Rose No dia seguinte, eu encontrei meus amigos com suas mochilas prontas para o fim de semana no saguão perto das nove da manhã. Eu obriguei Christian a se levantar para me sentar no lugar dele, recebendo em troca um revirar de olhos enquanto ele se acomodava no chão, envolvendo minha panturrilha com um dos braços em seguida. Sky franziu o cenho diante da nossa pequena interação, mas não se manifestou, e eu tampouco impedi aquele contato. — Já decidiram como vamos fazer? Estamos em seis e na Brigitte cabe cinco — eu comecei. — Eu vou de moto — Christian avisou. — Eu vou com meu carro, assim podemos dividir as malas e terá mais espaço — Theodore completou. — Então, Van Derr Wall seremos nós dois na Brigette e o Harry e a Sky vão com o Theo — eu conclui, chamando atenção do rapaz que não desgrudava os olhos do celular. Ele ergueu o rosto, como se não estivesse prestando atenção em nenhuma palavra nossa. — O que disse? — Ah meu Deus, você não tá ouvindo nada do que estamos faland
Rose Quando finalmente estacionei na frente da casa do meu pai, Christian já estava parado ali sendo interrogado pelos dois. Eu suspirei, saindo do carro antes de caminhar até eles. — Olha, nossa garotinha — Jack abriu os braços, me envolvendo em um abraço caloroso antes de migrar sua atenção para Liam — E você, suponho que seja o cafajeste declarado. Vocês vieram sozinhos? — Senhor Campbell, eu já disse que não é comigo que o senhor deve se preocupar — Liam se aproximou dos meus pais e eu aproveitei a distração deles para checar Christian. — Está tudo bem? Não sabia que você chegaria tão cedo — Eu abaixei meu tom. — Eu estou bem, estava conhecendo seus pais. Eles são… interessantes — ele lançou um olhar para os dois que continuavam a interrogar Liam. Eu gemi em desgosto, imaginando o que tinham aprontado quando o Citroen de Theodore estacionou logo atrás de Brigitte. — O que eles fizeram? — Quando sua mãe viu minha jaqueta ela perguntou seu eu estaria disposto a ceder meus
Christian Eu chamei a todos para o almoço, e logo nos juntamos em volta da mesa. Meu pai estava se esforçando para conhecer todos os meus amigos, deixando de lado todo o teatro de pai ciumento e protetor, ele se mostrava interessado em cada aspecto de nossas vidas no campus, trocando histórias de seu próprio período de faculdade tantos anos atrás. — Senhor Campbell, eu devo dizer que o senhor é meu exemplo de homem bem sucedido — Liam declarou por fim, parecendo ter se tornado o fã número um do meu pai. — Rose, eu gostei do seu amigo. Por que você não namora com ele? — Meu pai me surpreendeu. Christian, que estava sentado de frente para mim, franziu o cenho diante da declaração, enquanto eu encarava meu pai com ambas as sobrancelhas erguidas. — Você quer que eu namore com um cara que se apresentou para você como um cafajeste totalmente assumido? — Pelo menos ele é assumido. Não será nenhuma surpresa para você — Jack argumentou. Antes que pudéssemos insistir naquele assunto, o
Rose — Hey, qual o problema? — minha mãe veio da sua sala de leitura ao me ouvir bater a porta com força. — Problema nenhum, eu vou tomar banho, diz para Alex que se quiser me conhecer, para ir até meu quarto me ajudar a me arrumar para a festa — eu avisei enquanto corria escada acima — pede para um dos meninos pegar a minha mochila na Brigette. Eu tentei fazer com que a água quente lavasse toda a minha frustração com Christian, e até certo ponto, aquilo funcionou. Eu estava disposta a esquecer de vez aquela situação, principalmente depois de sair do banho e encontrar minha mochila e a capa onde estava a fantasia em cima da cama. Colocando o roupão, eu fui até minha penteadeira, começando a secar meus cabelos com cuidado antes de dedicar um tempo para minha maquiagem. Estava quase pronta quando alguém bateu em minha porta, e para minha surpresa, uma mulher deslumbrante vestida com um macacão colado com estampa de tigre entrou. Ela era alta com a pele dourada, traços latinos e longo
