Leon Minha recuperação tem sido quase perfeita, a dor é quase nula. Talvez a vontade de sair de uma vez desse hospital tenha feito o meu corpo mais forte e disposto a tudo para que eu comece a viver novamente. Ofélia me ajuda, ela tem sido como uma mãe para mim há tantos anos e agora ainda mais. — Bom dia Leon, hoje eu irei retirar as ataduras e irei verificar como está a cicatrização. — Sim doutor. Sentei-me em uma cadeira em frente a um espelho, só de ver metade do meu corpo à mostra e o restante coberto apenas por aquela gaze já me causava um certo incômodo e medo do que eu veria. Respirei fundo enquanto ele removia com cuidado cada volta daquela atadura branca, Ofélia estava como eu nervosa e ansiosa. Até que ele revelou meu rosto, ainda inchado e com uma marca do corte. Porém, incomparavelmente melhor e sem qualquer sinal de pele queimada. Eu não pude conter a emoção ao me ver assim, não imaginei que pudesse ficar tão próximo do que um dia já foi. — Continua um pouco inchado
Carla finalmente conseguiu pegar o voo para Lisboa e esperava que não estivesse chegando tarde demais. Após desembarcar no aeroporto, ela pegou um táxi e chegou à casa de Leon, que como sempre, era repleta de luxo e bom gosto. Carla tocou a campainha, e uma das empregadas a atendeu. — Senhora Carla, entre. — Disse a empregada, e pediu a ajuda de outro funcionário para levar as malas de Carla. — Hum, realmente esta casa é lindíssima! — Carla comentou, admirando a beleza do local. — Isso é verdade, mas temo que a senhora tenha vindo em um momento inoportuno. — A empregada parecia hesitante. — E por quê? — Carla questionou, já esperando a resposta. — O senhor Leon e a dona Ofélia saíram há uns dias, acredito que para que ele faça uma cirurgia e até o momento não tivemos notícias. — E não sabe em qual hospital estão? — Carla percebeu que tinha que agir rapidamente. — Ela deixou o número do telefone anotado para qualquer emergência. — Então pegue e traga-me agora mesmo. — Carla orde
Lana Tudo está indo bem no trabalho tirando uns comentários sobre a minha relação com o Henrique. — Marcelo, leve esses documentos até a sala de Osvaldo. Ah, você está por aqui, Lana… se eu tivesse te visto antes, teria mandado por você. — Por mim? — Acabaram tendo que adiar a festa, mas você já pensou na roupa que vai usar? — Lucrécia é a recepcionista da empresa e uma das poucas pessoas que parece não me odiar aqui. — Tem que estar bem apresentável! — Com certeza ela terá a melhor produção de toda a festa, afinal de contas o presidente deve bancar tudo para ela! Aquela frase de Gabriela retratava o que muitos pensavam e não diziam, mas não posso permitir que me tratem assim e que isso chegue aos ouvidos do patrão. — Henrique não tem obrigação de custear nada para mim que não seja vinculado ao meu trabalho aqui na empresa. Sei bem o que você quis dizer, mas já te adianto que não vou admitir suas insinuações Gabriela. Eu saí de perto, antes que eu ficasse ainda mais nervosa, to
Tudo estava indo bem no trabalho, e Rafael decidiu não esperar para tirar a dúvida. Ele comprou um teste de gravidez e entregou-o a Ana Cláudia.— Toma, vamos tirar essa dúvida! — Rafael lhe entregou a pequena caixa.Como era necessário usar a primeira urina do dia, tiveram que esperar até o dia seguinte. Enquanto isso, Ana Cláudia continuou a servir as mesas, com Rafael sempre a impedindo de fazer trabalhos mais pesados, limitando-se a ajudar na cozinha.Assim que amanheceu, Ana Cláudia foi até o banheiro e realizou o teste, deixando Rafael visivelmente ansioso pela resposta.— Sim, Rafael, estou mesmo esperando um filho. — Ela confirmou, compartilhando a notícia.Os olhos de Ana Cláudia se encheram de lágrimas, e Rafael se entristeceu ao vê-la daquele jeito quando deveria estar feliz.— Não chore, Ana, por Deus! — Rafael a abraçou com força, enxugando suas lágrimas. A intensidade do momento fez com que o desejo os envolvesse, e eles se beijaram apaixonadamente. Ana Cláudia envolveu
