Sara começou a recobrar os sentidos, sentindo seu corpo doer, e começou gradualmente a ouvir uma voz chamando por seu nome. Stella repetiu seu nome várias vezes até que ela abriu finalmente os olhos.A princípio, Sara olhou ao redor, tentando identificar o lugar em que estavam, até perceber estarem em uma caverna. Ao tentar se mover, ela sentiu uma dor aguda em seu pescoço.— Tente não se mexer muito, Sara, essa corrente é de prata.— O que aconteceu, Stella? Eu me lembro de termos sido atacadas. Me transformei e não tive tempo de fazer muita coisa. Senti uma dor nas costas e apaguei. — Sara falou, enquanto tentava entender o que estava acontecendo.— Eles nos atingiram com tranquilizantes, por isso você apagou.Sara olhou para baixo, percebendo que estava vestida com uma camisa, assim como Stella.— Um homem nos deu essas camisas para que não ficássemos totalmente nuas. Fui eu quem a vestiu em você. — Stella explicou.— Obrigada, Stella. Quem são eles? Você conseguiu descobrir alguma
Rachel voltou para o escritório e percebeu a tensão que emanava daqueles dois. O pouco que ela vivenciou de sua vida como lobisomem, sabia que aquela situação resultaria em uma batalha, e ela tinha certeza do que representava para aquela alcateia. Por isso, decidiu que não deveria contar a Philip o que descobriu, pois temia que ele a impedisse de lutar.— Alguma novidade sobre a Sara? — perguntou Rachel, tentando se inteirar da conversa.— Ainda não, mas não vou descansar até a trazer de volta — afirmou Uriel com convicção.— A Sara não estava sendo escoltada por Lycans? Como ela foi levada tão facilmente? — Rachel levantou aquele questionamento.— Também estou tentando entender isso. Dois Lycans estavam mortos e um desaparecido. Antes de morrer, um dos meus homens disse que foram os rebeldes e que tramaram com alguém, mas não conseguiu dizer com quem era — explicou Uriel.Philip, que também prestava atenção na conversa, ponderou algo e levantou aquela hipótese.— Uriel, me desculpe p
A mulher continuou encarando Stella enquanto Dylan se aproximava dela e só desviou o olhar quando ele parou na sua frente.— Achei que fosse demorar um pouco mais. — Dylan falou, puxando-a pela cintura.— Pelo que acabei de ver, vejo que voltei na hora certa. Quem é ela? — perguntou, olhando novamente para a desconhecida à sua frente.— Não seja ciumenta.Dylan aproveitou a proximidade e a beijou. Stella viu toda a cena de onde estava e, à medida que observava seu companheiro beijando outra mulher na sua frente, sentia seu coração apertar. Por mais que preferisse que ele não fosse seu companheiro, o vínculo ainda estava lá, o prazer, mas também a dor.Ela abaixou o olhar, tentando não prestar atenção à interação dos dois à sua frente. Dylan terminou o beijo e se afastou dela, sentando-se em sua cama improvisada.— Ela foi trazida com a irmã do Alfa, que é companheiro da loba branca, e por coincidência, ela é minha companheira. Eu queria ver como era a sensação do vínculo que todos fala
Emma não gostou da forma como foi olhada por aquele subordinado. Com sua arrogância habitual, ela se aproximou dele, determinada a obter explicações.— Há algum problema? A garota é alguma parente sua para me olhar com tanto desdém? — perguntou Emma, com um tom de superioridade na voz.— Não conheço a garota, mas não concordo com o que vocês fazem com elas — respondeu ele, expressando seus pensamentos sem hesitação.— Qual é mesmo o seu nome? — Ela perguntou, cruzando os braços, encarando o homem que a desafiou.— Meu nome é Gael.— Não sei o que Dylan viu em você. Ser um Gamma que luta bem não lhe dá o direito de questionar minhas decisões, nem mesmo as do seu líder. — disse Emma, com firmeza.— Líder? Meu Alfa está ferido, nem mesmo sei se está vivo. Ele era o meu líder. Dylan não tem o respeito de muitos aqui, que, assim como eu, estão lutando apenas por causa de alguém que amam, que está nas mãos dele. — respondeu Gael, expressando sua opinião sobre Dylan, que não fazia questão de
