Matilde RitzelEu estava deitada na minha cela, sentindo cada parte do meu corpo doer depois da surra que havia levado das outras detentas. Meu espírito estava tão quebrado quanto meus ossos, e eu estava quase perdendo as esperanças de conseguir sair daquela prisão um dia.Foi quando um dos guardas entrou na minha cela, trazendo uma notícia que mudaria tudo: meu filho havia se casado. A notícia era uma mistura de raiva e decepção para mim. Aquela mulherzinha tinha conseguido seduzir meu filho com seu vitimismo. A víbora da Emma havia conseguido se tornar esposa dele.— Você não parece animada com a notícia. Pensei que ficaria feliz em saber que seu filho se casou. — comentou o guarda. Senti o ódio crescendo dentro de mim.— Por que ficaria animada? Ele se casou com aquela vagabunda sem-vergonha e nem sequer veio me visitar quando pedi! — esbravejei.— Bom, eu não conheço a moça pessoalmente, mas tenho certeza que se o seu filho a ama, ela deve ser uma pessoa muito boa.O que ele queri
Emma BrandãoDepois que minha lua de mel com Dante acabou, começamos a procurar um lugar para morar juntos. Ele sugeriu que comprássemos uma casa, pois queria um lugar que pudéssemos chamar de nosso e que fosse adequado para formar uma família.Fomos a várias imobiliárias e olhamos diversas casas. Algumas eram grandes demais, outras pequenas demais, algumas precisavam de reforma e outras eram muito caras. Mas finalmente encontramos a casa perfeita.Era uma casa de dois andares com um jardim espaçoso na frente e nos fundos. Tinha três quartos, dois banheiros, uma cozinha ampla e uma sala de estar confortável. Era exatamente o que estávamos procurando.Dante ficou animado assim que viu a casa. Ele começou a fazer planos para a decoração e a imaginar como seria a vida lá. Eu também gostei da casa, mas, ao mesmo tempo, senti um pouco de medo. Eu tinha me casado e estava comprando uma casa, tudo isso em um curto espaço de tempo. Será que eu estava pronta para isso?No final, decidimos faze
Dante Ritzel Eu estava assistindo televisão quando vi a notícia de um incêndio na penitenciária em que minha genitora estava presa. Meu coração disparou e uma onda de pânico me atingiu. Eu imediatamente peguei o telefone para ligar para a prisão e obter informações.Após alguns minutos angustiantes, finalmente alguém atendeu e me informou que ela estava bem. Uma sensação de alívio tomou conta de mim. Fiquei tão aliviado em saber que ela estava segura.Agradeci a pessoa do outro lado da linha e desliguei o telefone. Respirei fundo, tentando acalmar a minha mente e o meu coração. Eu sabia que ela não era uma santa, mas ela ainda era minha genitora e eu me preocupava com ela.Eu me senti grato por ter recebido notícias tranquilizadoras e agradeci a Deus por proteger ela durante aquele incidente. Apesar dela ser uma pessoa horrível e ter causado tanta dor aos outros, ainda sentia compaixão por ela.Emma entrou na sala de estar e estava claramente empolgada com algo. Ela veio em minha dir
Emma BrandãoEu estava tão animada para visitar minha amiga Ivana, afinal, fazia um bom tempo desde a última vez que tínhamos nos visto. Morávamos longe uma da outra naquele momento, então a saudade era constante, mesmo a gente se falando regularmente.Assim que cheguei na casa dela, fomos correndo nos abraçar. A Ivana estava linda como sempre, com aquele sorriso radiante no rosto. Eu não podia deixar de sentir a alegria transbordando dentro de mim, afinal, encontrar com amigos queridos era uma das melhores sensações do mundo.Fomos para a sala e ficamos conversando por horas, sobre tudo e qualquer coisa. Falamos sobre como a vida estava caminhando para cada uma de nós. O tempo passou voando, e quando demos por conta já era noite.Foi tão bom estar com a Ivana novamente. Eu sentia que a nossa amizade só ficava mais forte com o passar do tempo, mesmo estando longe uma da outra. Ainda tínhamos muito o que conversar e compartilhar, mas o importante era que tínhamos uma a outra, não impor
