Os homens continuaram encarando Rachel, que já estava começando a sentir-se desconfortável com a situação. Um deles ergueu a cabeça, como se estivesse farejando o ar, e isso a deixou ainda mais perplexa.— Olhem só o que temos aqui, uma pessoa indefesa na toca do lobo.Rachel achou a fala daquele homem ridícula, especialmente se ele estivesse tentando paquerar, mas, por algum motivo, sentiu um arrepio na nuca diante do olhar e da fala deles.— Eu não sou nenhuma presa, nem a chapeuzinho e vocês não são lobos. Vocês poderiam fazer a gentileza de pararem com essa bobagem e me deixarem passar? — falou, tentando seguir em direção ao banheiro.O homem a quem Rachel respondeu a empurrou, encostando-a na parede, e colocou os braços dos dois lados, impedindo-a de escapar.— O que uma mera humana pensa que está fazendo ao falar assim com um Lycan?Rachel não entendeu o que ele estava falando, e aquilo parecia cada vez mais estranho do seu ponto de vista.— Você está maluco? Do que está falando
Na alcateia Lua de Sangue, Quinton saiu de seu quarto com Safira. Ele se sentia vivo com a presença dela naquela noite. Ao passar pelo quarto de Sara, ele decidiu ver como aquela loba arisca estava. Ao forçar a fechadura, percebeu estar trancada, mas não tinha nenhuma chave por fora. — Sara, abra a porta! — ordenou Quinton, batendo com ansiedade na madeira robusta. O silêncio era ensurdecedor, sua paciência se desgastava a cada batida. — Safira, verifique se há outra chave — ordenou, percebendo a relutância dela para aquela ordem. — Sara! A escolha é sua, abra a porta ou eu a quebrarei. — A porta ressoou com um golpe mais poderoso, ecoando sua determinação. Quinton percebeu que Sara não cederia facilmente. Era hora de aplicar uma pressão maior, talvez isso a fizesse reconsiderar. Ele preferiu não aguardar pela chave, se é que havia uma. Com um aumento de força, ele derrubou a porta com um estrondo, entrando no quarto. Sara tentou escapar, mas ele a agarrou pelas pernas, derruband
Philip encarou o cachorro com um olhar penetrante, exalando a sua presença de Alfa. No entanto, mesmo com sua autoridade latente, o cão raivoso não hesitou e saltou em direção a ele. Rachel, que estava próximo, deu um passo para trás, levando a mão à boca em choque, enquanto o cão se lançava sobre Philip. Embora Philip parecesse exercer algum controle sobre os cães, como ela testemunhou antes na clínica, aquele era um adversário feroz e imprevisível. Philip conseguiu agarrar o cachorro no ar, mas não conseguiu evitar que o animal conseguisse mordê-lo no braço, o que aumentou ainda mais o pânico de Rachel. Zeus, parcialmente no controle, estava profundamente indignado com a afronta do cão. — Esse maldito ainda pensa que pode me desafiar? — Zeus falou com um tom de desdém, sentindo-se provocado. Philip estava preocupado, que Zeus pudesse se exceder na resposta. — Tenha cuidado, Zeus. Não precisa exagerar para lidar com ele. — Ele advertiu seu lobo, tentando manter a situação
Rachel permaneceu absorta em seus pensamentos e pesquisas, sem perceber que Philip havia entrado em seu escritório. Ela só notou sua presença quando ouviu sua voz se dirigindo a ela: — Rachel, você está bem? — perguntou, preocupado, percebendo imediatamente que algo estava errado. O susto foi inevitável, fazendo com que ela saísse rapidamente da página que estava lendo: — Estou bem! — respondeu, tentando parecer calma — Estava apenas resolvendo alguns assuntos. No entanto, tanto Philip quanto Zeus, sabiam que ela estava mentindo. — Acho que ela aprendeu bem a arte da mentira — comentou Zeus com uma pitada de ironia. Rachel se levantou, mas ao passar por Philip e ele tentar se aproximar, ela se afastou. — Está com medo de mim? — perguntou Philip, percebendo a reação dela.Ele havia se recuperado completamente e entendia exatamente como ela estava se sentindo, sendo capaz de captar o medo e o receio em seu semblante e no seu cheiro. — Tenho algum motivo para ficar com medo de vo
