🥀 Adam 🥀Ferrado por uma garota. Isso ainda me soa familiar.Sempre deixo meus impulsos momentâneos tomarem conta da minha razão.Não podia ter feito isso com Benjamin. Ele é meu melhor amigo, o único em quem confiei para contar toda a verdade sobre os negócios da minha família. Não dá para sair por aí revelando quem é sua família ou o que você realmente faz. Isso seria como engatilhar uma arma na sua própria nuca — e na de quem você mais ama.Por isso, não tive medo de contar a ele. Benjamin nunca me faria mal, e, mesmo que fizesse, quem ele machucaria? Família? Só tenho meu avô, e ninguém ousaria tocar nele. Esse é o poder que admiro nele, embora, fora isso, eu o considere um bastardo.— Você só pode estar brincando. — Ben riu, mas sem humor.Ele havia me visto aos beijos com a irmã dele. Seu semblante mudou completamente. Era como se eu o tivesse traído ou apunhalado pelas costas.Mal consegui convencê-lo a vir ao meu escritório.A boate, inaugurada há menos de três meses, era pa
🥀 Tate 🥀Meu coração gelou.Não consegui reagir desde que ouvi “A Proposta” que Adam me fez.Um casamento falso por seis meses, para que ele pudesse assumir o controle da empresa da família. Em troca, ele me daria a livraria. Só de pensar em casamento, meu corpo inteiro tremia.Desde que Leonardo e eu terminamos, fiquei com um certo trauma. Decidi me manter afastada de relacionamentos até encontrar a pessoa certa. Só que, a essa altura da minha vida, já tinha desistido de encontrar meu par perfeito. Me conformei com a solidão.Então, essa proposta caiu no meu colo como se tivesse vindo do céu. Ou do inferno.Aceitar seria o mesmo que me vender. E Ben tinha razão quando disse isso. Ele sempre estava certo, mesmo quando eu não queria admitir.Depois daquele beijo inesperado, Adam convocou Ben e eu para o escritório dele. Fiquei surpresa, claro. Como poderia imaginar que aquela boate pertencia a Adam? Muito menos ao meu irmão!Mas naquela noite, parecia que o universo tinha mais surpre
🥀 Adam 🥀Três semanas se passaram e ainda não recebi nenhuma resposta de Tate. Nem com Benjamin eu conseguia conversar direito. Tudo o que ele tinha a me dizer vinha em e-mails curtos e evasivos.Por sorte, hoje haveria uma oportunidade de falar com ele. Graças ao sistema de ar-condicionado que havia quebrado por causa de uma fiação solta, Benjamin teria que aparecer. Nunca me interessei por esses problemas técnicos, mas desta vez não me importaria em lidar com algo entediante, só para ter a chance de conversar com aquele teimoso.14:09Vejo-o entrar como se esperasse que algo estivesse prestes a explodir. Sem muita escolha, dou-lhe um ultimato e o chamo para a minha sala.— Precisamos conversar. — digo diretamente.— Pra ser sincero, eu não quero falar nada com você. — Ele responde, olhando para o relógio e depois para mim. — Uma hora você diz que não quer se casar, e na outra quer se casar com a minha irmã.— Ela não sairá prejudicada, eu garanto!— DINHEIRO NÃO ME IMPORTA! — Ele
🥀 Tate 🥀Eu tinha plena consciência de que, ao entrar naquela boate, minha vida mudaria completamente. Mesmo após seis meses, sabia que ainda haveria cicatrizes desse casamento falso. Olhei para o volante e, em seguida, para o banco do passageiro, onde deixei os papéis do contrato de compra. De 250 mil, o valor agora era 350 mil.Não adiantou nada gritar e espernear com o senhor Walter. Tive um surto quando o fiscal nos informou que, acima da livraria, aquele "sótão" parecia mais um segundo andar, com potencial de ser alugado para outras lojas ou para expandir a livraria no futuro.Não era algo ruim, mas... eu mal tinha 250 mil. Imagina conseguir 350?Por outro lado, isso me daria a chance de criar uma cafeteria em algum momento. Só que isso significaria mais tempo e mais dinheiro. Mas imagine:Ler, tomar um café e comer brownies... O sonho de duas adolescentes que, hoje, eu vou realizar. Por mim e por Alice.Passo as mãos pelo cabelo e desço do carro. Minha mente trava, e meu coraç
