O sol começava a surgir no horizonte, pintando o céu com tons suaves de laranja e rosa. Enquanto me afundava na poltrona, refleti sobre os desafios que a irmandade enfrentava. A traição pairava sobre nós, e eu sabia que precisávamos agir com rapidez e determinação para preservar nossa força e unidade.A noite havia sido implacável, sem conceder o descanso tão necessário. A necessidade urgente de sair para receber um carregamento especial, prometendo lucros significativos, pesava nos ombros. Eu precisava separar pessoalmente a mercadoria.Apesar da fadiga que se refletia nos olhos, a determinação era mais forte. Um banho revigorante e uma vestimenta que contrastava com a noite insone foram escolhas para enfrentar as horas que se desdobravam.A cozinha tornou-se um refúgio momentâneo, onde o café quente se misturava com um toque de uísque, uma tentativa de despertar a mente e acelerar o corpo. A fusão de cafeína e álcool criava uma espécie de elixir, uma poção para a jornada que se dese
Irina Petrova.Já me sentia bem melhor. Levantei da cama e olhei para os meus braços e pernas, onde as marcas da fuga ainda estavam vivas. As cicatrizes vermelhas contavam uma história de dor e resistência. Fiquei sabendo que Caleb havia acordado, e isso me deu forças. Finalmente, ele conseguiu vencer.Caminhei pelo corredor do subsolo, um lugar frio e úmido que eu já conhecia bem. As luzes fracas lançavam sombras nas paredes, criando um ambiente sombrio. Ouvi vozes ao longe e logo dois homens passaram por mim, meneando a cabeça em minha direção com expressões de curiosidade. Apertei o passo ao avistar a porta do quarto onde Caleb estava.Ao entrar, vi ele sentado na cama, com uma expressão de confusão e cansaço. Uma enfermeira limpava seus braços com um lenço umedecido, seus movimentos suaves e precisos. Caleb olhou em minha direção e, ao me ver, um sorriso abriu-se em seu rosto, iluminando o ambiente.“Caleb!” Corri em sua direção, sentindo um alívio imenso. “Que alegria, você está b
Maxim VolcovA luz da manhã filtrava-se pelas janelas do escritório, revelando um cenário de caos ordenado. Pilhas de documentos estavam espalhadas sobre a mesa, cada um representando uma peça no intrincado quebra-cabeça da nossa operação. O silêncio, quebrado apenas pelo som do relógio na parede, parecia carregar o peso das decisões que precisavam ser tomadas.Eu estava sentado em minha poltrona, os olhos fixos em um relatório, quando a porta se abriu lentamente. Patrick entrou, sua expressão carregada de cansaço e frustração.“Bom dia, Pakhan.” Ele falou, a voz revelando a exaustão de noites sem dormir.“Patrick.” Levantei a cabeça, encontrando seus olhos. “Você trouxe alguma novidade?”Ele soltou um suspiro profundo e se sentou na cadeira oposta à minha. “Estamos ficando sem pistas, Maxim. O traidor continua escondido. Nossas fontes ainda não conseguiram identificar quem está nos traindo.”Eu esfreguei as têmporas, tentando dissipar a dor de cabeça que ameaçava se instalar. “Temos q
Maxim VolcovA mansão estava envolta em um silêncio inquietante, fui até o quarto de Irina e ao abrir a porta vi que ela estava dormindo junto com o irmão. Um sentimento de paz me tomou por alguns segundos, mas a apreensão era maior e logo voltei a pensar no que estava acontecendo e saí voltando para o meu escritório. Precisava lidar com a situação iminente, e o peso das revelações que Anastácia fez ainda me fazia sentir um frio na espinha. A traição estava muito mais próxima do que eu imaginava, e cada novo detalhe parecia adicionar mais complexidade ao problema.Entrei em meu escritório, onde a luz suave das lâmpadas de mesa lançava um brilho cálido sobre os papéis espalhados. Sentei-me na cadeira, tentando organizar meus pensamentos. As comunicações que Anastácia obteve havia revelado mais do que apenas uma conspiração; elas haviam mostrado um plano meticulosamente detalhado que ameaçava nossa operação.Meu celular vibrou na mesa, interrompendo meus pensamentos. Era uma mensagem cr
