Rose — Rose, esse carro é incrível — Sky comentou enquanto nos guiava até o local da festa. — Eu sei, meu pai é louco por ela. — E por que ele te deu então? Skyler me lançou rápido olhar lateral voltando sua atenção para a estrada em seguida. Por um segundo eu me peguei admirando a beleza da minha amiga, seus curtos fios loiros emolduravam um rosto de traços simétricos e delicados, mas o ponto alto sem dúvida eram seus olhos. Os intensos olhos esmeralda de Liam eram lindos, os olhos cor de gelo de Christian eram de tirar o fôlego. Mas quem naturalmente consegue um tom quase dourado como o dela? — Tradição familiar. O pai dele deu o carro para ele, ele queria fazer o mesmo comigo — eu dei de ombros observando a vizinhança de grandes casas que estávamos. O evento aconteceria na casa de um dos rapazes que ainda morava na cidade com os pais, não era o tipo de festa que estávamos acostumados a frequentar, mas ao estacionar na frente do local que estava lotado de convidados nós sorr
Rose — Rose, por aqui — Theo me guiou para uma das salas de estar. Liam estava sentado em um sofá, com uma garota sentada de cada lado dele, conversando com algumas pessoas, aquela imagem fez com que eu me lembrasse de um mafioso na área vip de uma boate. — Por que ela está rindo? — Liam franziu o cenho quando nós nos aproximamos. — Nem queira saber — Sky murmurou. Ele me avaliou por alguns segundos, antes de voltar a se manifestar. — Rose, essas são Nina e Charlie Sinclair, minhas amigas — ele apresentou as garotas que estavam ao seu lado. As duas eram muito bonitas, principalmente Charlie, com seus traços nativo americanos. Eu tombei a cabeça para o lado, imaginando como ela ficaria vestida com algumas roupas típicas. Era uma visão interessante. — Rose, me diz uma coisa, o que você acha de nós dois sairmos daqui para um lugar mais silencioso pra gente poder aproveitar a noite de uma maneira mais confortável? — Liam propôs, recebendo um olhar surpreso dos nossos amigos.
Rose Theo parou o carro na entrada da moradia, virando para trás pela primeira vez desde que saímos da festa. — Leva ela para o quarto e tenta colocar ela na cama, eu vou procurar a Sky e o Liam — Ele instruiu a Christian. Mas antes que eles pudessem agir, eu abri a porta, saindo do carro, me esforçando para me manter em pé em cima do salto que eu usava, cambaleando hall adentro, chamando atenção de algumas pessoas que estavam na área comum. — Rose, volta aqui! — Christian correu para me alcançar. — Vai pro inferno, Davis! — eu vociferei, quase derrubando uma mesinha pelo caminho. — Você vai se machucar, me espera! — ele gritou comigo, claramente irritado pela minha atitude. Eu tinha consciência dos olhares curiosos que assistiam nosso pequeno embate, mas não me importava nem um pouco com aquela situação. — E daí? Eu sou estúpida, não sou? Então deixa eu me machucar, não vai fazer diferença nenhuma pra você! Eu finalmente alcancei as escadas, me apoiando no corrimão, torcend
Rose Pulei para o chão, sentindo o mundo girar ao meu redor, rastejei até a cama me jogando ali, desistindo até mesmo de trocar de roupa. Despertei no dia seguinte me sentindo a pior pessoa do universo, minha cabeça latejava, meu corpo se recusava a responder meus comandos de maneira adequada e minha mente estava devagar. E infelizmente eu me lembrava bem de todos os detalhes da noite anterior, me sentindo péssima e envergonhada por tudo. Eu me arrastei para um banho rápido e tentei ficar apresentável para a aula de Phillip Black quando tudo o que eu queria era deitar em minha cama e fingir que eu não existia pelo resto do ano. Aquela seria a aula prática com guache, então optei por uma jardineira jeans larga que já estava manchada de tinta, uma camiseta também manchada e um par de tênis surrados. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo simples antes de encarar a aula. A pior parte do que aconteceu ontem era lidar com os olhares que me acompanhavam pelo corredor enquanto eu fingia ser
