LeonChegamos em casa, Ofélia nos ouviu e abriu a porta rapidamente.— Fico feliz em te ver andando.— Eu estava com muita saudade de você Ofélia. — As duas se abraçaram levemente.Lana se sentou no sofá e olhou para a sala.— Você os trouxe para cá, Leon, os cães e os cavalos?— Eles ficaram em Lisboa, Fabiano está lá tomando conta deles para quando você voltar.— Você aceita alguma coisa, talvez um lanche? — Ofélia estava disposta a mimar Lana tanto quanto eu.— Seria muito bom, estou enjoada da comida do hospital.— Eu pedi para que Alberto venha mais tarde para conversarmos os três, a denúncia já foi realizada e acreditamos que o juiz irá notificar Osvaldo em breve.— Estou juntando forças para contar para a minha mãe Leon.Segurei nas duas mãos dela e olhei dentro daqueles olhos verdes que povoam meus sonhos todas as noites.— Você vai conseguir, tudo o que você toca se transforma em algo melhor. Vai saber usar as palavras certas!— Eu te amo Leon.— Eu também te amo muito e muit
Alberto voltou para casa, ansioso pela chegada de Kamila. Ainda teve tempo para tomar um bom banho e preparar a mesa com o jantar que comprou de um restaurante. Passou algumas gotas de perfume, com moderação para não exagerar e causar o efeito contrário. Enquanto se arrumava, a campainha tocou. Ele pensou em como fazia tempo desde que esteve sozinho com uma mulher que não fosse Eleonora, talvez por isso o beijo de Kamila o deixara tão excitado.Kamila estava deslumbrante, usando um vestido justo preto que realçava suas curvas, deixando Alberto inebriado em questão de segundos.— Boa noite, Alberto.— Boa noite, você está linda.Ela sorriu, e os dois foram para a sala de jantar. Alberto achou que manter a empregada servindo-os deixaria a situação mais desconfortável.— Posso eu mesmo te servir algo para beber? — Perguntou Alberto.— Mas é claro que pode.— Talvez um bom vinho?— Sim, eu gosto muito.Ele serviu uma taça para Kamila e outra para si mesmo, tentando encontrar uma maneira d
!Kamila acordou nua na cama de Alberto, o perfume dele ainda impregnado em sua pele. Levantou-se e percebeu que ele não estava no banheiro. Decidiu tomar um banho e se vestir. Tinha dito à sua mãe que passaria a noite na casa de uma amiga, e embora não gostasse de mentir para ela, preferia que sua mãe não soubesse que estava indo para uma noite de sexo casual com o patrão.Kamila caminhou pela casa em busca de Alberto e desceu as escadas, preocupada em ser vista por alguma das empregadas.— Venha, Kamila, preparei o café da manhã para nós dois.Era Alberto, que tinha preparado panquecas. Ele a beijou, e ela comeu devagar, evitando olhar demais para ele. Agora que tinham compartilhado tantas intimidades, Kamila sabia que tudo mudaria entre eles. Ela não queria criar expectativas, mas sabia que era uma tola romântica, mesmo que não quisesse ser.Alberto a fez uma pergunta:— Lembra daquele passeio com as crianças?— Sim, eu me lembro, Alberto.Ele continuou:— Está disposta a ir conosc
Lana Eu não consegui controlar as minhas lágrimas, minha mãe não desceu para jantar, ela não suportaria ver aquele monstro e nós a poupamos. — Tomem isso, eu trouxe um copo com água para ambos. Eu mal conseguia segurar, Leon se feriu ao quebrar a taça. Com muito esforço bebi aquela água, Ofélia foi encarregada de nos desculpar para as visitas, mas não haviam mais motivos para seguir falando de negócios. Fomos para a mesa da piscina, um ar puro nos faria retomar o fôlego. Peguei um guardanapo e passei suavemente limpando o sangue da mão de Leon, ele tremia tanto ou mais do que eu. — O inquérito foi aberto, ele terá que se apresentar para a justiça. Se fugir estará assinando o atestado de culpa! — Sim, Alberto, eu agradeço tanto pelo que o senhor está fazendo por nós. — Não me agradeça Lana, a justiça precisa ser feita! Tenho que ir agora, meus filhos estão com Kamila e ela deve estar cansada... Alberto foi embora, fiquei um bom tempo apenas olhando para Leon e cuidando do seu fer