Uriel deixou a alcateia de Philip e retornou a Des Moines. Ele precisava interrogar o rebelde capturado, na esperança de obter informações sobre o paradeiro do bando, para iniciar suas buscas. Ao chegar ao prédio, procurou por Charlote, um membro de sua segurança pessoal e braço direito.— Você me chamou? — Charlote perguntou ao entrar na sala de Uriel.— Sim, quero que leve o rebelde para a sala de interrogatório. Tenho algumas perguntas a fazer.— É sobre sua companheira desaparecida? Ainda não há notícias? — Charlote perguntou, aproximando-se de Uriel.— Ele pode fornecer as informações de que preciso. Tenho que começar em algum lugar, e ele pode ser minha chance de obter uma localização.Charlote ficou pensativa por alguns segundos antes de responder ao seu chefe.— Não queria ser portadora de más notícias, mas o prisioneiro escapou.— O quê? — perguntou Uriel, incrédulo.Ele parecia incapaz de acreditar no que estava ouvindo. Aquela era sua melhor chance de obter informações, e o
Após ponderar se ligava para Andriel ou não, Uriel decidiu fazer aquela ligação e esperava encontrar o rei com um bom humor. Uriel aguardou alguns toques até ser atendido pelo rei. Antes de atender a ligação, Andriel estava em seu escritório, tentando se recompor de uma intensa dor de cabeça.— Uriel, como vai? — perguntou o rei, tentando não demonstrar que não estava bem.— Não posso dizer que estou bem, ainda não encontrei a Sara e descubro que tem Lycans ajudando os rebeldes.Andriel tirou a mão de sua testa quando ouviu o que ele disse, franziu a testa e se levantou de sua cadeira.— Está me dizendo que existe Lycans envolvidos com aqueles canalhas? Isso é imperdoável — afirmou o rei.— Os homens que estavam fazendo a segurança da Sara e da amiga dela, eram homens bem treinados. Eu verifiquei pessoalmente, os dois que morreram foram surpreendidos, acredito que pelo outro segurança. Um rebelde foi capturado, mas descobri que ele fugiu e ele só pode ter recebido ajuda de dentro.— C
Sara já estava inquieta e preocupada com a demora de Stella para voltar; já fazia algum tempo que ela havia saído e tinha medo de que algo de ruim acontecesse. Os sons de passos foram ouvidos e algumas pessoas se agitaram quando perceberam que alguém chegava. O coração de Sara se apertou ao ver, através da claridade das chamas das tochas, que era Stella, mas ela estava sendo carregada, enrolada em uma manta. — Stella! — Sara chamou por ela, seu tom de preocupação evidente.Ela tentou se mover, mas as correntes a detiveram e machucaram seu pescoço. Sara não reconheceu o homem que se aproximou com ela no colo, mas ele não tinha o mesmo olhar de maldade que Dylan a olhou. Ele a colocou deitada perto de Sara e falou com ela.— Vou providenciar algumas roupas para vocês duas. Além da roupa, vou trazer uma poção de cura, pois ela vai precisar.— O que aconteceu com ela? Por que Stella está machucada assim? — Olhou mais uma vez para a amiga, seus olhos se enchendo de lágrimas. — O que aquel
Alguns minutos se passaram e Gael ordenou que entregassem as roupas que havia prometido. Ele preferiu designar outra pessoa para fazer aquilo, a fim de evitar qualquer suspeita sobre sua relação com as duas prisioneiras. Sara vestiu-se primeiro, apenas acrescentando uma calça de moletom, já que estava com a camisa. Com alguma dificuldade devido às correntes, ela e Helena vestiram Stella. Os gemidos de sua amiga aumentavam à medida que ela começava a despertar.— Stella, você consegue me ouvir? — chamou Sara, na esperança de que ela abrisse os olhos.A ômega abriu os olhos devagar, mas franzindo a testa, indicando estar com dor.— Sara, você está bem? — perguntou, sua voz sussurrante.— Quem deveria estar fazendo essa pergunta sou eu, e não você. Stella, sinto muito pelo que aconteceu, mas agora só preciso que descanse e se recupere. Tenho certeza de que vamos sair daqui o mais rápido possível.Stella fechou os olhos novamente após ouvir o que ela disse; uma lágrima escorreu de seus o