Olá todos! Quem me acompanha nas redes sociais já está ciente de que o livro está chegando ao seu final, mas não é sobre isso que venho falar. Recebi alguns comentários criticando as postagens dos livros, sem entender que o autor possui uma vida fora das plataformas. Passei por uma perda familiar, por conta disso não houve postagens no final de semana e apenas 1 capítulo na sexta-feira. Pesso que olhem com mais carinho e empatia para os autores, afinal, somos humanos, com famílias e problemas também. Nos esforçamos além das nossas possibilidades para trazer algo maravilhosos e, tudo o que pedimos, é a compreensão de vocês. O livro já está no final, faltando exatos 19 capítulos para a sua conclusão. Agradeço a todos que apoiaram meu trabalho e leram essa história até o final. Espero vê-los em outros livros em breve.
POV AbigailAssim que consegui me afastar o suficiente, assumi minha forma lupina, deixando as roupas para trás sem me importar com mais nada. Estava muito longe do local por onde entramos no território da Umbra, sendo ainda mais perigoso para mim se ficasse na forma humana. Minhas patas escorregaram na lama, me fazendo cair e bater com as costas em uma grande árvore. Senti todo o ar me escapando, minhas costas doloridas com o impacto. Um uivo não muito longe fez meus pelos se arrepiarem. Levantei rapidamente e, mesmo sem fôlego, voltei a correr.Por conta da iminente batalha, havia muitos lobos espalhados em pontos que geralmente eles não estariam, dificultando encontrar um caminho seguro. Dei várias voltas, me escondendo entre raízes e troncos podres.― Abigail? ― A voz fria de Rubens chamou de trás de mim. Meu coração parou por um momento. Virei a cabeça lentamente para vê-lo caminhando bem ao lado de onde estava escondida. ― Onde você se escondeu, loba?Segurei minha respiração, e
POV AbigailEstava exausta. Tudo o que eu queria naquele momento era tomar um banho e dormir, mas não podia. Felix já havia dado a ordem, deveríamos nos preparar para o ataque. Olhei o rosto do meu alfa, sério e concentrado, como se milhões de pensamentos rodeasse sua mente. Estendi meu indicador, tocando a ruga entre seus olhos e chamando sua atenção. Sua expressão suavizou em um sorriso de lado.― Tem alguma coisa te preocupando? ― A pergunta de Felix me fez franzir a sobrancelha.― Não acredito que esteja me perguntando isso. ― Felix tocou gentilmente seu nariz na minha bochecha, em um carinho suave.Meu coração não conseguia se acalmar com a certeza da partida do Felix para a batalha. Confiava nele e em sua força, mas também sabia como os lobos da Umbra eram sorrateiros e sem honra. Apertei minha mão na camisa de Felix, rezando com todas as minhas forçar para que a Deusa não permitisse que algo de ruim acontecesse com ele.Entramos no quarto e Felix me colocou sobre a cama. Com cu
POV AbigailA noite foi longa. Não consegui dormir pensando em Felix e atenta a qualquer som de batalha ou sinal de alerta dos guardas. Andei de um lado para o outro, sentei na janela, olhando o horizonte até que o sol surgiu. As batidas suaves na minha porta pareciam apenas um sinal de que nada havia mudado.― Abigail, já está acordada? ― Lena entrou no quarto. Olhei para a loba, seus olhos com profundas marcas escuras sob eles, levemente vermelhos e inchados.― Acordada? Se quer consegui dormi e, pelo que vejo, você também não. ― A loba deu um sorriso de lado e deu de ombros, como se aquilo fosse algo inevitável.― É revoltante, mas não há muito o que possamos fazer agora. ― Ela disse entrando no quarto com uma muda de roupas para mim.― Nos tratam como se fossemos bonecas frágeis, nos deixando para trás. ― Reclamei enquanto tirava minhas roupas e ia para o banheiro com as limpas que Lena havia levado.― Sabe, eu entendo o alfa Nigthshade. ― As palavras abafadas de Lena, por conta d
POV AbigailEnquanto caminhava pela lateral da mansão, vi Lena ao telefone. A loba parecia irritada e agitada, gesticulando e rosnando, mas mantendo a voz baixa.― Por que você não entende?! ― Lena gritou, perdendo claramente o controle e me surpreendendo. ― Ele não quer ser meu pai, ele não liga para você, aquele lobo é um estranho na minha vida e não quero ter qualquer tipo de relação com ele.Me aproximei fazendo barulho, para que Lena notasse minha presença. Rapidamente ela se recompôs, passando a mão pelo rosto, talvez para limpar as lágrimas e desligando o telefone em seguida. Esperei um momento antes de me aproximar.― Não queria atrapalhar. ― Disse um pouco sem jeito, não sabendo como lidar com aquela situação.― Imagina, na verdade, você me tirou de uma situação bem chata. Minha mãe fica insistindo para que eu vá conversar com Rubens. Ela não entende o que ele e a luna viúva estão fazendo? Que aquele lobo nunca se importou com ela ou comigo? ― Lena suspirou, olhando para a te
