Christian— Jack…— eu me levantei do sofá, esperando ter alguma notícia de Rose.O meu sogro ergueu a mão em sinal para que eu parasse de falar, seu olhar se focando em Joshua, que logo se levantou também, parecendo não saber muito como reagir à presença do homem.— Três informações que eu preciso antes de qualquer coisa. Quem é você, qual a sua idade e qual a sua relação com a minha filha? — ele se dirigiu diretamente ao tatuador.— Eu sou o Josh, tenho vinte e oito anos e sou um… amigo da sua filha — ele respondeu após trocar um breve olhar comigo em busca de confirmação da identidade do homem à sua frente.— Amigo? — Jack parece não ter comprado muito aquela versão.Joshua e eu trocamos um olhar, antes que eu suspeitasse, decidindo livra-lo daquela situação, já que era minha culpa ele estar ali para começo de conversa.— Ele é o nosso tatuador, a unica pessoa que eu conhecia de fora do campus, eu liguei para ele quando a Rose começou a passar mal — eu expliquei para o homem.Jack n
ChristianNós atraímos muitos olhares enquanto caminhávamos até o prédio administrativo. Apesar de ouvir algumas piadas, risos e provocações, que eu procurei ignorar, me esforçando para seguir as instruções de Jack.— Apenas ignore, sequer olhe para os lados, não dê reconhecimento nenhum a eles — Jack murmurou, olhando para frente e caminhando com uma postura que eu conhecia bem, eu já a tinha visto milhares de vezes na Rose.Agora eu sei de onde ela tirou aquele ego gigantesco dela!Jack abriu a porta do prédio, dando passagem para que eu entrasse, me acompanhando sem dificuldade alguma até que chegássemos até o escritório do Reitor. A porta estava fechada e a secretária logo ergueu o olhar, parecendo exausta.— Posso ajudá-los? — Eu espero que sim, eu estou aqui para falar com o senhor Fields — Jack respondeu em um tom sério, porém simpático o suficiente.— Sinto muito, você marcou hora? O senhor Fields está em uma reunião para lidar com algumas questões de última hora que surgira
CamilleEu me sentei na minha cama, sentindo o mundo girar. Eu não podia acreditar em tudo o que tinha acontecido naquele dia. Estava exausta e eu nem fazia parte diretamente da história. Mas mesmo não sendo a parte atacada, era impossível não ser atingida ao presenciar o estado que Rose ficou, ou o desespero de Christian ao vê-la. Aquilo tudo era uma grande porcaria e era difícil imaginar uma solução. Quero dizer, por mais que todos garantissem que descobririam quem fez aquilo, como fariam isso? O vídeo não mostrava o rosto de nenhum deles, e a voz também não era nítida o suficiente. — Aí está você — Theo se aproximou da cama, sorrindo ao me ver — Como você está?Ele se sentou ao meu lado, passando o braço ao meu redor. Eu inclinei meu rosto em sua direção, oferecendo um sorriso fraco a ele.— Eu não sei, tudo isso está uma confusão, Rose está dormindo, o Chris sumiu, a Sky e o Liam ainda estão discutindo e mãe da Rose está agindo bem estranho — eu observei a mulher sair do quarto
Camille Não demorou para que Savannah Hill surgisse em nosso campo de visão, parecendo surpresa ao me ver ali. — Elas estão procurando a Audrey — Susan se virou para a outra. — Eu lido com isso, vá fazer outra coisa. — Quem é essa? — Addison sussurrou para mim. — SavannahHill, a vice presidente da irmandade — eu sussurrei de volta, estranhando o brilho que surgiu no olhar de Addison. Susan se afastou da porta contra a sua vontade, nos lançando um olhar desagradavel antes de subir as escadas praticamente correndo. — Camille, o que você está fazendo aqui? Quem é essa? — Savannah saiu, encostando parcialmente a porta atrás de si, enquanto alternava o olhar entre nós. — Meu nome é Addison Miller e eu sou a mãe da Rose. E quanto a Camille, Ela está aqui para tentar manter as coisas sob controle — Addison respondeu por mim, cruzando os braços ao encarar a garota. — A mãe? — Savannah arregalou os olhos. — Sim, a mãe… Por que a surpresa? Não imaginou que os pais dela viriam com tudo
