fazer dezoito anos, me organizei melhor, fui aos poucos roubando dinheiro da carteira dele, e consegui comprar uma passagem de ônibus para outra cidade. Desde então eu não parei mais, nunca fiquei muito tempo no mesmo lugar. Não contava meu nome verdadeiro e nem me abria com ninguém. A pessoa de quem fiquei mais íntima foi a Céu, e dou graças por isso, não consigo mais imaginar minha vida sem ela.Ele foi até ela e se sentou ao seu lado no sofá.– Isso não pode continuar, você precisa ir à polícia. Vamos fazer um boletim de ocorrência, pedir uma medida protetiva.– Isso n
Na delegacia Kelly narrou tudo que havia acontecido com ela, desde o primeiro momento em que seu pai a havia entregado a aquele homem. Falou sobre a perseguição e sobre o medo que sentia que ele a matasse. Fez um exame de corpo de delito, e a ocorrência ficou registrada, iriam levantar os fatos e abrir uma investigação. Ela voltou para casa com uma sensação de alívio, Andreas esteve ao seu lado o tempo todo, e sem dúvida ele estava certo, aquele definitivamente era o primeiro passo para ela começar a se libertar. Quando chegaram ele pediu a comida que havia prometido. Kelly tomou um banho e trocou de roupa para esperar a entrega na sala, ele fez o mesmo. Quando ele voltou do quarto ela já estava com a TV ligada, tentando escolher algo para ver.
As amigas faziam uma chamada de vídeo com quase todos os dias. Maria do Céu havia quase enlouquecido sem poder sair da cama, mas já fazia três dias que estava liberada. Kelly havia contado sobre o seu perseguidor e que havia ido à delegacia, mas havia deixado de mencionar os pesadelos e o fato dela e Andreas terem dormido na mesma a cama várias noites. Céu e João os convidaram para jantar na casa deles naquele dia.– Vocês têm que vir! O João convidou o Andreas e ele disse que ia falar com você.Sim, o clima tinha ficado tenso naquela manhã. Eles ainda não haviam se falado desde então.
Quando os dois chegaram a casa, Kelly foi diretamente para o seu quarto. Tomou um banho e colocou uma camisola, dessa vez está resolvida a dormir sozinha. Não precisava confundir ainda mais as coisas. Quando ia se deitar, Andreas bate na porta.– Entre, está aberta.Ele abriu e colocou apenas a cabeça para dentro do quarto.– Você tem certeza que está bem para ficar aqui sozinha?– Sim, estou certa de que o pior já passou. Voltar a dormir aqui é o certo.– Tudo bem. Mas se precisar, estou no quarto ao lado.Ela tomou coragem e o chamou quando ele saia.– Andreas, você pode ficar por um momento? Eu preciso falar com você.– Ok. - Ele disse entrando no quarto e sentando na cama dela bem à vontade. Ele havia tomado banho também, estava com o cabelo ainda molhado. Usava uma camiseta branca lisa e uma calça de
Andreas saiu de casa sem ao menos trocar de roupa. Pegou o celular, a carteira e foi ao bar que costumava frequentar. Sentou no balcão e pediu a primeira dose. Aquela mulher o estava enlouquecendo, imaginá-la se tocando e fazendo diversas coisas que envolviam aquele brinquedo sexual, era demais para o psicológico dele no momento. Deus sabia que estava tentando ser um cara legal e paciente, mas seus limites estavam sendo fortemente testados. Se ao menos pudesse se abrir com alguém, mas seu melhor amigo era o João, que já tinha a sua porção suficiente de problemas, e uma esposa grávida para se preocupar. Ele estava bebendo, imerso em seus pensamentos quando viu Me
Quando Andreas saiu para trabalhar no dia seguinte, Kelly ainda estava dormindo. Chegou à empresa e a assistente do seu chefe foi até a sua sala para dizer que ele queria vê-lo. Ao chegar à porta, ele deu uma leve batida e entrou.– Bom dia, Andreas, eu te chamei porque preciso ter uma conversa importante com você.Andreas entrou e fechou a porta, foi em direção a cadeira em frente da mesa e se sentou.– Em que posso ser útil, senhor?– Você sabe que quando eu te contratei eu tinha muitas expectativas a seu respeito, por isso te ofereci o emprego. Devo dizer que essas expectativas foram superadas. Você faz um trabalho irreparável.– Eu fico contente senhor, tenho procurado fazer o meu melhor.– Quando eu te contratei, eu já tinha uma ideia em mente, bem, eu não estou ficando mais jovem - disse o homem que ia pelos seus sessent
Andreas havia mandado uma mensagem para Kelly avisando que encontraria João Vicente depois do trabalho. Quando ele chegou em casa ela estava na sala assistindo a um filme.– Oi.Ele disse, largando a bolsa e tirando a gravata e o paletó.– Oi.Ela respondeu, desviou rapidamente os olhos da tela da TV e o comprimentando, para voltar em seguida à trama que estava assistindo.– Kelly, eu preciso conversar com você sobre algo, eu vou ser promovido.Ele finalmente teve a atenção dela, que pegou o controle e pausou a TV.– Nossa, que notícia boa Andreas.– Sim, foi uma proposta irrecusável na verdade. Mas o meu chefe insiste em nos dar um presente de casamento. Uma viagem de lua de mel, e eu não estava em posição de recusar.– Viagem? Para nós dois?– Sim, é para uma praia que ele costumava ir sempre. Toda a viagem vai ficar por conta dele.– Faz muitos anos que eu não vou a uma praia. Eu não tenho nem roupa pra isso.– Não se preocupe, você tem três dias para fazer umas compras e se prepar
Ela balançou a cabeça em um gesto afirmativo.– Sim, mas eu não senti nada.- Então eu quero que me mostre exatamente como você fez, e vamos descobrir o que deu errado.Ela ficou um pouco relutante com o pedido dele. – Mas me tocar assim, na sua frente?– Só assim para eu conseguir ajudar, me considero um professor muito empenhado.Ela lentamente desceu a mão para o centro de suas pernas, e a colocou sobre sua parte íntima. Parecia não saber ao certo que fazer a seguir, e ele a instruiu.– Querida, eu preciso que você sinta em que parte tem mais prazer. Toque lentamente em todos os lugares.Ela subiu e desceu com a mão de um jeito meio desajeitado, e em seguida deu vazão ao seu gênio forte e logo perdeu a paciência.– Ah, não adianta, eu não sinto nada. Não consigo fazer isso.– Sim Kelly, você está se tocando como se estivesse com coceira. E isso é mais como acariciar um gatinho.Ela tentou, mas não conseguiu controlar o riso com o comentário dele, virou a cabeça em direção