O clima no escritório entre Rachel e Philip estava esquentando, mas eles foram abruptamente interrompidos por batidas insistentes na porta. — Preciso ver o que é, Philip — Rachel disse, tentando se afastar dele. Philip a soltou relutantemente, e ambos rapidamente ajeitaram suas roupas antes que Rachel abrisse a porta. — Aconteceu alguma coisa, Aquiles? — Rachel perguntou ao abrir a porta e deparar-se com seu assistente. Aquiles lançou um olhar desconfiado para ela, pois havia demorado a atender à porta. — Temos uma emergência com uma cadela. Acredito que você precisará fazer uma cesárea. — Ele informou e tentou espiar dentro da sala. Rachel colocou o braço para bloquear sua visão. — Estou indo — respondeu, dispensando Aquiles com um olhar. Assim que Aquiles se virou e saiu, Rachel lançou um olhar para Philip, que estava sentado no sofá com uma expressão travessa e provocadora. Rachel não disse nada, apenas saiu e fechou a porta atrás de si. — Sempre aparece alguém para atrapa
Rachel despertou com um latejar em sua cabeça e uma sensação dolorosa em várias partes do corpo. Ela compreendeu rapidamente o que havia ocorrido, mas a explicação para aquele evento permanecia um enigma indecifrável. A neblina persistia no cenário, embora naquele momento se dissipasse um pouco. Rachel lançou olhares ansiosos ao seu redor, procurando pistas sobre o que poderia ter impulsionado seu carro com tamanha violência, apesar de estar completamente perplexa quanto à origem de uma força tão devastadora. Um palpitar de medo apertava seu peito, pois o desconhecido que a aguardava era uma incógnita assustadora. Entretanto, ela tinha clareza de que permanecer no interior do veículo não era uma opção. Rachel se esforçou para se mover, mas uma dor aguda em sua perna revelou a presença de um corte profundo. Uma arrepiante sensação que ela já experimentou antes a invadiu, alertando-a para permanecer vigilante. Rachel fitou novamente os arredores, e então avistou uma figura misteriosa
Philip parecia impaciente naquele quarto de hospital, ao lado de Rachel. Suas preocupações estavam à flor da pele, não só pela demora de Rachel em acordar, mas também por outro assunto que o martelava incessantemente. — Você também sentiu, não foi? Antes dela desmaiar, você percebeu a ligação que emanava dela. Rachel é humana, certo? Como essa conexão poderia partir dela? — questionou Zeus, com um toque de intriga em sua voz. Philip suspirou, desviando o olhar de Rachel, que repousava ali, aparentemente tranquila. — Eu senti, sim. Mas não tenho respostas. Há algo estranho acontecendo com ela, e eu preciso descobrir o que é — respondeu, seus olhos fixos em Rachel enquanto ele ponderava sobre o mistério que a envolvia. Minutos depois, Rachel acordou, sua mente ainda turva e tentando decifrar o que tinha acontecido e onde estava. Ela fez uma tentativa vacilante de se levantar, mas Philip a deteve com gentileza. — Não deve se levantar ainda. Vou chamar o médico para examiná-la — repr
Após muita insistência de Rachel, Philip concordou em ir até a mata próxima ao hospital para mostrar o que ela queria ver. Assim que chegaram, Philip ainda parecia um pouco desconcertado. Ele olhou ao redor para se certificar se que ninguém estava observando. Philip começou a tirar a roupa, deixando Rachel confusa. — O que está fazendo? — questionou, enquanto ele continuava a se despir. — Não quero estragar minha roupa, ou terei que voltar nu, como da última vez que nos encontramos — respondeu, tirando a última peça. Philip deu alguns passos para trás antes de se transformar diante dos olhos de Rachel. Ela olhou encantada, um pouco assustada, sem saber que reações demonstrar. Rachel olhou para o lobo negro diante dela, com olhos âmbar que a fitavam fixamente. Zeus estava no controle naquele momento e estava apreciando a sensação de ser admirado por Rachel. Ele balançou a pelagem e se aproximou um pouco mais dela, encostando o focinho em sua mão. A respiração de Rachel estava acel