ChristianNós atraímos muitos olhares enquanto caminhávamos até o prédio administrativo. Apesar de ouvir algumas piadas, risos e provocações, que eu procurei ignorar, me esforçando para seguir as instruções de Jack.— Apenas ignore, sequer olhe para os lados, não dê reconhecimento nenhum a eles — Jack murmurou, olhando para frente e caminhando com uma postura que eu conhecia bem, eu já a tinha visto milhares de vezes na Rose.Agora eu sei de onde ela tirou aquele ego gigantesco dela!Jack abriu a porta do prédio, dando passagem para que eu entrasse, me acompanhando sem dificuldade alguma até que chegássemos até o escritório do Reitor. A porta estava fechada e a secretária logo ergueu o olhar, parecendo exausta.— Posso ajudá-los? — Eu espero que sim, eu estou aqui para falar com o senhor Fields — Jack respondeu em um tom sério, porém simpático o suficiente.— Sinto muito, você marcou hora? O senhor Fields está em uma reunião para lidar com algumas questões de última hora que surgira
CamilleEu me sentei na minha cama, sentindo o mundo girar. Eu não podia acreditar em tudo o que tinha acontecido naquele dia. Estava exausta e eu nem fazia parte diretamente da história. Mas mesmo não sendo a parte atacada, era impossível não ser atingida ao presenciar o estado que Rose ficou, ou o desespero de Christian ao vê-la. Aquilo tudo era uma grande porcaria e era difícil imaginar uma solução. Quero dizer, por mais que todos garantissem que descobririam quem fez aquilo, como fariam isso? O vídeo não mostrava o rosto de nenhum deles, e a voz também não era nítida o suficiente. — Aí está você — Theo se aproximou da cama, sorrindo ao me ver — Como você está?Ele se sentou ao meu lado, passando o braço ao meu redor. Eu inclinei meu rosto em sua direção, oferecendo um sorriso fraco a ele.— Eu não sei, tudo isso está uma confusão, Rose está dormindo, o Chris sumiu, a Sky e o Liam ainda estão discutindo e mãe da Rose está agindo bem estranho — eu observei a mulher sair do quarto
Camille Não demorou para que Savannah Hill surgisse em nosso campo de visão, parecendo surpresa ao me ver ali. — Elas estão procurando a Audrey — Susan se virou para a outra. — Eu lido com isso, vá fazer outra coisa. — Quem é essa? — Addison sussurrou para mim. — SavannahHill, a vice presidente da irmandade — eu sussurrei de volta, estranhando o brilho que surgiu no olhar de Addison. Susan se afastou da porta contra a sua vontade, nos lançando um olhar desagradavel antes de subir as escadas praticamente correndo. — Camille, o que você está fazendo aqui? Quem é essa? — Savannah saiu, encostando parcialmente a porta atrás de si, enquanto alternava o olhar entre nós. — Meu nome é Addison Miller e eu sou a mãe da Rose. E quanto a Camille, Ela está aqui para tentar manter as coisas sob controle — Addison respondeu por mim, cruzando os braços ao encarar a garota. — A mãe? — Savannah arregalou os olhos. — Sim, a mãe… Por que a surpresa? Não imaginou que os pais dela viriam com tudo
ChristianEu me virei em minha cama, observando o rosto de Rose, que dormia ao meu lado, encolhida em posição fetal. Meu quarto era pequeno e nós não costumávamos dormir ali, mas Rose não pode suportar a ideia de dormir em seu quarto naquela noite e eu não podia culpá-la. Minha namorada naquele dia não demonstrava toda a tranquilidade de sempre ao dormir, que as vezes, me deixava em duvida se ela tinha ou não morrido subitamente durante o sono. Pelo contrário, ela passou a noite inteira agitada, e sequer estava dormindo de bruços como sempre.O silêncio do lado de fora do quarto, mostrava que nossos colegas provavelmente já tinham ido para a aula, apenas nós dois ficamos para trás, presos em nosso inferno particular. Decidindo deixá-la descansar um pouco mais, eu me levantei, indo me vestir e escovar os dentes antes de descer.A casa em si parecia deserta, o silêncio dominava o andar superior, olhei para a porta aberta do quarto do Theo, onde Jack acabou dividindo a cama com a Addison
ChristianDesci as escadas apressado, indo até a cozinha, encontrando Jack e Addison em um silêncio desconfortável. O olhar de ambos recaiu sobre mim assim que passei pela porta, fazendo com que eu estancasse em meu lugar.— O que foi?— Vocês estavam discutindo? — Addison perguntou.— Ahhh não… Rose só está frustrada com a situação, eu sugeri que ela pintasse um pouco para se distrair — eu expliquei — eu fiquei de levar o café da manhã pra ela no atelier.— Eu faço isso — Addison se prontificou, se levantando.Eu não discuti com a mulher, me sentando no mesmo lugar de antes, aceitando o muffin que Jack me entregou em seguida. Nós ficamos ali, comendo em silencio por alguns minutos, até que o som da campainha nos interrompeu. Jack sinalizou para que eu continuasse em meu lugar, se levantando para ir atender a porta.Franzindo o cenho, eu fiquei em silencio, tentando ouvir alguma coisa para descobrir quem estava na porta, mas ou estavam falando muito baixo, ou não estavam falando nada.