Rose Eu senti o celular vibrar dentro da minha bolsa, eu o apanhei, vendo mais uma mensagem de Christian."Você poderia simplesmente assumir que está com ciúmes, não tem nada demais nisso." Não me dei ao trabalho de responder, guardei o celular na bolsa mais uma vez, indo até a porta para o porão que ficava embaixo da escada. Eu desci as escadas me sentindo irritada. Christian estava brincando com fogo ao me provocar daquela maneira. Abri a porta no fim da escada, encontrando meu quarto vazio, a porta do banheiro estava aberta e tinha vapor saindo de lá, apesar do chuveiro estar desligado. Eu fechei a porta sem nenhuma delicadeza, denunciando minha presença.Christian saiu do banheiro vestindo apenas calças pretas com algumas correntes penduradas, se surpreendendo ao me ver. Ele ainda não tinha me visto com a fantasia e a maneira como ele percorreu meu corpo com os olhos me mostrou que eu tinha alcançado o efeito esperado. — Essa é a sua fantasia? — Ele perguntou com um meio sorris
ChristianEu fechei o registro do chuveiro sentindo minha pele gelada por conta da água fria, procurei me vestir depressa lembrando que Rose tinha falado que seu pai estava me esperando. Vestindo uma cueca limpa, caminhei até a frente do espelho, observando o vergão vermelho que descia por meu pescoço, fazendo meu corpo ameaçar reagir ao me lembrar de quando ela o fez momentos atrás.— Droga, Rose — eu murmurei escolhendo a calça mais larga que eu tinha.O que custava ela admitir que estava com ciúmes? Ela não precisava agir da forma como agiu, apenas admitir que estava errada e eu deixaria o assunto de lado!Rose admitir que errou… Como se isso fosse acontecer algum dia.Calçando meu par de botas, vesti uma camiseta qualquer e a minha jaqueta de couro por cima, prendendo algumas correntes no cinto da calça. Ótimo, isso vai servir.Respirando fundo, tentando limpar minha mente, eu comecei a subir as escadas. A pior parte é que Rose estava certa quanto a uma coisa, ela não saia de meus
Christian Nós nos reunimos na frente da casa onde o carro de Theo e Brigitte estavam estacionados, nós teríamos que nos dividir mais uma vez, e agora eu não estava inclinado a ir de moto. — Mesma divisão da viagem? — Theo perguntou. — Eu vou na frente — Liam me avisou, indo em direção à porta do carro de Rose. — Não vai não — Ela o interrompeu, nos lançando um olhar atravessado. — Por quê? — Eu estou irritada com você por você ter falado com esse idiota aí, então eu não vou te mimar, além disso, se você for na frente, eu vou ficar tentada a te jogar do carro em movimento — Ela abriu a porta do motorista, entrando em seguida — Entra logo. Liam nos observou por um momento antes de se virar para o outro grupo que estavam se ajeitando no carro. — Peterson, eu vou na frente — Ele gritou, correndo até o outro carro. Eu entrei no carro, colocando o cinto sob o olhar raivoso de Rose. Pensei que ela tivesse se acalmado depois de sua pequena performance mais cedo, mas ao que parece eu
ChristianFechei os olhos tentando encontrar uma posição mais confortável, mas era difícil até mesmo respirar, quanto mais me mover.— Chris? O que aconteceu? — ouvi ao longe passos e uma voz carregada de preocupação.Abri os olhos devagar, encontrando Rose com suas asas e sua auréola ajoelhada à minha frente.— Chris!— Eu não sei, eu comecei a me sentir mal e tem essa dor — eu ofeguei, minha voz mal parecia sair, alarmando ainda mais minha amiga. Com os olhos arregalados ela estendeu a mão em minha direção, se interrompendo antes de me tocar, sem saber o que fazer.— Dor? Onde? Você está quente!Eu levei a mão até minha lombar, voltando a fechar os olhos, torcendo para que aquilo acabasse, ouvi mais passos se aproximando e não ousei abrir os olhos para ver quem era.— O que aconteceu? — Monica se alarmou ao ver meu estado.— Ele disse que está com dor e com certeza está com febre — Rose explicou — Chris, tem um hospital aqui perto, você tem seguro de saúde? Eu balancei a cabeça de