LeonMinha cirurgia no braço direito foi realizada e fui levado para o quarto. Pedi que Carla fosse para casa e que Ofélia viesse, já que havia descansado o bastante.— Como foi a cirurgia, doutor Anthony? — Perguntou ela chegando mais perto da cama.— Tudo saiu bem, mas infelizmente as lesões eram muito mais sérias e certamente ainda ficarão muitos vestígios.— Não me importo com isso, tudo o que mais queria era o meu rosto de volta. Qualquer melhora que eu tiver em meu braço e mão, já me sentirei realizado!Preciso manter minha mente direcionada para minha recuperação, apenas mais alguns dias me separam da liberdade verdadeira.[...]Carla voltou para casa para descansar após passar vários dias no hospital. Ela recebeu uma ligação de Osvaldo.— Vai se surpreender muito, seu irmão está lindíssimo e a essa hora deve ter saído da última cirurgia!— Ele que venha, tenho uma surpresa que desta vez vai condená-lo para sempre à reclusão. Você não perde por esperar, Carla.— Só não quero qu
Leon O dia de ir ao Brasil finalmente chegou, Ofélia arrumou nossas malas. Dois dias antes, pedi que arrumassem a minha casa no Rio e deixassem tudo pronto para nos receberem. Carla quase nos fez perder o voo pela demora em arrumar suas coisas. — Finalmente Lana. — Guardei a moeda na mala e a caixa com o anel de noivado. Fomos para o aeroporto, eu me sentia como um criminoso que acabara de receber sua liberdade depois de muitos anos. Não me sinto um monstro quando as pessoas me olham, fiz questão de pegarmos um voo comercial. Horas depois, chegamos ao aeroporto Santos Dumont… pegamos as bagagens, o motorista que contratei já nos esperava na frente do carro e pegou as malas acomodando-as. — Seja bem-vindo, senhor Leon. — Obrigado! Fomos direto para minha mansão, sequer teremos tempo de descansar, pois cheguei horas antes da festa da empresa. — Já estou de volta Alberto! — Não sabe como fico feliz em saber que tudo está bem e você se recuperou. — Tem certeza de que Osvaldo não
Kamila procurava por Lana, que havia desaparecido na festa. Ela não estava disposta a ser convencida a não procurar por sua amiga, apesar da confiança de Henrique. — Com licença! — Kamila passou pelo homem belo Leon e por Carla, indo em direção à parte de fora da festa. Lá, encontrou o doutor Alberto, o que foi uma grande surpresa. — Oi, doutor. Na verdade, eu tinha vindo com uma amiga que trabalha para a empresa. Mas ela foi embora de repente e me deixou aqui… sozinha. — Você não está mais sozinha, Kamila, sua amiga deve ter ido apenas dar uma volta. Se quiser, podemos procurar por ela. — Não quero estragar a festa do senhor. Ele sorriu e a levou para a parte externa da festa. — Sua amiga não disse se tinha alguma intenção de sair da festa antes? — Perguntou ele. Kamila suspirou e respondeu: — Na verdade, ela ficou muito assustada quando viu aquele tal Leon Versalles, irmão do dono daqui. A expressão do doutor Alberto mudou ao ouvir o nome. — E como se chama sua amiga? — L
Osvaldo trouxe Carla de volta para a casa de Leon, ela tinha que se manter perto dele o tempo todo.— Já sabe o que tem que fazer, vá para a cama com ele e engravide. Acima de tudo, o convença a voltar para a Itália ou Portugal!— Farei tudo o que eu puder! — Carla passou a mão na coxa dele, Osvaldo sorriu e ela tentou dar um beijo em sua boca, mas foi afastada de seu rosto por um puxão de cabelo.— Mantenha o foco, quem sabe um dia você tenha essa honra.Osvaldo a soltou, Carla saiu daquele carro furiosa. Entrou na casa, havia algumas coisas jogadas pelo chão, ela pensou que Leon havia tido um ataque de fúria, por causa do encontro com Lana. Passou pelo quarto dele, a porta estava entreaberta... Leon estava deitado na cama e ao seu lado havia uma garrafa de whisky vazia e outra pela metade. Carla retirou seus sapatos, camisa e a calça, passou a mão pelo peito dele e observava como a cicatriz no braço e na mão estava bem menos repulsiva para ela do que antes. Tirou toda sua roupa e se