O clima no escritório entre Rachel e Philip estava esquentando, mas eles foram abruptamente interrompidos por batidas insistentes na porta. — Preciso ver o que é, Philip — Rachel disse, tentando se afastar dele. Philip a soltou relutantemente, e ambos rapidamente ajeitaram suas roupas antes que Rachel abrisse a porta. — Aconteceu alguma coisa, Aquiles? — Rachel perguntou ao abrir a porta e deparar-se com seu assistente. Aquiles lançou um olhar desconfiado para ela, pois havia demorado a atender à porta. — Temos uma emergência com uma cadela. Acredito que você precisará fazer uma cesárea. — Ele informou e tentou espiar dentro da sala. Rachel colocou o braço para bloquear sua visão. — Estou indo — respondeu, dispensando Aquiles com um olhar. Assim que Aquiles se virou e saiu, Rachel lançou um olhar para Philip, que estava sentado no sofá com uma expressão travessa e provocadora. Rachel não disse nada, apenas saiu e fechou a porta atrás de si. — Sempre aparece alguém para atrapa
Rachel despertou com um latejar em sua cabeça e uma sensação dolorosa em várias partes do corpo. Ela compreendeu rapidamente o que havia ocorrido, mas a explicação para aquele evento permanecia um enigma indecifrável. A neblina persistia no cenário, embora naquele momento se dissipasse um pouco. Rachel lançou olhares ansiosos ao seu redor, procurando pistas sobre o que poderia ter impulsionado seu carro com tamanha violência, apesar de estar completamente perplexa quanto à origem de uma força tão devastadora. Um palpitar de medo apertava seu peito, pois o desconhecido que a aguardava era uma incógnita assustadora. Entretanto, ela tinha clareza de que permanecer no interior do veículo não era uma opção. Rachel se esforçou para se mover, mas uma dor aguda em sua perna revelou a presença de um corte profundo. Uma arrepiante sensação que ela já experimentou antes a invadiu, alertando-a para permanecer vigilante. Rachel fitou novamente os arredores, e então avistou uma figura misteriosa
Philip parecia impaciente naquele quarto de hospital, ao lado de Rachel. Suas preocupações estavam à flor da pele, não só pela demora de Rachel em acordar, mas também por outro assunto que o martelava incessantemente. — Você também sentiu, não foi? Antes dela desmaiar, você percebeu a ligação que emanava dela. Rachel é humana, certo? Como essa conexão poderia partir dela? — questionou Zeus, com um toque de intriga em sua voz. Philip suspirou, desviando o olhar de Rachel, que repousava ali, aparentemente tranquila. — Eu senti, sim. Mas não tenho respostas. Há algo estranho acontecendo com ela, e eu preciso descobrir o que é — respondeu, seus olhos fixos em Rachel enquanto ele ponderava sobre o mistério que a envolvia. Minutos depois, Rachel acordou, sua mente ainda turva e tentando decifrar o que tinha acontecido e onde estava. Ela fez uma tentativa vacilante de se levantar, mas Philip a deteve com gentileza. — Não deve se levantar ainda. Vou chamar o médico para examiná-la — repr
Após muita insistência de Rachel, Philip concordou em ir até a mata próxima ao hospital para mostrar o que ela queria ver. Assim que chegaram, Philip ainda parecia um pouco desconcertado. Ele olhou ao redor para se certificar se que ninguém estava observando. Philip começou a tirar a roupa, deixando Rachel confusa. — O que está fazendo? — questionou, enquanto ele continuava a se despir. — Não quero estragar minha roupa, ou terei que voltar nu, como da última vez que nos encontramos — respondeu, tirando a última peça. Philip deu alguns passos para trás antes de se transformar diante dos olhos de Rachel. Ela olhou encantada, um pouco assustada, sem saber que reações demonstrar. Rachel olhou para o lobo negro diante dela, com olhos âmbar que a fitavam fixamente. Zeus estava no controle naquele momento e estava apreciando a sensação de ser admirado por Rachel. Ele balançou a pelagem e se aproximou um pouco mais dela, encostando o focinho em sua mão. A respiração de Rachel estava acel
