Capítulo 8

Duzentos e cinquenta mil...

Ainda não consigo parar de pensar nessa quantia; parece surreal a loucura que cometi.

Sinceramente, não entendo por que dei minha palavra quando disse que compraria a livraria. Uma parte de mim ansiava por algo novo, e outra parte sabia o quanto eu ainda sou jovem, mas não tive iniciativa para começar a viver do jeito certo.

E ainda não encontrei o motivo.

Não seria uma livraria que preencheria o vazio no meu peito. Cinquenta por cento de mim ama a ideia, mas a outra metade sempre me leva ao limite, me fazendo querer desistir...

Para minha família, todos acham que levo uma vida boa e digna, mas nem imaginam que estou a ponto de ter um colapso.

Eu me sentia sozinha na maior parte do tempo. Solitária.

A vida sem Alice me tornava assim...

Éramos amigas desde a quinta série, quando a professora de biologia nos colocou juntas para fazer um trabalho. Foi amizade à primeira vista.

No início, eu amava quando ela ia lá para casa fazer as lições. Bem... eu fazia, enq
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