Christian Eu deixei o quarto de Rose ainda tentando controlar meus batimentos cardíacos. Que merda acabou de acontecer? Eu coloquei as mãos nos bolsos dianteiros da calça tentando disfarçar um pouco minha situação, mas como me controlar se eu ainda sentia o sabor da bebida adocicada em minha boca? Se a sensação de sua pele quente sob meus lábios ainda estava viva em minha mente? — Droga Christian, ela está bêbada! — eu murmurei para mim mesmo, caminhando pelo corredor. Eu me sentia péssimo pelo o que aconteceu, tudo bem, eu fui pego de surpresa com sua atitude e eu mesmo acabei externando o desejo que sentia por ela, mas eu era a parte sóbria daquela equação, não deveria ter correspondido. Eu já estava alcançando as escadas para seguir para meu quarto quando a voz de Theo chamou minha atenção. — Hey, Davis. Ela dormiu? — Theo perguntou. — Eu a deixei no quarto, não sei se dormiu ou não — eu desconversei, tentando não demonstrar o que tinha acontecido momentos atrás. — Liam e Sky
Christian Um sorriso um pouco mais espontâneo surgiu em seus lábios, mas apesar de aceitar o clima entre nós ainda estava estranho, eu passei no refeitório para comprar nosso almoço e alguns minutos mais tarde estávamos sentados à sombra de uma árvore próxima a um dos muitos moinhos de madeira que ficavam espalhados por Grayfox Mills. Aquela propriedade ficava nos arredores do campus e sempre estava vazia e silenciosa, tendo se tornado um dos meus lugares preferidos quando queria um pouco de paz. — Uau, esse lugar é bem tranquilo — Rose comentou olhando em volta. — Sim, eu gosto daqui. — Um lugar isolado e um pouco sombrio. Por que não estou surpresa? — ela me provocou, fazendo com que eu me sentisse um pouco mais à vontade. — Você acabou de falar que era um lugar tranquilo — eu comentei, abrindo a mochila e tirando o saco de papel com o nosso almoço. — Mas é, aposto que os únicos que vêm aqui é você e os espíritos que vivem naquele moinho abandonado — ela ironizou. Eu apenas r
Christian Rose me analisou por alguns segundos antes de assumir seu lugar na garupa, demorando alguns segundos para se ajeitar. Ao contrário de quando chegamos, que ela se apoiou no encosto do assento da garupa, eu senti suas mãos envolverem minha cintura, grudando seu corpo ao meu. Eu respirei fundo, me preparando para dar partida, quando senti sua mão subir por meu abdômen enquanto a outra descia por minha perna, imitando o meu gesto quando fui mostrar o freio traseiro para ela. — Rose… — Ontem você me disse que eu estava bêbada para decidir, álcool não é mais um problema — ouvi sua voz soar em meu ouvido, me fazendo fechar os olhos quando ela subiu sua mão, alcançando minha virilha — você não pode falar que não pensou no que aconteceu ontem. Eu virei minha cabeça para olhar para ela, Rose não estava mais usando seu capacete. Ela mordiscou a pele sensível de meu pescoço enquanto movimentava sua mão sobre meu pênis ainda por cima da calça. Minha mão foi de encontro a dela quando
Christian Nós ficamos em silêncio por alguns minutos, e logo que chegamos no estacionamento do campus, eu desci da moto, a ajudando a descer antes de tirar meu capacete. — Você sabe que vai me carregar até o prédio, certo? — ela me desafiou. Eu me virei de costas, esperando que ela subisse antes de apoiar minhas mãos em suas coxas, aplicando um pouco de pressão, me lembrando da sensação de tocar sua pele nua. — Não vai reclamar hoje, isso é inédito — ela me provocou. — Se possível, você está mais pesada que da última vez — eu devolvi, decidindo pegar em seu pé. Nós dois atraímos alguma atenção enquanto caminhávamos pelo campus, mas não me importei nem um pouco com aquilo. — Muito engraçado Davis, você não parecia achar que eu precisava perder peso mais cedo — ela bagunçou meu cabelo com os dedos, acariciando meu couro cabeludo no processo. — Não vai me bater por te chamar de gorda? Você está mais agradável, deveríamos fazer isso mais vezes — eu devolvi, recebendo uma gargalhad