Dia seguinte...O advogado de Osvaldo entrou com o pedido de habeas corpus, ele foi conduzido até a delegacia. Prestou depoimento apenas na presença do advogado.— Meu cliente é réu primário, tem residência e emprego fixo delegado. Não tem por que permanecer aqui detido.— Isso o juiz irá decidir, ele é acusado de um crime hediondo. Ficará aqui até que o juiz analise o pedido de habeas corpus que o senhor fez.— Isso significa que estou preso? — Osvaldo perguntou incrédulo.— Fique calmo Osvaldo, estou fazendo o possível para reverter essa decisão.Osvaldo foi conduzido até a cela, o delegado telefonou para Leon.— O pedido de prisão foi acatado, seu irmão está detido.— Obrigado por nos avisar delegado, espero mesmo que a justiça seja feita.LeonReceber essa notícia me deixou parcialmente mais calmo, agora com ele preso eu me sinto um pouco vingado, fui até o jardim, Lana já está bem melhor. Elas estavam com Ofélia na mesa da piscina me esperando para tomar café da manhã.— Trago bo
Finalmente, Rafael recebeu a notificação de que o chefe do morro iria resgatar Ana Cláudia para ele. No entanto, a má notícia era que eles não poderiam mais continuar no Rio de Janeiro. Rafael decidiu vender a lanchonete para um dos comerciantes locais, que sempre quis expandir seus negócios, mesmo que a lanchonete estivesse em parte hipotecada, o que significava que metade do valor iria para outra parte.Ele telefonou para seu primo no interior e pediu a ele um emprego na fazenda que possuía, mesmo que fosse como um simples peão.— Eu tive problemas com a lanchonete e precisei me desfazer do negócio. — Explicou Rafael.Seu primo, Carlos, expressou sua preocupação:— Não me diga que voltou a se envolver em coisas erradas. Não se envolva mais com aqueles traficantes.Rafael negou:— Eu não fiz nada, Carlos, só me diz se eu posso ir com... com... minha esposa e o filho que ela espera?Carlos respondeu com empatia:— Claro, podem vir quando quiserem.Ana Cláudia começou a sentir dores in
Rafael dirigiu a noite quase toda em direção ao interior, com Ana Cláudia ao seu lado sentindo dores e exibindo marcas de agressão.— Ele te bateu, não foi? — Rafael questionou, preocupado com a condição de Ana.Ela confirmou:— Sim, mas por favor, acelera um pouco mais. Sinto que se eu não chegar a um hospital, vou morrer de tanta dor.Rafael tentou acalmar a mulher:— Você não vai morrer, Ana, aguenta firme!Ele pisou mais fundo no acelerador, e finalmente chegaram a uma pequena cidade próxima à fazenda de Carlos. Pararam em um hospital local, o único da região. Ana teve que esperar por horas sentindo dor até ser atendida.Finalmente, foram chamados.— Entrem!Ana foi levada a uma sala e atendida por uma médica que parecia desinteressada.— Você está com quantos meses de gestação? Trouxe seus exames e os registros dos acompanhamentos pré-natais? — A médica perguntou, mostrando pouca empatia.Ana, entre gemidos de dor, respondeu:— Não, doutora, eu nunca fiz nenhuma consulta, a não s
Encontrar Carla parada na frente da porta, mesmo depois que Leon a mandou de volta para casa, era patético.— Você esqueceu alguma coisa, Carla? — Ofélia perguntou ironicamente.Carla respondeu com um tom desafiador:— Não, tanto me lembro que ainda sei que o seu lugar aqui é apenas de empregada.— Por favor, Carla, nós não viemos de tão longe para discutir isso! — Ofélia tentou apaziguar a situação.Ofélia não esperava que Carla fosse acompanhada por Sérgio. Ela deve tê-lo convencido a vir, mesmo não tendo vergonha na cara.— Já que vieram fazer uma visita a Leon, entrem. — Ofélia deixou que eles decidissem o que fazer com aquelas visitas indesejadas.Assim que entraram, Carla e Sérgio sequer tiveram tempo de se sentar no sofá, pois Leon logo apareceu de braço dado com Lana.LeonMe deparar com Carla e Sérgio na minha sala me embrulhou o estômago, só não os trato como merecem, porque Lana não merece presenciar uma cena assim.— Foi por isso que me mandou embora daqui Leon? — Carla se