Puta que pariu...Salto da cama e corro para a sala.Poxa vida, quem, em plena consciência, fica esmurrando a porta de madrugada? Que droga, são apenas 10h43 da manhã.Caminho apressada até a porta, tentando controlar os fios rebeldes do meu cabelo. Tento prender em um rabo de cavalo, que, por sinal, ficou pior do que deixá-lo bagunçado como antes.Com uma pontada de irritação, abro a porta com cautela.Um homem de óculos, gravata e terno cor de madeira me dá um breve sorriso. Ele parece estar se divertindo com a visão de uma lunática completamente desgrenhada logo pela manhã.— Posso ajudar? — pergunto, tentando entender o motivo da visita.— Aqui é a residência dos Rollis? — Ele dá ênfase ao sobrenome da minha família.— Sim, senhor. — Seu rosto inexpressivo varre a sala, como se procurasse algo ou alguém, observando com o olhar de quem quer entrar. Isso, é claro, está fora de questão. Já vi documentários sobre assassinatos que começaram exatamente assim. Não sou uma lutadora de MMA
🥀Adam🥀—Mande tirarem essa cabeça de porco da minha casa. – Gritei, enfurecido.Não tenho dúvida de quem está me ameaçando e me perseguindo.Ainda não sei como encontraram o endereço do meu apartamento. Eu quase não venho pra cá; fico a maior parte do tempo na boate ou saio sem rumo para espairecer. Tenho vários inimigos, mas esse é novo. Seus atos e bilhetes têm sido bem mais surpreendentes do que eu já tinha visto.Quando disse à Elizabeth que estava sendo ameaçado no fundo, não era mentira, mas essas pessoas não querem dinheiro, como eu havia dito.Estou exausto. Queria descansar, tomar um bom banho gelado e relaxar.Portanto, quem entrou no meu apartamento conseguiu não deixar rastros ou sinais de arrombamento. Ele ou ela simplesmente entrou como uma pessoa comum e deixou uma cabeça de porco em cima da minha cama.Sento no sofá ao lado da cama e encaro meus guardas enquanto eles retiram a cabeça e a colocam em um saco preto.Coço a cabeça, tentando pensar em algo. A cama ainda e
🥀Tate🥀Eu queria me inclinar e colocar a mão na testa dele. Provavelmente, ele está com febre. Não é possível que Adam Woods esteja sendo atencioso comigo. Isso é estranho. De todas as vezes que o vi, ele sempre me dava patadas ou era grosso sem motivo. Mas, neste momento, ele parecia tão diferente...—Obrigada. E me desculpa por dizer ao barman que era a sua noiva – digo, um pouco constrangida.—Tanto faz, de qualquer jeito, todos vão saber. – Ele faz uma pausa e me olha, como se quisesse decifrar um código. Mas não diz nada, apenas fica me encarando, até que, por fim, toma a palavra.—Já tomou café?Foi um susto vê-lo se importando com coisas tão banais, como se eu já tivesse tomado café.Eu não sabia o que responder àquela pergunta: sim? Não? Talvez? O que eu diria? Sabia a resposta, mas não sabia como respondê-la.Por falta de resposta, ele se levanta e pega as chaves do carro.—Foi o que eu pensei. Venha comigo.—O quê? Pra onde?—Ué, tomar café, porra. – E lá estava o Adam que
A dor dilacerante queimou meu rosto. Eu estava tomada por ódio e mágoa.Meu próprio irmão fez um pacto com quem mais me odeia. Isso era surreal. A dor que se espalhou por mim não se comparava às situações que meu pai me fazia passar. Era como se tudo estivesse vindo à tona novamente.Senti-me como quando tinha cinco anos, quando meu pai me desprezava e minha mãe não o repreendia. No final do dia, eles bebiam e riam enquanto eu chorava no meu quarto, desejando a morte ou sonhando em ser adotada por alguém que realmente quisesse cuidar de mim.Pensando agora, é triste imaginar uma criança desejando algo assim.Ben tentava esconder suas emoções, mas era evidente a satisfação estampada em seu rosto contido.— Sua vagabunda! — meu pai gritou.— QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO NA MINHA CASA? — A voz de Adam soou mais irritada do que jamais o ouvi antes.Seus olhos eram um turbilhão de pensamentos. Ao olhar para mim e para meu irmão, ele se ajoelhou e me levantou.Não queria me iludir, mas aquilo