Enquanto Quinton estava conversando com seu Beta, Safira saiu do quarto vestida com um roupão e dirigiu-se ao quarto onde Sara estava, entrando sem sequer pedir permissão. Sara estava deitada quando Safira entrou e permaneceu na mesma posição.— Você se acha muito importante, não é? Sabe quem aquece a cama do Alfa todas as noites? Sou eu. Mesmo que um dia você seja chamada de Luna, ainda serei eu a quem ele irá chamar. — Safira disse, exibindo um sorriso debochado.Sara olhou para ela e logo se sentou, respondendo a Safira em seguida.— Sabia que você era ambiciosa, mas não burra. Acha mesmo que você é a única a frequentar aquele quarto? Não seja ingênua, Safira. Acha mesmo que eu não via como você se insinuava para o meu irmão? Agora que ele não está mais no posto de Alfa, você se joga em cima do Quinton. Quanto ao posto de Luna, pode ficar com ele se quiser, eu não me importo com isso. Mas, sinceramente, acho que isso não será possível; ele não teria nenhum benefício com você sendo
Rachel sustentou o olhar penetrante de Philip, ansiosa para ouvir sua explicação. Entretanto, em vez de iniciar com uma explicação, ele a surpreendeu com uma pergunta intrigante. — Você realmente deseja mergulhar neste universo, Rachel? Quanto mais você descobrir, mais perigoso pode se tornar para você. Ela o encarou com determinação e confiança, sem pestanejar. — Philip, não posso simplesmente ignorar tudo isso e não querer aprofundar-me no conhecimento desse mundo sobrenatural. — Rachel respondeu, seus olhos brilhando com curiosidade e expectativa, ansiando por cada pedacinho de informação que ele pudesse compartilhar. Philip, compreendendo a firmeza da decisão dela, se inclinou para frente, entrelaçou as mãos e começou finalmente a falar, ciente de que não havia mais volta. — Faça suas perguntas, Rachel. Estou pronto para responder a tudo o que quiser saber. Rachel se acomodou mais confortavelmente no sofá, ansiosa para começar suas perguntas. Ela já estava ciente do fato sur
Rachel ainda passou algum tempo tentando assimilar as coisas que ouviu de Philip, no entanto, algo em toda aquela história a estava incomodando. Saber que aqueles sentimentos intensos que sentia por ele se deviam ao fato de serem companheiros, a deixava um pouco com medo, apreensiva por não saber se aquele sentimento era mesmo real, ou algo forçado. — Tem mais alguma coisa que você gostaria de me perguntar? — Philip perguntou, entregando uma xícara de chá para ela. Ela o olhou por alguns instantes antes de perguntar: — O que planeja fazer em relação à sua alcateia? — perguntou, mas com um sentimento de apreensão em seu coração. — Retomarei minha alcateia. A luta com o Quinton não foi justa. Se tivesse sido, tenha certeza de que eu teria aceitado a derrota de bom grado. O problema é que foi traição, e isso não foi nada justo, então não posso nem deixarei isso passar. Rachel ouviu e percebeu que aquela situação não era tão simples como ela imaginava. — Então, você está falando de
Philip acordou e estava abraçado com Rachel, que ainda dormia profundamente. Ele retirou lentamente o braço que estava sob ela, apoiando-se em seguida, e permaneceu ali, observando-a dormir. Rachel estava de costas para ele, e Philip notou, pela primeira vez, uma marca que ela tinha atrás da orelha. Era uma marca de nascença, e Philip a achou interessante. Depois de observá-la por um tempo, Philip decidiu se levantar e ir preparar o café. Ele sempre se levantava cedo quando estava na alcateia, então não era fácil para ele ficar na cama. Rachel acordou com uma ligação da equipe do abrigo de Ames, querendo saber como ela estava. Após relatar que estava bem, ela se levantou, tomou banho e saiu do quarto. Philip estava na sala, segurando uma xícara de café e olhando para fora da janela. — Bom dia! — cumprimentou, chamando sua atenção. Philip se virou e sorriu para ela, aproximando-se de Rachel. Ele ainda não sabia exatamente o que estava passando pela mente dela e qual seria sua deci