ChristianEu me virei em minha cama, observando o rosto de Rose, que dormia ao meu lado, encolhida em posição fetal. Meu quarto era pequeno e nós não costumávamos dormir ali, mas Rose não pode suportar a ideia de dormir em seu quarto naquela noite e eu não podia culpá-la. Minha namorada naquele dia não demonstrava toda a tranquilidade de sempre ao dormir, que as vezes, me deixava em duvida se ela tinha ou não morrido subitamente durante o sono. Pelo contrário, ela passou a noite inteira agitada, e sequer estava dormindo de bruços como sempre.O silêncio do lado de fora do quarto, mostrava que nossos colegas provavelmente já tinham ido para a aula, apenas nós dois ficamos para trás, presos em nosso inferno particular. Decidindo deixá-la descansar um pouco mais, eu me levantei, indo me vestir e escovar os dentes antes de descer.A casa em si parecia deserta, o silêncio dominava o andar superior, olhei para a porta aberta do quarto do Theo, onde Jack acabou dividindo a cama com a Addison
ChristianDesci as escadas apressado, indo até a cozinha, encontrando Jack e Addison em um silêncio desconfortável. O olhar de ambos recaiu sobre mim assim que passei pela porta, fazendo com que eu estancasse em meu lugar.— O que foi?— Vocês estavam discutindo? — Addison perguntou.— Ahhh não… Rose só está frustrada com a situação, eu sugeri que ela pintasse um pouco para se distrair — eu expliquei — eu fiquei de levar o café da manhã pra ela no atelier.— Eu faço isso — Addison se prontificou, se levantando.Eu não discuti com a mulher, me sentando no mesmo lugar de antes, aceitando o muffin que Jack me entregou em seguida. Nós ficamos ali, comendo em silencio por alguns minutos, até que o som da campainha nos interrompeu. Jack sinalizou para que eu continuasse em meu lugar, se levantando para ir atender a porta.Franzindo o cenho, eu fiquei em silencio, tentando ouvir alguma coisa para descobrir quem estava na porta, mas ou estavam falando muito baixo, ou não estavam falando nada.
ChristianSavannah e suas amigas se levantaram, parecendo satisfeitas com o resultado daquela pequena reunião. Tudo o que elas queriam era garantir que não seriam envolvidas naquela situação e conseguiram. — E então? Podem começar — Rose respirou fundo com os braços cruzados. — Nós vamos falar em uma reunião com o reitor — Savannah afirmou.— Isso não foi o combinado — Addison apontou.— Nós ainda não combinamos nada, senhora Miller, e estamos apenas garantindo que não seremos envolvidas em nada disso — ela devolveu.Foi nesse momento que Jack decidiu se envolver, parecendo não concordar com a proposta.— Nós não vamos garantir nada disso sem saber o que vocês tem a dizer.— Nós podemos garantir que Alicia e Audrey são as responsaveis por tudo, daremos os nomes de todos os envolvidos e contaremos em detalhes tudo o que descobrimos. — Savannah afirmou — temos inclusive troca de mensagens para provar.Todos consideraram aquela informação por um segundo antes de Rose decidir se manifes
Christian— Chris, você ouviu o reitor, ele provavelmente será expulso… CHRIS! — Rose ergueu a voz quando eu me levantei, seguindo em direção à saida.— Qual o problema dele? — Que droga, Christian, volta aqui! — ouvi Rose chamar antes de entrar no elevador que estava parado no andar, não esperando que ela chegasse para apertar o botão para fechar as portas.Eu chequei o horario em meu relogio, ótimo, está bem no horario de almoço, eu vou encontrar esse bastardo e acabar com ele onde ele estiver. Decidindo não perder tempo, subi na moto, dirigindo dentro do campus, indo em direção ao refeitorio principal. Parei a Harley de qualquer jeito na entrada do refeitorio, ignorando os olhares que estava atraindo, eu abri a porta sem cuidado algum, olhando em volta em busca do meu alvo. Mas para meu descontentamento, o filho da puta não estava em lugar algum.— Chris, o que você está fazendo aqui? — Ouvi a voz de Sky se aproximando.Eu me virei em direção à sua voz, encontrando ela ao lado de