Carla decidiu visitar Osvaldo na prisão para oferecer seu apoio.— O que deseja, senhora? — O atraente delegado a questionou, levantando-se e ajustando sua camisa.— Vim para visitar Osvaldo Henrique. Eu sei que não é o horário de visitas, mas vim da Itália para isso, e acho que o senhor não negaria esse favor, negaria?O delegado a observou dos pés à cabeça, demonstrando interesse.— Vou abrir essa exceção, afinal, você veio de muito longe para isso. Júnior, leve-a até a cela de Osvaldo, por favor.— Sim, senhor.Carla seguiu pelo corredor, onde Osvaldo estava em uma cela em uma área isolada, longe dos criminosos mais perigosos.— Carla? O que faz aqui? — Osvaldo perguntou surpreso ao vê-la se aproximando das grades.— Não está feliz em me ver? — Carla indagou, aproximando-se mais.— Se veio para zombar de mim, perde seu tempo e dinheiro.— Deixe de ser tão ingrato. Vim me oferecer para te ajudar a sair daqui.Ele sorriu com descrença.— Você? Sua palavra não valeria nada, Carla.— C
LanaFinalmente chegou o dia do nosso casamento no civil, Leon estava lindo naquele terno escuro. Meus olhos não conseguem desviar de seu rosto, não só pela perfeição que sua pele tem agora, mas pela felicidade que ele ostenta e que eu não tinha visto nem enquanto estávamos na Itália.— Você está linda!— E você me deixou sem palavras, o sorriso combina muito com você. Nunca, nunca mais deixe ele ir embora da sua vida Leon.— Desde que eu esteja contigo, ele ficará aqui.O juiz de paz chegou, minha mãe estava ansiosa e nervosa até mais do que eu. Kamila e Alberto são nossas testemunhas, além de Ofélia que era uma das pessoas mais felizes.Ele nos falou algumas informações relevantes sobre união perante a justiça e fez as perguntas mais esperadas para aquele momento.— Sr Leonardo Sander Versalles é de sua livre e espontânea vontade que você aceita a senhorita Lana Fernandes Gonçalves como sua legítima esposa?— Sim! — Ele me olhou nos olhos, nós dois sorrimos.— Senhorita Lana Fernand
Alberto conseguiu localizar Ana Cláudia através dos registros de entrada em uma maternidade no interior.— Precisamos do depoimento de vocês, Lana precisa muito, principalmente o depoimento de Ana Cláudia.— Ana ainda está se recuperando do parto e vamos receber alta hoje mesmo. Mas não acredito que ela queira ir até aí depor. — Rafael não estava disposto a ceder ao pedido de Leon e tentar esquecer o que aconteceu.— Por favor, Rafael, Leon me disse que pediu que se afastassem, mas precisamos de vocês, e muito. O depoimento de Ana Cláudia pode enviar um estuprador e assassino para a prisão.— Diga a ele que nós iremos sim! — Ana, que estava ao longe, ouviu a conversa e entendeu o que estava sendo discutido pelas respostas de Rafael.— Como o senhor deve ter ouvido, ela disse que sim e está disposta a ir até o julgamento.— Vamos mandar um táxi aéreo para estarem aqui o mais rápido possível amanhã.— Está bem, doutor. Manteremos contato. — Rafael respondeu e desligou.Laura e Tiago for
No dia seguinte, Alberto sentiu uma angústia crescente em seu coração. Era a sensação de que estava ocultando algo grave que deveria ser trazido à justiça. Um nome do passado, alguém que nunca fora mencionado quando deveria ter sido.Ana Cláudia e Rafael chegaram à cidade, e Alberto os encontrou. Eles traziam o recém-nascido filho de Ana Cláudia.— Olá, Leon e Lana pediram que eu os buscasse. Estão exaustos depois da longa sessão que tivemos.— Eu preferiria ficar em um hotel! — Rafael não estava nada feliz em estar de volta.— Não, eu quero ver e falar com Lana antes de depor. Sim, Alberto, nós iremos para lá. — Disse Ana, convicta.Alberto ajudou Rafael a carregar as coisas do bebê e suas malas no carro, e partiram para a mansão. Ofélia abriu a porta, e Lana esperava ansiosamente a chegada deles.LanaO passado não importa, Ana me deu força muitas vezes em que precisei e agora que eu preciso dela mais uma vez, ela está aqui. Eu a abracei forte e choramos juntas, Rafael estava com be