Dante RitzelTrês meses se passaram que Emma e eu tentávamos ter um filho e não desanimamos nenhum dia. Eu estava sentado na sala de estar quando ela chegou correndo com um sorriso enorme no rosto. Ela segurava algo em suas mãos e eu podia sentir a excitação pulsando em seu peito. Fiquei um pouco confuso, então, percebi que era um teste de gravidez.Meus olhos se arregalaram e meu coração começou a bater mais rápido. Eu me levantei e me aproximei dela, estendendo a mão para pegar o teste. Emma o entregou para mim e eu pude ver claramente o resultado: positivo.Eu não pude acreditar. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu abracei Emma, apertando-a forte contra o meu peito. Foi um momento tão mágico e emocionante, eu não conseguia parar de sorrir.Eu sabia que ser pai era uma responsabilidade enorme, mas eu também sabia que seria a coisa mais incrível que já tinha me acontecido. Eu estava tão animado para compartilhar aquela notícia com a nossa família e amigos e começar a planejar o f
Emma BrandãoO dia da nossa primeira ultrassom havia finalmente chegado e eu estava muito animada e um pouco nervosa. Dante me acompanhou até a clínica e, durante todo o caminho, ele me tranquilizou e me encorajou. Ele havia preparado um delicioso café da manhã para mim e isso me deixou ainda mais feliz.Quando chegamos à clínica, fui chamada para fazer alguns exames antes do ultrassom. Dante esperou pacientemente ao meu lado, me fazendo companhia e me dando força. Quando finalmente chegou a hora do exame, a médica nos explicou todo o procedimento e eu me deitei na maca, enquanto ele se sentou ao meu lado, segurando minha mão.Quando a médica colocou o gel em minha barriga e começou a mover o aparelho de ultrassom, meu coração acelerou. Fechei os olhos e segurei a respiração por alguns segundos. E então, finalmente, vimos o nosso bebê pela primeira vez. Era uma imagem tão pequena e frágil, mas, ao mesmo tempo, tão linda e emocionante. Eu não consegui conter as lágrimas de felicidade e
Dante RitzelEu mal podia esperar para saber o sexo do nosso bebê, e quando finalmente saiu o resultado da sexagem fetal, na segunda consulta médica, fiquei emocionado em saber que seria uma menina. E então, minha esposa sugeriu o nome Fernanda em homenagem a minha falecida namorada. Fiquei tocado com a escolha dela e concordei imediatamente.— Fernanda... É um lindo nome. — eu disse, sorrindo para minha esposa. — Tenho certeza de que ela vai se sentir honrada em ter esse nome.— Sim, eu sinto que é a coisa certa a fazer. — Emma respondeu, acariciando suavemente sua barriga. — E espero que nossa filha cresça com o mesmo amor e bondade que a Fernanda tinha em sua vida.Eu segurei a mão de Emma e a puxei para perto de mim, sentindo a emoção nos meus olhos.— Eu sei que ela vai, meu amor. Seremos os melhores pais para Fernanda e faremos tudo o que pudermos para criar uma vida feliz e amorosa para ela.(...)Eu gostava de ver a amizade forte entre Emma e Ivana, que era como uma irmã para
Emma BrandãoOs meses passaram voando e eu já estava com sete meses de gravidez. O barrigão estava enorme e cada vez mais difícil de esconder. Mas isso não importava, pois eu estava ansiosa para conhecer o rostinho da minha filha.Dante era um pai babão desde o primeiro momento em que soube da gravidez. Ele não perdia uma oportunidade de conversar com a nossa filha na minha barriga e fazer carinho em mim. Eu adorava vê-lo daquele jeito, tão empolgado e carinhoso.Certa noite, depois de jantarmos juntos, Dante se sentou ao meu lado no sofá e colocou a mão na minha barriga. — Oi, minha pequena, como você está? — ele disse, sorrindo.Eu ri. — Acho que ela está dormindo agora. — eu disse, sentindo a movimentação da nossa filha parar.— Ah, ela só está tirando uma soneca. — Dante respondeu, ainda sorrindo.Ele começou a falar com a nossa filha, contando como ele estava ansioso para conhecê-la e como ele ia cuidar dela. Eu sentia o amor que ele tinha por nossa filha em suas palavras e me