Quinton observou Taylor, que estava algemado e pendurado na cela, sem camisa e coberto de cortes causados por uma adaga de prata. A aura na cela estava tensa, e Taylor não demonstrava sinais de submissão. — Ainda resistindo à minha autoridade? — Quinton perguntou com desdém ao entrar. Taylor cuspiu um pouco de sangue antes de responder com firmeza: — Sua autoridade não foi conquistada de maneira honesta nem justa. Eu não me curvarei a alguém como você. Em resposta, Quinton desferiu um soco no rosto de Taylor, que gemeu de dor e cuspiu mais sangue. As algemas que o prendiam eram de prata, e ele havia claramente sido submetido a uma dose de acônito, assim como Philip. A situação na alcateia Lua de Sangue estava longe de ser tranquila. Quinton encarou Taylor com uma expressão fria e implacável enquanto segurava o queixo dele com firmeza. — Eu poderia facilmente arrancar sua cabeça e acabar com isso de uma vez, mas continuo te dando uma chance para reconsiderar, Taylor. Considero no
Quinton mantinha Sara imobilizada na cama, seu toque repugnante causando calafrios na espinha dela. O medo dominava seu coração, mas o desejo de proteger a si mesma incendiava sua determinação. Ela não podia permitir que Quinton a reduzisse a uma mera prisioneira de suas vontades. Sara concentrou-se em sua conexão com Gaia, sua loba interior. A voz feroz de Gaia ecoou em sua mente, oferecendo uma alternativa desesperada. — Me deixe sair, Sara. Não podemos deixar que ele faça isso conosco. Sara hesitou por um momento, sabendo que libertar Gaia poderia trazer consequências, mas ela não tinha outra escolha. Com uma mentalidade determinada, Sara abriu as portas para Gaia. A transformação foi rápida e poderosa. O corpo de Sara estremeceu enquanto Gaia emergia, crescendo e se libertando das algemas que a prendiam. A expressão de Quinton se transformou de triunfo para choque enquanto ele tentava conter a loba agora feroz. Gaia rosnou, mostrando presas afiadas e garras prontas para o ata
Philip não fazia ideia do que estava acontecendo com sua irmã e amigo. Ele estava curtindo alguns momentos com Rachel, permitindo-se ser levado pelo vínculo que compartilhavam. Durante aquele banho, eles ainda se tocaram, proporcionando prazer um ao outro, antes de irem para a cama. Naquele momento, Rachel estava deitada no peito de Philip, exausta depois de passarem quase toda a tarde fazendo amor. Ela se sentia cansada e adormeceu. Enquanto ela dormia, Philip permanecia acordado, acariciando suavemente seu cabelo e inalando o perfume que emanava dela.— Está gostando de ter nossa companheira assim? — Zeus o provocou mais uma vez. Daquela vez, Philip não o mandou calar a boca. Ele sabia que seu lobo estava certo. Por mais que a ideia de rejeitar Rachel no início fosse forte e ainda passasse por sua cabeça, ele tinha que admitir que era bom tê-la por perto. Sentir o seu cheiro e sua pele contra a dele era reconfortante. No entanto, ele também tinha medo de que, por ser humana, Rach
Naquela noite, Philip e Rachel compartilharam a mesma cama, e mais uma vez o vínculo entre eles prevaleceu, levando-os a fazer amor novamente. Na manhã seguinte, Philip acordou mais cedo como de costume. Costumava se levantar cedo para correr na floresta, mas dadas as circunstâncias atuais, sabia que não seria possível. Ele tinha consciência de que isso deixaria Zeus, seu fiel lobo, de mau-humor, pois o animal adorava correr pela floresta. Philip dirigiu-se à cozinha, mas ouviu barulhos vindos da clínica de Rachel. Decidiu verificar o que estava acontecendo, mesmo estando apenas de toalha, pois havia acabado de tomar banho. Ao abrir a porta da clínica, percebeu que os barulhos vinham de mais adentro e decidiu investigar. Lá dentro, encontrou um homem de costas, mexendo em algumas coisas. Philip colocou a mão no ombro do homem e o virou, mas ele já estava com os punhos erguidos, o que acabou assustando o pobre rapaz. — Ah! Quem é você, seu tarado? — gritou o rapaz, caindo no chão,