Dia seguinte...O advogado de Osvaldo entrou com o pedido de habeas corpus, ele foi conduzido até a delegacia. Prestou depoimento apenas na presença do advogado.— Meu cliente é réu primário, tem residência e emprego fixo delegado. Não tem por que permanecer aqui detido.— Isso o juiz irá decidir, ele é acusado de um crime hediondo. Ficará aqui até que o juiz analise o pedido de habeas corpus que o senhor fez.— Isso significa que estou preso? — Osvaldo perguntou incrédulo.— Fique calmo Osvaldo, estou fazendo o possível para reverter essa decisão.Osvaldo foi conduzido até a cela, o delegado telefonou para Leon.— O pedido de prisão foi acatado, seu irmão está detido.— Obrigado por nos avisar delegado, espero mesmo que a justiça seja feita.LeonReceber essa notícia me deixou parcialmente mais calmo, agora com ele preso eu me sinto um pouco vingado, fui até o jardim, Lana já está bem melhor. Elas estavam com Ofélia na mesa da piscina me esperando para tomar café da manhã.— Trago bo
Finalmente, Rafael recebeu a notificação de que o chefe do morro iria resgatar Ana Cláudia para ele. No entanto, a má notícia era que eles não poderiam mais continuar no Rio de Janeiro. Rafael decidiu vender a lanchonete para um dos comerciantes locais, que sempre quis expandir seus negócios, mesmo que a lanchonete estivesse em parte hipotecada, o que significava que metade do valor iria para outra parte.Ele telefonou para seu primo no interior e pediu a ele um emprego na fazenda que possuía, mesmo que fosse como um simples peão.— Eu tive problemas com a lanchonete e precisei me desfazer do negócio. — Explicou Rafael.Seu primo, Carlos, expressou sua preocupação:— Não me diga que voltou a se envolver em coisas erradas. Não se envolva mais com aqueles traficantes.Rafael negou:— Eu não fiz nada, Carlos, só me diz se eu posso ir com... com... minha esposa e o filho que ela espera?Carlos respondeu com empatia:— Claro, podem vir quando quiserem.Ana Cláudia começou a sentir dores in
Rafael dirigiu a noite quase toda em direção ao interior, com Ana Cláudia ao seu lado sentindo dores e exibindo marcas de agressão.— Ele te bateu, não foi? — Rafael questionou, preocupado com a condição de Ana.Ela confirmou:— Sim, mas por favor, acelera um pouco mais. Sinto que se eu não chegar a um hospital, vou morrer de tanta dor.Rafael tentou acalmar a mulher:— Você não vai morrer, Ana, aguenta firme!Ele pisou mais fundo no acelerador, e finalmente chegaram a uma pequena cidade próxima à fazenda de Carlos. Pararam em um hospital local, o único da região. Ana teve que esperar por horas sentindo dor até ser atendida.Finalmente, foram chamados.— Entrem!Ana foi levada a uma sala e atendida por uma médica que parecia desinteressada.— Você está com quantos meses de gestação? Trouxe seus exames e os registros dos acompanhamentos pré-natais? — A médica perguntou, mostrando pouca empatia.Ana, entre gemidos de dor, respondeu:— Não, doutora, eu nunca fiz nenhuma consulta, a não s
Encontrar Carla parada na frente da porta, mesmo depois que Leon a mandou de volta para casa, era patético.— Você esqueceu alguma coisa, Carla? — Ofélia perguntou ironicamente.Carla respondeu com um tom desafiador:— Não, tanto me lembro que ainda sei que o seu lugar aqui é apenas de empregada.— Por favor, Carla, nós não viemos de tão longe para discutir isso! — Ofélia tentou apaziguar a situação.Ofélia não esperava que Carla fosse acompanhada por Sérgio. Ela deve tê-lo convencido a vir, mesmo não tendo vergonha na cara.— Já que vieram fazer uma visita a Leon, entrem. — Ofélia deixou que eles decidissem o que fazer com aquelas visitas indesejadas.Assim que entraram, Carla e Sérgio sequer tiveram tempo de se sentar no sofá, pois Leon logo apareceu de braço dado com Lana.LeonMe deparar com Carla e Sérgio na minha sala me embrulhou o estômago, só não os trato como merecem, porque Lana não merece presenciar uma cena assim.— Foi por isso que me mandou embora daqui Leon? — Carla se