POV AbigailA dor era insuportável, queimando e espalhando por todo o meu corpo enquanto eu tentava conter o sangramento com as mãos. Um zumbido ecoava em meus ouvidos, mas ainda pude escutar a risada de Esmeralda e seus passos, que se aproximavam lentamente.― Claro que sabe que a culpa é sua. Lhe dei a oportunidade de estar ao meu lado, mas você, teimosa e estúpida como seu pai e sua mãe, preferiu ir contra mim.Me arrastei sobre a neve, o cheiro doce e enjoativo das flores me deixando zonza. Senti algo perfurando meu tornozelo. Olhei para cima e Esmeralda tinha seu salto sobre mim, forçando o calcanhar com mais força, girando o pé de um lado para o outro enquanto erguia a arma em sua mão. A dor de ambos os ferimentos não me deixava pensar com clareza, não conseguia imaginar uma maneira de escapar daquela situação até que olhei para frente. Lena corria na minha direção, seus olhos brilhando com um ódio mortal e sede de sangue.Com um último surto de adrenalina, puxei meu pé, quase d
POV AbigailEsmeralda ainda gritava, completamente histérica, segurando seu pulso, enquanto Rubens recuperava a arma com tranquilidade do chão. Assim que o viu, Esmeralda correu para os seus braços chorando, sua maquiagem completamente borrada pelas lágrimas.― Meu amor, veja. Veja o que fizeram comigo. ― A loba choramingava erguendo o braço.Com um toque gentil e sorriso leve, Rubens acariciou o rosto de Esmeralda, que se acalmou no mesmo instante. Aquela cena era nojenta. A loba parecia mais uma cadela no cio, se esfregando em Rubens enquanto o olhava com luxúria e abria a camisa do beta. Ela agia como se não estivéssemos ali, então decidi aproveitar aquele momento e me virei, na intensão de pegar Lena e fugir. Porém, antes que desse o primeiro passo, um disparo foi feito, atingindo o chão ao lado do meu pé esquerdo.― Não, não, não. Fiquem bem quietinhas aí. ― Rubens ordenou apontado a arma em nossa direção.Enquanto Rubens estava focado na Lena e em mim, Esmeralda se esfregava em s
POV AbigailNão havia como esconder o meu choque com aquela situação. Lúcia caminhou até Rubens, que estava com a mão estendida e tomou a loba em seus braços, a beijando com fervor. Me virei par Lena, sentindo o peso daquela traição, a dor de ter confiado nela e ser apunhalada pelas costas.― Você! ― Me virei para a loba, que ficou pálida. Lena balançou a cabeça rapidamente, negando minhas claras acusações.― Não. Eu não fazia ideia, nem sabia que minha mãe estava aqui. Ela deveria está no Oeste com os exilados de sua antiga alcateia. ― Lena se explicava, sua voz tremendo enquanto seus olhos corriam de mim para seus pais.― De fato, minha Lena não fazia ideia. ― O tom suave e gentil de Lúcia não combinava em nada com tudo o que estava acontecendo, o cenário sangrento ao nosso redor. ― Lena sempre foi uma filhote sensível e medrosa, não seria prudente confiar a ela guardar esse segredo.― Mamãe…― Uma loba fraca como você… Não consigo acreditar que Lúcia e eu a geramos. ― A loba ao lad
POV AbigailOs gritos de desespero de Lúcia poderiam ser ouvidos por toda a floresta. Ela investiu contra o lycan, que lhe deu um tapa, a fazendo voar e atingir várias árvores. Aproveitando a distração, Rubens desferiu um chute que desequilibrou o lobo, conseguiu se libertar e correu na direção de Lúcia. Ambos desapareceram na floresta.O Lycan voltou a sua forma humana, revelando ser Edgard. Lena suspirou aliviada, colocando a mão sobre o peito. Senti minha cabeça ficando leve, meu corpo perdendo completamente as forças e indo ao chão. Mal conseguia manter meus olhos abertos, a queimação no locar onde fui atingida pelo projétil de prata irradiando para todo o meu corpo.Já não tinha energia, apenas desejava fechar meus olhos e dormir profundamente. Lena gritava ao meu lado, apertando minha mão com força, mas não consegui corresponder para tranquilizá-la.― Abigail! ― Senti meu corpo leve, como se flutuasse no ar, o vendo suave e frio tocando minha pele enquanto ouvia batidas ritmadas