ChristianSavannah e suas amigas se levantaram, parecendo satisfeitas com o resultado daquela pequena reunião. Tudo o que elas queriam era garantir que não seriam envolvidas naquela situação e conseguiram. — E então? Podem começar — Rose respirou fundo com os braços cruzados. — Nós vamos falar em uma reunião com o reitor — Savannah afirmou.— Isso não foi o combinado — Addison apontou.— Nós ainda não combinamos nada, senhora Miller, e estamos apenas garantindo que não seremos envolvidas em nada disso — ela devolveu.Foi nesse momento que Jack decidiu se envolver, parecendo não concordar com a proposta.— Nós não vamos garantir nada disso sem saber o que vocês tem a dizer.— Nós podemos garantir que Alicia e Audrey são as responsaveis por tudo, daremos os nomes de todos os envolvidos e contaremos em detalhes tudo o que descobrimos. — Savannah afirmou — temos inclusive troca de mensagens para provar.Todos consideraram aquela informação por um segundo antes de Rose decidir se manifes
Christian— Chris, você ouviu o reitor, ele provavelmente será expulso… CHRIS! — Rose ergueu a voz quando eu me levantei, seguindo em direção à saida.— Qual o problema dele? — Que droga, Christian, volta aqui! — ouvi Rose chamar antes de entrar no elevador que estava parado no andar, não esperando que ela chegasse para apertar o botão para fechar as portas.Eu chequei o horario em meu relogio, ótimo, está bem no horario de almoço, eu vou encontrar esse bastardo e acabar com ele onde ele estiver. Decidindo não perder tempo, subi na moto, dirigindo dentro do campus, indo em direção ao refeitorio principal. Parei a Harley de qualquer jeito na entrada do refeitorio, ignorando os olhares que estava atraindo, eu abri a porta sem cuidado algum, olhando em volta em busca do meu alvo. Mas para meu descontentamento, o filho da puta não estava em lugar algum.— Chris, o que você está fazendo aqui? — Ouvi a voz de Sky se aproximando.Eu me virei em direção à sua voz, encontrando ela ao lado de
Rose Meu olhar percorreu aquele cenario infernal sem saber o que fazer. Tudo se desenvolveu em camera lenta à minha frente. Em um lado, Jax estava caído, gemendo de dor em uma poça do proprio sangue, sendo amparado por um garçom. Seus amigos estavam do outro lado, mantendo certa distancia com uma expressão que variava da surpresa ao medo, mantendo a maior distancia possível de Christian, que estava ao meu lado com ambas as mãos erguidas em um sinal de rendição depois de entregar as chaves da moto para Theo. A calçada do lado de fora estava começando a encher também, varias pessoas se aglomeravam perto da vidraça vendo o que estava acontecendo, algumas tirando fotos ou filmando com o celular enquanto os policiais se aproximavam de nós. — Pai, faz alguma coisa — Eu implorei por uma solução magica, uma que impedisse que meu namorado fosse levado por aqueles homens — Chris… Eu tentei abaixar uma das suas mãos para puxá-lo para mim, mas ele se manteve firme, olhando para o outro lado e