Christian Eu deixei o quarto de Rose ainda tentando controlar meus batimentos cardíacos. Que merda acabou de acontecer? Eu coloquei as mãos nos bolsos dianteiros da calça tentando disfarçar um pouco minha situação, mas como me controlar se eu ainda sentia o sabor da bebida adocicada em minha boca? Se a sensação de sua pele quente sob meus lábios ainda estava viva em minha mente? — Droga Christian, ela está bêbada! — eu murmurei para mim mesmo, caminhando pelo corredor. Eu me sentia péssimo pelo o que aconteceu, tudo bem, eu fui pego de surpresa com sua atitude e eu mesmo acabei externando o desejo que sentia por ela, mas eu era a parte sóbria daquela equação, não deveria ter correspondido. Eu já estava alcançando as escadas para seguir para meu quarto quando a voz de Theo chamou minha atenção. — Hey, Davis. Ela dormiu? — Theo perguntou. — Eu a deixei no quarto, não sei se dormiu ou não — eu desconversei, tentando não demonstrar o que tinha acontecido momentos atrás. — Liam e Sky
Christian Um sorriso um pouco mais espontâneo surgiu em seus lábios, mas apesar de aceitar o clima entre nós ainda estava estranho, eu passei no refeitório para comprar nosso almoço e alguns minutos mais tarde estávamos sentados à sombra de uma árvore próxima a um dos muitos moinhos de madeira que ficavam espalhados por Grayfox Mills. Aquela propriedade ficava nos arredores do campus e sempre estava vazia e silenciosa, tendo se tornado um dos meus lugares preferidos quando queria um pouco de paz. — Uau, esse lugar é bem tranquilo — Rose comentou olhando em volta. — Sim, eu gosto daqui. — Um lugar isolado e um pouco sombrio. Por que não estou surpresa? — ela me provocou, fazendo com que eu me sentisse um pouco mais à vontade. — Você acabou de falar que era um lugar tranquilo — eu comentei, abrindo a mochila e tirando o saco de papel com o nosso almoço. — Mas é, aposto que os únicos que vêm aqui é você e os espíritos que vivem naquele moinho abandonado — ela ironizou. Eu apenas r
Christian Rose me analisou por alguns segundos antes de assumir seu lugar na garupa, demorando alguns segundos para se ajeitar. Ao contrário de quando chegamos, que ela se apoiou no encosto do assento da garupa, eu senti suas mãos envolverem minha cintura, grudando seu corpo ao meu. Eu respirei fundo, me preparando para dar partida, quando senti sua mão subir por meu abdômen enquanto a outra descia por minha perna, imitando o meu gesto quando fui mostrar o freio traseiro para ela. — Rose… — Ontem você me disse que eu estava bêbada para decidir, álcool não é mais um problema — ouvi sua voz soar em meu ouvido, me fazendo fechar os olhos quando ela subiu sua mão, alcançando minha virilha — você não pode falar que não pensou no que aconteceu ontem. Eu virei minha cabeça para olhar para ela, Rose não estava mais usando seu capacete. Ela mordiscou a pele sensível de meu pescoço enquanto movimentava sua mão sobre meu pênis ainda por cima da calça. Minha mão foi de encontro a dela quando
Christian Nós ficamos em silêncio por alguns minutos, e logo que chegamos no estacionamento do campus, eu desci da moto, a ajudando a descer antes de tirar meu capacete. — Você sabe que vai me carregar até o prédio, certo? — ela me desafiou. Eu me virei de costas, esperando que ela subisse antes de apoiar minhas mãos em suas coxas, aplicando um pouco de pressão, me lembrando da sensação de tocar sua pele nua. — Não vai reclamar hoje, isso é inédito — ela me provocou. — Se possível, você está mais pesada que da última vez — eu devolvi, decidindo pegar em seu pé. Nós dois atraímos alguma atenção enquanto caminhávamos pelo campus, mas não me importei nem um pouco com aquilo. — Muito engraçado Davis, você não parecia achar que eu precisava perder peso mais cedo — ela bagunçou meu cabelo com os dedos, acariciando meu couro cabeludo no processo. — Não vai me bater por te chamar de gorda? Você está mais agradável, deveríamos fazer isso mais vezes — eu devolvi, recebendo uma gargalhad