Maxim VolcovO dia despontava no horizonte, mas eu já havia sido arrastado para o meio de um caos incessante. A noite anterior tinha sido um lembrete cruel de que, mesmo em nossos momentos mais controlados, as sombras sempre encontravam uma maneira de se infiltrar. O traidor ainda permanecia como uma ameaça invisível, e eu sentia a urgência crescente para resolver a situação.A mansão estava envolta em um silêncio inquietante quando entrei no escritório, o lugar onde minhas decisões mais cruciais eram tomadas. A luz do sol filtrava-se pelas cortinas, lançando um brilho frio sobre a mobília austera e os papéis espalhados sobre a mesa. Meu olhar repousou sobre uma pilha de documentos, mas a mente estava longe desses papéis; ela estava em Caleb, na situação com Irina e no imenso carregamento de drogas que precisava ser garantido.Enquanto tentava organizar meus pensamentos, meu celular vibrou, quebrando o silêncio. Era Patrick, e o texto era direto e urgente: “Encontre-me na garagem. Tem
Maxim VolcovO clima estava pesado enquanto eu avançava na direção de Elena, cada passo calculado para não ser detectado. A cidade ao redor parecia estar em um estado de suspensão, como se esperasse ansiosamente pelo desfecho dessa noite. Cada sombra parecia esconder um segredo, e eu sentia o peso de cada decisão.Elena estava à frente, suas ações cuidadosas indicavam que ela estava ciente de que algo estava errado. A proximidade fazia meu coração bater mais rápido, e a sensação de que o risco estava prestes a se concretizar era inegável.“Agora,” murmurei para mim mesmo, ajustando a postura. O frio cortante da noite fazia com que cada respiração se transformasse em uma nuvem de vapor. A pressão estava nas minhas mãos, e eu precisava ser perfeito.Segui os movimentos de Elena enquanto ela se aproximava de um beco escuro. Seus passos eram hesitantes, como se ela estivesse se preparando para um encontro clandestino. A luz fraca dos postes de rua criava um jogo de luz e sombra, dificulta
Irina PetrovaO sol começava a aquecer o jardim da mansão, lançando raios de luz dourada sobre as flores e arbustos bem cuidados. As risadas suaves de Caleb ecoavam pelo espaço ao ar livre, um som que se tornara raro nos últimos dias. Eu o observava de uma distância segura, maravilhada com sua recuperação.Caleb, agora mais ativo e sorridente, brincava com um pequeno carrinho de madeira, suas mãos movimentando-o com entusiasmo. Seu olhar brilhava com um misto de curiosidade e felicidade, e era impossível não sentir um alívio ao vê-lo tão bem.“Viu isso, Irina?” ele exclamou, balançando o carrinho. “Olha como ele corre rápido!”Sorrindo, me aproximei dele, meu coração se aquecendo ao ver o progresso dele. “Está indo muito bem, Caleb. Estou impressionada com a sua recuperação.”Ele sorriu para mim, os olhos radiantes. “Eu estou tentando ficar cada vez melhor para poder correr e brincar mais.”Enquanto eu observava Caleb brincar, o som de passos firmes e regulares me fez virar. Os segura
Maxim Volcov.Os homens discutiam estratégias e problemas com um fervor contido, suas vozes ocasionalmente elevando-se em um misto de frustração e força. Um deles, um homem corpulento com uma cicatriz no rosto, apontava para um gráfico em uma tela projetada na parede. “Precisamos reavaliar nossas rotas de distribuição. O último carregamento foi atrasado e isso pode afetar nossa operação em larga escala.”Com um gesto impassível, eu peguei um copo d'água e o coloquei sobre a mesa, ouvindo as discussões enquanto meus pensamentos se mantinham centrados na tarefa à frente. Meus dedos tamborilavam na superfície da mesa, o som ocasional de meu toque sendo a única pista de minha concentração interna.“Precisamos garantir que o próximo carregamento esteja livre de problemas,” eu disse, minha voz grave e autoritária cortando o burburinho. “Qualquer falha pode comprometer toda a operação.”O efeito da minha declaração foi imediato; os homens ao redor da mesa trocaram olhares sérios e assentiram