Rachel pediu desculpas à mulher com quem esbarrou e se abaixou para começar a pegar suas coisas, que estavam espalhadas.— Tudo bem, eu também estava distraída — respondeu à mulher, também se abaixando.O homem que acompanhava a mulher que Rachel havia trombado ficou em pé, apenas observando a cena, mas suas sobrancelhas se franziram enquanto observava Rachel abaixada.Rachel olhou mais atentamente para a mulher que a ajudava e percebeu que ela parecia ter chorado. Então, Rachel perguntou se estava tudo bem.— Você está bem? Está se sentindo mal? — perguntou, tocando levemente em seu braço.— Não se preocupe, estou bem. Estava apenas emocionada com algumas coisas — respondeu à mulher e se levantou em seguida.As coisas de Rachel já estavam de volta em sua bolsa, e ela também se levantou. Rachel notou que o homem que estava com a mulher com quem ela havia esbarrado, parecia encará-la de forma estranha.— Peço desculpas novamente pelo ocorrido. Espero sinceramente que você não tenha se
Os homens continuaram encarando Rachel, que já estava começando a sentir-se desconfortável com a situação. Um deles ergueu a cabeça, como se estivesse farejando o ar, e isso a deixou ainda mais perplexa.— Olhem só o que temos aqui, uma pessoa indefesa na toca do lobo.Rachel achou a fala daquele homem ridícula, especialmente se ele estivesse tentando paquerar, mas, por algum motivo, sentiu um arrepio na nuca diante do olhar e da fala deles.— Eu não sou nenhuma presa, nem a chapeuzinho e vocês não são lobos. Vocês poderiam fazer a gentileza de pararem com essa bobagem e me deixarem passar? — falou, tentando seguir em direção ao banheiro.O homem a quem Rachel respondeu a empurrou, encostando-a na parede, e colocou os braços dos dois lados, impedindo-a de escapar.— O que uma mera humana pensa que está fazendo ao falar assim com um Lycan?Rachel não entendeu o que ele estava falando, e aquilo parecia cada vez mais estranho do seu ponto de vista.— Você está maluco? Do que está falando
Na alcateia Lua de Sangue, Quinton saiu de seu quarto com Safira. Ele se sentia vivo com a presença dela naquela noite. Ao passar pelo quarto de Sara, ele decidiu ver como aquela loba arisca estava. Ao forçar a fechadura, percebeu estar trancada, mas não tinha nenhuma chave por fora. — Sara, abra a porta! — ordenou Quinton, batendo com ansiedade na madeira robusta. O silêncio era ensurdecedor, sua paciência se desgastava a cada batida. — Safira, verifique se há outra chave — ordenou, percebendo a relutância dela para aquela ordem. — Sara! A escolha é sua, abra a porta ou eu a quebrarei. — A porta ressoou com um golpe mais poderoso, ecoando sua determinação. Quinton percebeu que Sara não cederia facilmente. Era hora de aplicar uma pressão maior, talvez isso a fizesse reconsiderar. Ele preferiu não aguardar pela chave, se é que havia uma. Com um aumento de força, ele derrubou a porta com um estrondo, entrando no quarto. Sara tentou escapar, mas ele a agarrou pelas pernas, derruband
Philip encarou o cachorro com um olhar penetrante, exalando a sua presença de Alfa. No entanto, mesmo com sua autoridade latente, o cão raivoso não hesitou e saltou em direção a ele. Rachel, que estava próximo, deu um passo para trás, levando a mão à boca em choque, enquanto o cão se lançava sobre Philip. Embora Philip parecesse exercer algum controle sobre os cães, como ela testemunhou antes na clínica, aquele era um adversário feroz e imprevisível. Philip conseguiu agarrar o cachorro no ar, mas não conseguiu evitar que o animal conseguisse mordê-lo no braço, o que aumentou ainda mais o pânico de Rachel. Zeus, parcialmente no controle, estava profundamente indignado com a afronta do cão. — Esse maldito ainda pensa que pode me desafiar? — Zeus falou com um tom de desdém, sentindo-se provocado. Philip estava preocupado, que Zeus pudesse se exceder na resposta. — Tenha cuidado, Zeus. Não precisa exagerar para lidar com ele. — Ele advertiu seu lobo, tentando manter a situação