Rose — Então, você e o Harry estão juntos para valer agora? — Eu perguntei para Sky enquanto nós escolhiamos nossa fantasia para o Halloween. — Sim, nós somos oficialmente um casal, o que é ótimo, porque ele é um cara legal e me trata bem — ela garantiu, olhando todos os figurinos disponíveis. Eu tirei uma fantasia rosa coberta de glitter da arara, colocando na frente do meu corpo antes de me observar em um espelho que ficava a uma certa distância. — Eu quero alguma coisa com asas, vamos de fada? — eu propus. — Eu não sabia que iríamos combinar as fantasias — ela fez uma careta. — Eu pensei que seria legal, nós seríamos como irmãs gêmeas — eu sorri. — Claro, afinal, somos muito parecidas — ela devolveu em um tom irônico. Ok, minha ideia foi recusada. Eu devolvi a fantasia para a arara, voltando a analisar as opções. — E vocês conseguiram resolver as questões que estavam te incomodando antes? — Retomei o assunto anterior Eu pensei que os dois não iriam durar depois daquela fat
Rose No dia seguinte, eu encontrei meus amigos com suas mochilas prontas para o fim de semana no saguão perto das nove da manhã. Eu obriguei Christian a se levantar para me sentar no lugar dele, recebendo em troca um revirar de olhos enquanto ele se acomodava no chão, envolvendo minha panturrilha com um dos braços em seguida. Sky franziu o cenho diante da nossa pequena interação, mas não se manifestou, e eu tampouco impedi aquele contato. — Já decidiram como vamos fazer? Estamos em seis e na Brigitte cabe cinco — eu comecei. — Eu vou de moto — Christian avisou. — Eu vou com meu carro, assim podemos dividir as malas e terá mais espaço — Theodore completou. — Então, Van Derr Wall seremos nós dois na Brigette e o Harry e a Sky vão com o Theo — eu conclui, chamando atenção do rapaz que não desgrudava os olhos do celular. Ele ergueu o rosto, como se não estivesse prestando atenção em nenhuma palavra nossa. — O que disse? — Ah meu Deus, você não tá ouvindo nada do que estamos faland
Rose Quando finalmente estacionei na frente da casa do meu pai, Christian já estava parado ali sendo interrogado pelos dois. Eu suspirei, saindo do carro antes de caminhar até eles. — Olha, nossa garotinha — Jack abriu os braços, me envolvendo em um abraço caloroso antes de migrar sua atenção para Liam — E você, suponho que seja o cafajeste declarado. Vocês vieram sozinhos? — Senhor Campbell, eu já disse que não é comigo que o senhor deve se preocupar — Liam se aproximou dos meus pais e eu aproveitei a distração deles para checar Christian. — Está tudo bem? Não sabia que você chegaria tão cedo — Eu abaixei meu tom. — Eu estou bem, estava conhecendo seus pais. Eles são… interessantes — ele lançou um olhar para os dois que continuavam a interrogar Liam. Eu gemi em desgosto, imaginando o que tinham aprontado quando o Citroen de Theodore estacionou logo atrás de Brigitte. — O que eles fizeram? — Quando sua mãe viu minha jaqueta ela perguntou seu eu estaria disposto a ceder meus
Christian Eu chamei a todos para o almoço, e logo nos juntamos em volta da mesa. Meu pai estava se esforçando para conhecer todos os meus amigos, deixando de lado todo o teatro de pai ciumento e protetor, ele se mostrava interessado em cada aspecto de nossas vidas no campus, trocando histórias de seu próprio período de faculdade tantos anos atrás. — Senhor Campbell, eu devo dizer que o senhor é meu exemplo de homem bem sucedido — Liam declarou por fim, parecendo ter se tornado o fã número um do meu pai. — Rose, eu gostei do seu amigo. Por que você não namora com ele? — Meu pai me surpreendeu. Christian, que estava sentado de frente para mim, franziu o cenho diante da declaração, enquanto eu encarava meu pai com ambas as sobrancelhas erguidas. — Você quer que eu namore com um cara que se apresentou para você como um cafajeste totalmente assumido? — Pelo menos ele é assumido. Não será nenhuma surpresa para você — Jack argumentou. Antes que pudéssemos insistir naquele assunto, o